3 de agosto de 2011
Postado por:Luis Daniel
Um Projeto de Lei que está em tramitação na Câmara dos Deputados, quer oferecer ensino a distância para pessoas com deficiência impossibilitadas de frequentar a escola. Em um primeiro momento, pode soar como uma boa notícia, entretanto, a iniciativa não é bem vista por especialistas em educação inclusiva e Direito das pessoas com deficiência, consultados pelo Guia Inclusivo.
O texto do projeto prevê atendimento educacional em local especial, recursos pedagógicos de educação à distância e outros que se utilizem da internet.
Um passo para trás?
A colaboradora do blog, a pedagoga Luciane Molina, questiona o valor inclusivo da proposta. “Como iremos formar uma consciência inclusiva se esse projeto prevê a segregação dos alunos com deficiência os privando de frequentar os espaços comuns para o ensino?”.
Outro aspecto discutível é a possibilidade das instituições de ensino, públicas ou privadas, deixarem, ainda mais, de investir na acessibilidade de suas estruturas e focarem somente no ensino a distância para pessoas com deficiência.
A legislação atual, a Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional, estabelece que é dever do Estado oferecer garantias de acesso à educação para pessoas com deficiência. Entre as exigências estão o atendimento educacional especializado gratuito aos alunos com deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino. Também são previstos currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades. Os professores precisam ter especialização adequada.
Alternativa em último caso?
A vice-presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-SP da Subseção de São José dos Campos, a advogada Niuce Clara Costa Ramos, acredita que o ensino a distância tem de ser utilizado como alternativa, quando todas as demais se esgotarem. Mas, de acordo com ela, não pode gerar acomodação das instituições escolares e não realizar as obras necessárias de acessibilidade. “O ensino a distância deve ser uma escolha do aluno, sem imposição da instituição”, completa a advogada.
Nota do repórter
Quando eu estava na faculdade, ouvi muitas discussões sobre a educação à distância. Uma opinião bem forte era de que esta modalidade de ensino deveria ser aplicada em níveis superiores (da pós-graduação em diante). Pois se entende que a aula presencial é importante para que o estudante em formação inicial mantenha contato direto com professores e colegas. Se esta visão é primordial de forma geral, imagina para as pessoas com deficiência?
Marcadores
- Acessibilidade
- Audiodescrição
- Bastidores
- Braille
- Consultoria
- Curso Braille
- Deficiência Visual
- Depoimento
- Divulgação
- Entrevista
- Gpeconline
- Homenagem
- Inclusão
- Informática
- IV Prêmio Sentidos
- Lorena 2009
- Lorena 2010
- Lorena 2012
- Lorena2011
- Mensagem de Boas-vindas
- Orientação e Mobilidade
- Palestra
- Reatech
- Roteiro Escrito
- Soroban
- UNESP
- Vídeo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário