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sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Formação Escola Estadual em Caraguatatuba
Relato de Experiência Publicado em Livro da UNESP
Curso de Aperfeiçoamento
Página 32.
reflexão
"crianças cegas precisam do contato físico com as bolinhas do Braille, assim como crianças que
enxergam precisam ver letras grandes, associar as letras a figuras, contar maçãzinhas para aprender
a fazer as primeiras contas, porque crianças pequenas não têm o poder de abstração que o computador
exige. Esse atributo só aparece lá pelos 10 ou 11 anos de idade. Aprender o alfabeto normal também
sou favorável, ajuda a entender letras em relevo; escrever e assinar a tinta, então, nem se fala."
(Regina de Carvalho)
Ideia esta que sempre procuro transmitir em meus cursos. Tenho observado, com grande frequência, a tentativa de substituir o Braille pela escrita por meio da informática. Muitos professores também não se dão conta da importância de ensinar os formato das letras convencionais e desenvolver habilidade para assinatura.
Matéria na TV Aparecida
Capacitações na Área da Deficiência Visual
Minha Participação na Mesa Redonda sobre Educação Inclusiva na Caravana da Inclusão em Caraguatatuba
Caraguá foi contemplada na manhã desta sexta feira (15) com a 7ª Caravana da Inclusão, um projeto da Secretaria de Estado da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Governo Municipal. O encontro ocorreu no auditório do CIAPI – Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso, no Jardim Jaqueira e contou com a presença do Prefeito Antonio Carlos; do Secretário Adjunto de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato; da Secretária da Sepedi, Ivy Malerba; do Juíz Federal Dr. Roberto Wanderley Nogueira; do Presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência, Odair Valentim; entre outros.
Este ano, os temas centrais são a "Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI" e a "Educação Inclusiva".
A caravana visa também reconhecer e valorizar a atuação dos municípios na elaboração, planejamento, implementação e operacionalizaç
A Caravana da Inclusão passa ainda por Marília (6/5), Holambra (20/5), Capão Bonito (3/6), Rio Claro (10/6),Tietê (17/6) e Cachoeira Paulista (1º julho).
Leia mais em: http://goo.gl/
CIAPI é inaugurado em Caraguatatuba e Conta com uma Sala de Recursos e Tecnologias da Visão
Iniciando as Oficinas No CIAPI - meu relato
Fundação Dorina Lança Livro Exclusivamente em Braille para Debater Acesso Universal à Cultura
Enquanto lia a matéria abaixo fiquei pensativa... poucas pessoas podem imaginar a sensação de ter um mundo de informações diante de si sem conseguir interpretá-las simplesmente porque são inacessíveis para quem não enxerga. Antes de aprender o Braille, por volta dos meus doze anos de idade, as leituras me eram oferecidas, ora através de livros com letras bastante ampliadas, cuja fadiga visual não me deixava ler mais do que duas páginas ao dia, ora pelas vozes dos meus pais, que frequentemente as emprestava para entoar histórias, contos, notícias... Sempre gostei de ler através dos olhos daqueles que, com seus timbres próprios, me faziam viajar e construir meu repertório imaginário num mundo mais do que real. Com o aprendizado do Braille veio a certeza de que eu jamais seria indiferente à leitura, ela já fazia parte da minha história e logo que consegui juntar aqueles emaranhados de pontinhos em relevo, decifrando-os em palavras e sentenças, parti pra minha primeira aventura literária. Lembro-me como se fosse "ontem", que enquanto tateava aquelas páginas amareladas pelo tempo, lia não somente um roteiro qualquer que fora materializado no papel. Muito além daquele desfecho, o que encontrei nas entrelinhas foi a sensação incrível de liberdade, de conquista, de autonomia, de coragem; coragem pra assumir que dali pra frente eu jamais seria a mesma pessoa, pois havia conquistado o "mundo" na ponta dos dedos. Ler por meu próprio esforço significou me libertar das amarras intelectuais presas nas letras grafadas, tingidas numa folha de papel lisa e que pra mim pareciam borradas. Não podia ter escolhido título melhor pra ser a minha primeira experiência literária: O Pequeno Príncipe.
Com os dedos ainda cambaleantes nas linhas e o cérebro um pouco enferrujado pelas circunstâncias,
as dificuldades e resistências editoriais para disponibilizaçã
Pode até ser uma jogada de marketing, mas que a Fundação dorina me tocou muito com essa iniciativa, é fato. Sei que não é o suficiente e nem o ideal pra conscientizar o mercado editorial da importância e necessidade de que um exemplar em formato digital acompanhe a obra em tinta ou, pelo menos, que seja disponibilizada
Acredito que essa iniciativa é grandiosa no sentido de provocar no público a sensação de "negligência" diante de uma minoria que se torna expressiva na medida em que a inclusão é um ato de pertencimento e de apoderamento. É uma ação que traz um impacto porque a inclusão precisa ser vista de diferentes ângulos. A pessoa que enxerga será excluída desse processo justamente porque um livro somente em Braille atinge apenas um público muito delimitado. E talvez essa pessoa que enxerga nem se importe com isso, ou nem sinta a real necessidade de ler esses textos porque, afinal, a competição é desleal; elas possuem milhares de títulos pra ler enquanto nós...
Esse fato fez-me recordar da apresentação do meu trabalho de conclusão de curso de Especialização em atendimento Educacional especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva. Tínhamos que apresentar um pôster impresso, contendo um resumo do artigo científico produzido. Solicitei o uso de recursos para consulta ao que estaria escrito no meu pôster, como um folheto em Braille ou um notebook com leitor de tela. Imediatamente eu tive minha solicitação negada. Ora, porque eu teria que apresentar algo inacessível pra mim? Foi então que a ideia de fazer um pôster totalmente em Braille me veio em mente. Durante a apresentação estava tudo lá, na mesma disposição, com a mesma formatação, mas tudo em Braille, com o relevo num papel branquinho. Enquanto lia e explicava meu trabalho, retirava olhares de espanto e surpresa da orientadora, que nada entendera até ali. Quis, justamente, colocá-la na situação inversa, a de estar sendo excluída, porque o processo de inclusão precisa contemplar a todos, sendo uma via de mão dupla. Foi então que virei o pôster e no verso estava lá, a apresentação em tinta, como deveria ter sido desde o início, então, mostrei que a inclusão não é diferenciar ou estereotipar um grupo, uma minoria por necessitar ou por utilizar recursos diferentes, mas é contemplar, num mesmo produto, a diversidade que está presente ali.
Somente assim, através de iniciativas como a que a fundação dorina lançou, é que podemos debater o acesso universal a leitura. Que esse seja o começo... e que esse começo, por menor que seja, provoque o impacto que deva provocar.