Centalizado aparece: A Visão dos Dedos.
Cursistas acompanhando aula na Apostila.
Cursistas acompanhando aula na Apostila.
Cursistas acompanhando aula na Apostila.
Está sentada em frente ao notebook.
Turma reunida no final da aula .
Turma reunida no final da aula.
Dividida em duas turmas, terça-feira (10/04) e quinta-feira (12/04), a segunda aula do curso de Braille em Lorena teve como tema "A Visão dos Dedos". O objetivo foi demonstrar a importância de se oportunizar o acesso à informação através do sentido do tato e o conhecimento de mundo a partir das mãos.A aula expositiva foi apresentada por meio de conteúdo audiovisual (datashow) e uma apostila impressa que foi distribuida aos cursistas. Iniciamos com a conceituação básica sobre o que é o Sistema Braille, sua origem, criação, expansão pelo mundo, Braille no Brasil e um pouco da história de seu inventor. Destaque para a o dia Nacional do Braille, comemorado no último dia 08 de abril.Com a frase "A leitura é uma aliada poderosa no desenvolvimento pessoal e faz diferença quando o assunto é inclusão", dei continuidade às atividades traçando um comparativo entre os fatores favoráveis e desfavoráveis que envolvem o processo de produção Braille. Destaque para a iniciativa de cada cursista em reconhecer que esse aprendizado será uma semente a ser plantada em todos os espaços, seja dentro ou fora da escola, já que a pessoa com deficiência visual tem o direito de frequentar e estar em diversos locais, conviver em sociedade.Para compreender como se processa o aprendizado de conceitos por meios não visuais, expliquei a diferença entre aprender pelo tato e aprender pela visão, sentidos que se completam, porém que se distinguem como canais de acesso à informação. Assim pude exemplificar, por meio de relatos das minhas próprias experiências como pessoa com deficiência visual, a maneira pela qual utilizamos para ampliar o repertório de conceitos simbólicos e imagéticos, esquemas que as pessoas que não enxergam podem lançar mão para aprenderem e apreenderem uma determinada informação.Em seguida, tratamos de algums mitos que cercam a pessoa com deficiência visual e como podemos quebrar esses conceitos equivocados. Nos próximos temas, abordei a fase preparatória por meio da estimulação tátil e como se dá a alfabetização pelo método Braille, envolvendo as etapas de construção de noção de leitura e escrita. Também apresentei algumas dicas de como facilitar a escrita e como facilitar a leitura em Braille nos processos iniciais, intermediários e avançados de alfabetização, visando um maior domínio e compreensão da simbologia.E como foi muito produtiva a aula, demonstrei como se escreve em Braille utilizando reglete e punção, fazendo a leitura em seguida do conteúdo escrito para completar o que havíamos visto na teoria, como movimento de mãos e pressão dos dedos sobre o relevo. Ainda não acabou!!! Agora foi a vez de uma dinâmica de sensibilização, na qual apresentei uma tela com palavras escritas em Braille. O objetivo foi colocá-las diante de uma situação de desafio, cuja informação não podia ser decodificada. Nesse sentido, pretendeu-se demonstrar que as cursistas são "analfabraille" e que é preciso construir essa noção simbólica gradativamente. Contei uma história traçando um paralelo com a situação apresentada e em seguida demonstrei as mesmas palavras já transcritas.A dinâmica teve continuidade quando sugeri que, juntas, fôssemos descobrindo o significado imagético de algumas representações em Braille. Montei algumas letras num "alfabraille" gigante e cada cursista associou a representação a uma imagem de um objeto ou figura familiar ampliando seu repertório e construindo um significado mental e simbólico.Para finalizar, assistimos a um vídeo, com duração aproximada de 20 minutos, sobre o Braille, as tecnologias, as bibliotecas, a imprensa Braille do Instituto Benjamin Constant e as variadas possibilidades que envolvem o ensino, aprendizado e difusão do código entre a sociedade. Até a próxima!!! Profª. Luciane
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