sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Formação Escola Estadual em Caraguatatuba

Noite de formação na Escola Estadual E. E. Alcides de Castro Galvao. Roda de conversa sobre educação inclusiva e deficiência visual. Reflexões, depoimentos e aprendizados que levarei comigo pra sempre. Sou apaixonada pelo que faço
 
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Este álbum possui 4 fotos e estará disponível no OneDrive até 17/11/2016.
 
é por ter a oportunidade de disseminar o conhecimento, de partilhar a informação. Essa paixão me faz intensa porque acredito que a educação transforma vidas.

Relato de Experiência Publicado em Livro da UNESP

Curso de Aperfeiçoamento em Práticas Educacionais Inclusivas - UNESP Bauru 2015
Página 32.

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM PRÁTICAS ... - UNESP

reflexão

"crianças cegas precisam do contato físico com as bolinhas do Braille, assim como crianças que
enxergam precisam ver letras grandes, associar as letras a figuras, contar maçãzinhas para aprender
a fazer as primeiras contas, porque crianças pequenas não têm o poder de abstração que o computador
exige. Esse atributo só aparece lá pelos 10 ou 11 anos de idade. Aprender o alfabeto normal também
sou favorável, ajuda a entender letras em relevo; escrever e assinar a tinta, então, nem se fala."
(Regina de Carvalho)

Ideia esta que sempre procuro transmitir em meus cursos. Tenho observado, com grande frequência, a tentativa de substituir o Braille pela escrita por meio da informática. Muitos professores também não se dão conta da importância de ensinar os formato das letras convencionais e desenvolver habilidade para assinatura.

Matéria na TV Aparecida

No dia 1º de abril foi ao ar pela TV Aparecida uma matéria onde contei um pouco do que faço, com quem faço e para quem faço.
 
Confira!

Capacitações na Área da Deficiência Visual

Uma das ações que desenvolvo junto ao Setor Técnico da Pessoa com deficiência pela Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso de Caraguatatuba – SEPEDI, é a capacitação para os profissionais que atuam com o atendimento ao Público.
 
Participo de muitos momentos de formação, sendo eles para empresários do concurso Empresa Inclusiva, Servidores Municipais das diversas Secretarias, profissionais que trabalham no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso, monitores do Espaço Aventura, dinâmica e vivência nas escolas para a conscientização acerca da prevenção às deficiências, entre outros...  
 
Em 2016 foram muitos momentos assim, em que levo alguma noção sobre a deficiência visual, causas e doenças que podem levar à cegueira. Demonstro quais os recursos mais utilizados e oriento como conduzir corretamente quem não enxerga.
 
Continuemos a semear informação...
 
 
 
 

Minha Participação na Mesa Redonda sobre Educação Inclusiva na Caravana da Inclusão em Caraguatatuba

Caraguá foi contemplada na manhã desta sexta feira (15) com a 7ª Caravana da Inclusão, um projeto da Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Governo Municipal. O encontro ocorreu no auditório do CIAPI – Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso, no Jardim Jaqueira e contou com a presença do Prefeito Antonio Carlos; do Secretário Adjunto de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato; da Secretária da Sepedi, Ivy Malerba; do Juíz Federal Dr. Roberto Wanderley Nogueira; do Presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, Odair Valentim; entre outros.

Este ano, os temas centrais são a "Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI" e a "Educação Inclusiva".

A caravana visa também reconhecer e valorizar a atuação dos municípios na elaboração, planejamento, implementação e operacionalização de ações e projetos que garantam a igualdade, além de acesso a todos os bens, produtos e serviços, públicos e privados.

A Caravana da Inclusão passa ainda por Marília (6/5), Holambra (20/5), Capão Bonito (3/6), Rio Claro (10/6),Tietê (17/6) e Cachoeira Paulista (1º julho).

Leia mais em: http://goo.gl/rvfCXW

CIAPI é inaugurado em Caraguatatuba e Conta com uma Sala de Recursos e Tecnologias da Visão

Entre os espaços do centro, um que chama a atenção é a sala de atendimento à pessoa com deficiência visual. No local, há vários recursos de tecnologia destinadas às pessoas com esse tipo de deficiência. Uma prova de que a educação inclusiva é importante, e pode fazer diferença na vida de quem tem oportunidades nesse sentido, é a própria técnica responsável por esta sala no CIAPI, Luciane Molina.
 
Ela também possui deficiência visual e fala com bastante entusiasmo de todos os recursos disponíveis no local. "Eu sou fruto da educação inclusiva e sei o que esse espaço pode representar para quem tem deficiência visual", comentou.
 
Conforme disse, a sala atenderá um grupo de pessoas previamente cadastradas, mas também poderá servir para a realização de oficinas por quem deseja aprender o braile e, até mesmo, para visitas cotidianas, de pessoas que buscam entretenimento e poderão ter acesso à livros, jornais e outros recursos, como o acesso à internet - os computadores são capazes de codificar os textos em áudio. Há ainda um scaner, que também consegue converter o texto em áudio. "Uma pessoa com deficiência visual que quiser saber o conteúdo de um jornal pode, por exemplo, colocar nesse scaner e ouvi-lo", explicou.
 
 
 
 

 

Iniciando as Oficinas No CIAPI - meu relato

Texto escrito em maio/2015
 
Faz tempo que eu não escrevo um daqueles "textões", mas hoje não dá pra deixar guardada tanta emoção. Em quase 15 anos de profissão ainda me surpreendo com a reação de cada aluno que se depara com a possibilidade de viver além dos limites da falta da visão. Quando assumo o meu lado professora, levo comigo o mesmo entusiasmo de criança daquele dia de primavera de 1997 ao ler em Braille pela primeira vez; uma leitura que dependia somente do meu esforço, do meu entendimento. Dali pra frente o mundo coube em minhas mãos. Certamente vieram tantas outras conquistas e a maior de todas é recomeçar, porque pra mim cada nova aula será sempre um recomeço. Hoje, em especial, comecei a ministrar oficinas no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (CIAPI), uma sala encantadora, com recursos e tecnologias diversas, mas com um calor humano incomparável. Sim, eu ainda me emociono com a reação de encanto demonstrada em cada sorriso daqueles alunos, porque compartilho com eles das mesmas vontades, de estar em um lugar onde possam contemplar a plenitude de sua essência, sem se importarem com barreiras. Senti que traziam consigo a esperança é que estavam experimentando a liberdade, uma liberdade revestida de confiança em si mesmos. Descobriram letras soltas, estantes de livros, máquinas, mas descobriram, acima de tudo, que são capazes de escreverem seus futuros. Foi muito especial mais esse recomeço. A vida é mesmo surpreendente!!! Que sejamos o recomeço a cada dia para que nos encantemos com a simplicidade daquelas manifestações de felicidade e encanto, de vontade e gratidão.

Fundação Dorina Lança Livro Exclusivamente em Braille para Debater Acesso Universal à Cultura

Enquanto lia a matéria abaixo fiquei pensativa... poucas pessoas podem imaginar a sensação de ter um mundo de informações diante de si sem conseguir interpretá-las simplesmente porque são inacessíveis para quem não enxerga. Antes de aprender o Braille, por volta dos meus doze anos de idade, as leituras me eram oferecidas, ora através de livros com letras bastante ampliadas, cuja fadiga visual não me deixava ler mais do que duas páginas ao dia, ora pelas vozes dos meus pais, que frequentemente as emprestava para entoar histórias, contos, notícias... Sempre gostei de ler através dos olhos daqueles que, com seus timbres próprios, me faziam viajar e construir meu repertório imaginário num mundo mais do que real. Com o aprendizado do Braille veio a certeza de que eu jamais seria indiferente à leitura, ela já fazia parte da minha história e logo que consegui juntar aqueles emaranhados de pontinhos em relevo, decifrando-os em palavras e sentenças, parti pra minha primeira aventura literária. Lembro-me como se fosse "ontem", que enquanto tateava aquelas páginas amareladas pelo tempo, lia não somente um roteiro qualquer que fora materializado no papel. Muito além daquele desfecho, o que encontrei nas entrelinhas foi a sensação incrível de liberdade, de conquista, de autonomia, de coragem; coragem pra assumir que dali pra frente eu jamais seria a mesma pessoa, pois havia conquistado o "mundo" na ponta dos dedos. Ler por meu próprio esforço significou me libertar das amarras intelectuais presas nas letras grafadas, tingidas numa folha de papel lisa e que pra mim pareciam borradas. Não podia ter escolhido título melhor pra ser a minha primeira experiência literária: O Pequeno Príncipe.
Com os dedos ainda cambaleantes nas linhas e o cérebro um pouco enferrujado pelas circunstâncias,
mal conseguia estabelecer o sincronismo que precisava para interpretar aquela história tão cheia de grandes ensinamentos. Foi quando percebi, ao chegar na última página do livro, que nada havia captado da história. apenas decodifiquei palavras, num misto de ansiedade e euforia, de inexperiência e treino. Fechei o livro e reiniciei a leitura, agora muito mais confiante e certa do que estava fazendo. Depois desse foi outro, e mais outro, e mais outra... e minha vontade de ler aumentava proporcionalmente à minha agilidade tátil, a qual ia sendo aprimorada a cada novo título. Não consegui, porém, acreditar que esse mundo "mágico" não demoraria a terminar, justamente pela ausência de obras em Braille editadas e disponíveis para as pessoas cegas. É certo que eu ainda mantinha alguma esperança de entrar em uma livraria e conseguir encontrar pelo menos um título em Braille no meio de centenas, mas isso nunca aconteceu. Comemorava aos pulos e gritos cada vez que a Fundação dorina enviava alguma obra nova que havia editado e essa possibilidade foi se tornando rara até desaparecer de vez. Contudo, minha "paixão" pela leitura em Braille nunca se extinguiu, mas fui obrigada a buscar outras alternativas para satisfazer minhas necessidades literárias. Hoje leio bastante através do computador, utilizando um software que converte todas as informações visuais em fala sintetizada. É claro que a experiência não é a mesma, mas diante de um mercado editorial "egoísta" é o que temos para o momento, sem contar que a quase totalidade dessas obras digitalizadas é feita manualmente pelos próprios cegos, que scanneiam os livros e os converte para texto acessível.
as dificuldades e resistências editoriais para disponibilizaçã
o de obras acessíveis são inúmeras, mas o fato é que sempre desejei poder desembrulhar um pacote e nele conter um livro de papel; sempre desejei entrar numa livraria e sair de cabeça erguida com um livro físico nas mãos; de frequentar exposições literárias e lá tocar em uma obra em Braille.
Pode até ser uma jogada de marketing, mas que a Fundação dorina me tocou muito com essa iniciativa, é fato. Sei que não é o suficiente e nem o ideal pra conscientizar o mercado editorial da importância e necessidade de que um exemplar em formato digital acompanhe a obra em tinta ou, pelo menos, que seja disponibilizada
para quem deseja comprá-lo.
Acredito que essa iniciativa é grandiosa no sentido de provocar no público a sensação de "negligência" diante de uma minoria que se torna expressiva na medida em que a inclusão é um ato de pertencimento e de apoderamento. É uma ação que traz um impacto porque a inclusão precisa ser vista de diferentes ângulos. A pessoa que enxerga será excluída desse processo justamente porque um livro somente em Braille atinge apenas um público muito delimitado. E talvez essa pessoa que enxerga nem se importe com isso, ou nem sinta a real necessidade de ler esses textos porque, afinal, a competição é desleal; elas possuem milhares de títulos pra ler enquanto nós...
Esse fato fez-me recordar da apresentação do meu trabalho de conclusão de curso de Especialização em atendimento Educacional especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva. Tínhamos que apresentar um pôster impresso, contendo um resumo do artigo científico produzido. Solicitei o uso de recursos para consulta ao que estaria escrito no meu pôster, como um folheto em Braille ou um notebook com leitor de tela. Imediatamente eu tive minha solicitação negada. Ora, porque eu teria que apresentar algo inacessível pra mim? Foi então que a ideia de fazer um pôster totalmente em Braille me veio em mente. Durante a apresentação estava tudo lá, na mesma disposição, com a mesma formatação, mas tudo em Braille, com o relevo num papel branquinho. Enquanto lia e explicava meu trabalho, retirava olhares de espanto e surpresa da orientadora, que nada entendera até ali. Quis, justamente, colocá-la na situação inversa, a de estar sendo excluída, porque o processo de inclusão precisa contemplar a todos, sendo uma via de mão dupla. Foi então que virei o pôster e no verso estava lá, a apresentação em tinta, como deveria ter sido desde o início, então, mostrei que a inclusão não é diferenciar ou estereotipar um grupo, uma minoria por necessitar ou por utilizar recursos diferentes, mas é contemplar, num mesmo produto, a diversidade que está presente ali.

Somente assim, através de iniciativas como a que a fundação dorina lançou, é que podemos debater o acesso universal a leitura. Que esse seja o começo... e que esse começo, por menor que seja, provoque o impacto que deva provocar.

 

http://www.sul21.com.br/jornal/fundacao-dorina-lanca-livro-exclusivamente-em-braille-para-debater-acesso-universal-a-cultura/

Quais são as Redes sociais mais Populares entre Deficientes Visuais - entrevista

 
Inclusão: quais são as redes sociais mais populares entre deficientes visuais? | EBC
Em entrevista ao programa Ponto Com Ponto Br, Luciane Barbosa utilizou sua experiência para avaliar três redes sociais famosas. Confira
 
 
 
 
 
 

sábado, 9 de abril de 2016

Dia Nacional do Braille - Feliz por comemorar esses pontos

Os pontos que encantam, que desenham por debaixo dos dedos um mundo a ser esculpido e desvendado por meio de palavras; palavras que simbolizam e ressignificam cores e imagens das cenas de uma vida construida em meio a sombras e luzes.
O Braille como um patrimônio da humanidade, embora ainda oculto para muita gente. essa gente que talvez não tenha sido apresentada a esse universo tão mágico; esse Braille sufocado pela tecnologia, mas que humildemente se renova para acompanhar o progresso do mundo.
Hoje é comemorado o Dia Nacional do Sistema Braille e minha homenagem a esse código de leitura tátil e escrita vem reforçar ainda mais a minha gratidão por tê-lo aprendido em minha adolescência. O Braille transformou a minha vida pra sempre!
Que possamos provocar no outro uma reflexão acerca da importância de se valorizar o Braille para o ensino dos cegos, mas também que ele possa servir de inspiração para quem enxerga poder descobrir seus encantos e belezas. Há muito mais cores refletidas numa folha branca em relevo do que os olhos podem enxergar. Há um colorido muito mais intenso  quando você abre os braços para alcançar com os dedos o infinito de possibilidades que o universo oferece.
Então, que seja intenso, que seja transformador e que seja inesquecível cada ponto marcado em relevo na sua, na minha e na nossa vida, como uma tatuagem de inspiração para o acesso ao conhecimento, à informação e ao mundo!
 
Feliz Dia Nacional do sistema Braille
 
#DiaDoBraille
#SouGrata