Setembro de muito trabalho. Hoje na FAPI - Faculdade de Pindamonhangaba palestrando para mais de 100 alunos. Agradeço pela oportunidade de levar o conhecimento para muitas pessoas.
Quando recebi o convite para falar e levar a minha história para os alunos do curso de administração da FAPI, desafiei os meus próprios conceitos sobre educação e pedagogia, já que a proposta era falar sobre "empreendedorismo". Pensei em que eu contribuiria para a formação desses alunos falando sobre inclusão escolar e social da pessoa com deficiência visual? Descobri, então, que trabalhar com Inclusão tem tudo a ver com "empreendedorismo". Trabalhar pela inclusão é ousar, é criar e redescobrir diferentes formas para transformar as dificuldades em oportunidades. O processo de inclusão traz consigo a ideia de movimento, sair da condição de expectador para se transformar em protagonista desse processo. Tanto empreender quanto incluir requerem tomadas de decisão e a ruptura de paradigmas. Pessoas com deficiência tem saído de suas casas para frequentarem escolas, competirem no mercado de trabalho, consumirem serviços e produtos e, embora esse protagonismo seja recente, a quebra das barreiras atitudinais, comunicacionais e arquitetônicas precisa ser uma realidade. Criar soluções que levem pessoas com alguma deficiência a participarem desse mundo competitivo e, pra elas, esse mesmo mundo se torna duplamente mais competitivo, porque além de provarem que conseguem desempenhar uma tarefa com excelência, elas precisam comprovar que seus alcances são maiores do que os limites. Esses limites que não são trazidos pela deficiência, mas pela falta de um livro em Braille ou no formato digital, pela ausência da audiodescrição, pela não existência de um cardápio acessível ou de um piso tátil, entre outros...
Assim discorri sobre inclusão e empreendedorismo, contei um pouco da minha história e de como as soluções criativas se fizeram presentes e necessárias durante toda minha trajetória. Falei também sobre as formações que ministro para que o conhecimento atinja o maior número de pessoas. Em seguida contei sobre o Projeto Selo Empresa Inclusiva de Caraguatatuba e mostrei fotos que retratam as diferentes formas que encontrei para enxergar o mundo a minha volta. Trouxe o conceito sobre Braille e leitura inclusiva, demonstrei algum uso da tecnologia assistiva e como relacionar-se com pessoas cegas para ajudá-las na locomoção. foi uma noite muito agradável e bastante produtiva, porque trouxe comigo o carinho daqueles alunos e professores que, por quase duas horas, estiveram atentos e participativos.
Obrigada FAPI. Obrigada Professor andré Aquino.
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