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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Matéria - Jornal Santuário: Acessibilidade e Informação
Pág. 08 11 A 17 DE DEZEMBRO DE 2010
Edição n. 5.518
Acessibilidade e informação
A tecnologia contribui para que os deficientes visuais possam se informar
FILIPE CHICARINO
A professora Luciane Maria Molina Barbosa (27) é de Guaratinguetá (SP). O jornalista Marcos Lima (27) é do Rio de Janeiro. Além da idade, os dois têm outras coisas em comum. Duas delas são: ambos são deficientes visuais e consumidores de informação.
A história de Luciane e Marcos é muito parecida. Tanto a professora como o jornalista nasceram com a visão debilitada e com o passar dos anos foram ficando cegos.
Entretanto, a deficiência visual não os impediu de continuarem vivendo, traçando metas e as cumprindo. Após concluir o ensino médio, Luciane tinha certeza que sua vocação era atuar na educação. Sendo assim, cursou o magistério e depois ingressou na universidade para estudar pedagogia.
Já Marcos tinha como desejo cursar jornalismo. Ele prestou vestibular na UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro e depois de quatro anos concluiu o curso.
E para que eles pudessem ter a boa formação que tem, ambos se transformaram em consumidores de informação.
Era da informação
Inúmeros pesquisadores insistem em seus artigos e pesquisas que vivemos na era da informação.
“Este século tem sido denominado como a era da informação. Associado a isso, temos testemunhado vários avanços tecnológicos em diversas áreas Dentre elas, duas que têm causado significativo impacto sobre o modo de vida das pessoas: computação e telecomunicações”, apontou Antônio Mendes da Silva Filho, Doutor pela Universidade Federal de Pernambuco.
Hoje em dia, grande parte dos cegos se informa por meio da internet, utilizando softwares específicos que fazem à leitura em voz alta do que está sendo reproduzido no monitor do computador.
“Com relação à internet, a informação pode ser acessada por meio dos sites de notícias ou pelo twitter, que tem sido uma excelente fonte de conhecimento”, explica Luciane.
Graças aos recursos provenientes da tecnologia, Marcos consegue ler conteúdos jornalísticos como jornais e revistas que antes da internet era praticamente improvável.
“Faço no computador tudo o que uma pessoa vidente (quem enxerga) faz. Quanto mais desenvolvidas as ferramentas, mais acessíveis elas se tornam. Elas também possuem capacidade para incluir um número maior de pessoas”, ressaltou o jornalista.
No que diz respeito a televisão e o rádio, Luciane diz que esses meios também trazem grandes possibilidades de interação com os acontecimentos. “Porém, a TV deixa a desejar quando não se tem recursos de audiodescrição para informar o que acontece nas cenas em que não há falas”, explicou.
Ainda falando de internet, os sites de conteúdos jornalísticos são muito utilizados pelos deficientes visuais para obter informação. Entretanto, quando esses sites são construídos fora dos padrões de acessibilidade, a tarefa de se informar torna-se difícil e complicada. São as chamadas barreiras comunicacionais.
Foi pensando nisso que Cristiely Lopes Carvalho (22), aluna do curso de comunicação social da UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa em São Borja (RS) dedicou - se ao seu TCC - Trabalho de Conclusão de Curso.
Assim como Luciane e Marcos, Cristiely também é deficiente visual. Ela debruçou - se em uma pesquisa envolvendo a acessibilidade e usabilidade do site do Jornal Zero Hora, um dos maiores do Brasil.
“Acredito que hoje os problemas mais comuns nos sites jornalísticos são relacionados à estruturação das páginas, que nem sempre oferecem boa acessibilidade e usabilidade, o que dificulta a permanência do deficiente visual no site, tendo em vista os problemas no acesso aos conteúdos, causados pela estruturação da página”, explicou a universitária.
Depois da apresentação do trabalho, Cristiely quer dar prosseguimento à pesquisa. “Quanto mais a questão for abordada, mais se dá atenção à temática, e é isso que pretendo em relação a acessibilidade e a usabilidade na internet”.
Cristiely acredita que pesquisas semelhantes a que fez, poderão incentivar as empresas a estruturar seus sites, pensando na acessibilidade e usabilidade.
Falta fiscalização
Nem todos os veículos de comunicação estão preparados para abastecer de informação todos os públicos, inclusive os deficientes visuais.
“Embora hajam leis que regulem a forma de distribuição e publicação, por meio das principais mídias, dos conteúdos jornalísticos voltados para aqueles que tem necessidades especiais, praticamente nenhum veículo adapta o seu conteúdo visando contemplar o que é previsto em lei”, chama a atenção o mestre Marco Bonito, professor da UNIPAMPA.
O professor orientou o TCC de Cristiely, e o resultado final foi preocupante em relação as questões de acessibilidade e usabilidade.
“Ficamos com a impressão de que as leis existem, mas ‘não pegaram’. Também não há fiscalização e nem pressão da sociedade nesse sentido, bem como não há profissionais especializados nisso no mercado, embora isso não seja uma boa desculpa para o fato”.
Revista Falada
Os deficientes visuais também podem ter acesso a informação por meio de revistas faladas. É o caso da revista Veja, produzida em áudio pela Fundação Dorina Nowill para Cegos e distribuída para 750 deficientes visuais cadastrados.
“A revista é lida por ledores profissionais toda segunda-feira pela manhã. Ao meio-dia, ela já está editada e pronta para ser enviada pelos Correios. As pessoas com deficiência visual cadastradas recebem na quarta-feira, data de capa da revista impressa”, explicou Daniela Santos Coutelle, assessora de comunicação da fundação.
Legenda das imagens:
Legenda imagem 1: Luciane trabalha atualmente com a capacitação de professores
Legenda imagem 2: Além de jornalista Marcos também é atleta. Nesta foto ele está esquiando na Europa
Legenda imagem 3: A criação do sistema Braille, em 1825 foi um marco na história da inclusão dos cegos.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Projeto Braille Acessível: os resultados da multiplicação do conhecimento
Vocês se lembram de Franqueslane? Ela foi aluna da 1ª turma do curso Grafia Braille: “semeando leitores e escritores competentes”, pela Gpeconline . Após concluir o curso, ela se tornou multiplicadora das informações sobre deficiência visual através do “Projeto Braille Acessível”, desenvolvido em Gurupi – TO.
Agora os resultados deste projeto ela compartilha conosco. Acompanhe:
“O Projeto Braille Acessível surgiu mediante as dificuldades que os educandos com deficiência visual inclusos no Ensino Fundamental enfrentam no processo de leitura e escrita, pois os demais à sua volta não conhecem o Sistema Braille de leitura para cegos. Essa dificuldade nos levou a criarmos esse projeto para divulgação desse sistema, o qual tem o intuito de melhorar a inserção desse aluno com deficiência visual na sala regular.
Por sermos conhecedores da importância que uma boa leitura tem que alavancar os conhecimentos educacionais e pessoais, é que ressaltamos a importância do aprendizado desse sistema de leitura e escrita para o deficiente visual. Pois qualquer aprendizagem só é possível por intermédio da língua, visto que é por meio dela que se toma contato com as representações construídas pelas várias áreas do conhecimento.
O nosso curso já está na metade e cada encontro tem sido um momento único de partilha e aquisição de novos conhecimentos, o grupo é bem integrado e tem sido muito promissor estamos na fase da descoberta da leitura e da escrita usando o alfabeto.”
O projeto Braille acessível conta com a consultoria online da pedagoga Luciane Molina, que continua em contato com Franqueslane para sugerir novas atividades e acompanhar os avanços, passo a passo no processo de letramento e alfabetização pelo método Braille.
Para ler a matéria sobre o Projeto Braille Acessível já publicado neste blog, acesse: http://www.braillu.com/2010/09/projeto-braille-acessivel.html
Descrição de imagem
Foto 1: Grupo de cursistas e professora Franqueslane;
Foto 2: Cursistas confeccionando um alfabraille;
Foto 3: Cursista apresentando um alfabraille confeccionado com cartela de ovos e bolas de desodorante rollon;
Foto 4: uma cursista mostrando um caderno com formas geométricas construidas com EVA para explorar formas e texturas.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Curso de Braille em Lorena: última aula
Durante quase seis meses estivemos juntas. Construimos e redescobrimos formas e maneiras de criar, transformamos expectativas em descobertas, sonhos em realidade... aprendemos a quebrar mitos, observando as reais ações no convívio com deficientes visuais. Compreendemos que uma símples ficha de inscrição para um curso cujo conteúdo era "desconhecido" para a grande maioria, trazia consigo as expectativas de um grupo, que hoje, conquistou mais uma etapa. Uma conquista que foi conseguida dia-a-dia, aula a aula... uma conquista que dependeu muito de cada um, porém, que só foi conseguida a partir do envolvimento de todos. O último dia, porém, não é o final, e sim o começo de uma nova fase. Tudo o que se "conheceu" não deixará de existir dentro de cada um dos participantes dessa formação. Construimos uma história, semeamos conhecimento, fazemos parte dos multiplicadores dessas informações tão valiosas para o convívio com deficientes visuais. Agradeço às meninas pelo empenho e dedicação, pelas construções, pela participação... que vocês continuem semeando e cuidando, com muito carinho, dessa "semente de luz", eu estarei de braços abertos e de mãos estendidas para contemplar os frutos desse jardim.
Um grande abraço!
Profª. Luciane
OBS: No dia 03/11 as cursistas redigiram um texto em Braille, falando sobre o curso e fazendo uma reflexão sobre a importância de se aprender Braille ((linha do tempo: antes e depois do curso de Braille). A partir do texto redigido como proposta de avaliação final, fiz a reescrita das produções, que foram digitadas por mim e impressas em tinta. A devolutiva e entrega dos textos aconteceu no dia 10/11, juntamente com uma lembrancinha personalizada (chaveiro com o nome bordado em Braille) e uma festa de confraternização.
Descrição das imagens:
Foto 1: algumas alunas redigindo o texto da avaliação, em Braille;
Foto 2: Imagem das lembrancinhas; chaveiros bordados com o nome em Braille;
Fotos de 3 a 12: Professora Luciane entregando a avaliação e lembrancinhas para cada aluna.
Roteiro - audiodescrição do comercial Itaú um mais um é maior que dois
Por Keyla Rafaela Minatti Cristofolini - quinta-feira, 04 novembro 2010
Comercial Um mais Um é Maior que dois.
Uma menina joga com a mão direita uma pedra branca no sexto quadrado de uma amarelinha desenhada no chão. Ela pula num pé só, usando o pé esquerdo no número 1, depois 2 e 3. Em seguida, pula com os dois pés, com o pé esquerdo no número 4 e com o pé direito no número 5 . Uma outra menina se encosta numa fita métrica colada em uma parede indicando sua altura de 1 metro e dez centímetros. Ela olha para cima e com a mão direita indica que chegará há um metro e trinta e cinco centímetros. Imagem de uma menina e de um menino de costas, eles estão sentados sobre uma sacada avistando uma cidade cheia de prédios bem à frente. O menino abraça a menina com o seu braço esquerdo, passando por de trás das costas e apoiando o seu braço no ombro dela. Legenda do vídeo: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de igual e o numeral 2. Aparece apenas as quatro pernas das crianças balançando. O pé direito da menina e o pé esquerdo do menino se entrelaçam. Cada pé entrelaçado tem debaixo um parte do desenho de um coração contornado de vermelho que juntos formam o coração. Uma menina de costas, usando uma camisola e segurando um urso de pelúcia com a mão direita está num quarto escuro onde corre em direção a um ambiente iluminado. Em uma cama, um homem e uma mulher aparecem dormindo e essa mesma menina deita-se no meio deles com o seu urso de pelúcia. Legenda: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de igual e numeral 3. Crianças jogando futebol de areia numa praia ao fundo o Corcovado. Os meninos se reúnem para uma foto em frente à trave do gol, que está sem rede e com a estrutura de madeira. Eles fazem duas fileiras, na fileira da frente tem 4 meninos, todos abraçados e apoiados com um dos joelhos na areia. Na fileira de trás também tem 4 meninos que estão abraçados e em pé. Legenda: numeral 1, sinal de igual e numeral 3. Em seguida, aparece o numeral 1, sinal de igual e numeral 22. Uma moça, de cabelos longos, aparece de costas. Ela mesma se abraça. Legenda: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de igual e numeral 1. Ela se vira e sorri. Legenda: Palavra Você. Duas mulheres passeiam felizes em uma bicicleta para duas pessoas. Surge o rosto de um menino brincando com um ábaco nas cores laranja, azul e amarelo, que representam o Banco Itaú. Esse mesmo menino aparece de mão dada com o seu pai, indo em direção a uma agência do Banco Itaú. Os dois entram, observam várias pessoas andando e ou sendo atendidas. A imagem de um dedo indicador que é posto num leitor de digitais. Clientes da agência são atendidos por uma simpática moça. Um casal sorri, parecendo satisfeitos. Imagem de clientes sendo atendidos por funcionários. Uma moça de cabelos curtos, sentada num sofá parecendo estar em sua casa, usa seu I Pod na página do banco Itaú. Legenda: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de maior e numeral 2. Pai e filho, ainda na agência, navegam pela página do banco refletida na parede. O pai pega o seu filho no colo, logo em seguida o menino com o dedo indicador, clica na página refletida na parede. O pai pergunta informações para um atendente que passa por eles. Aparece então a moça que acessava o banco de casa, uma mulher negra, um homem que estava sendo atendido e por fim uma mulher que sorri e faz com o dedo indicador o desenho no ar do símbolo do Itaú. Legenda: Frase: Feito para você.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Comercial Um mais Um é Maior que dois.
Uma menina joga com a mão direita uma pedra branca no sexto quadrado de uma amarelinha desenhada no chão. Ela pula num pé só, usando o pé esquerdo no número 1, depois 2 e 3. Em seguida, pula com os dois pés, com o pé esquerdo no número 4 e com o pé direito no número 5 . Uma outra menina se encosta numa fita métrica colada em uma parede indicando sua altura de 1 metro e dez centímetros. Ela olha para cima e com a mão direita indica que chegará há um metro e trinta e cinco centímetros. Imagem de uma menina e de um menino de costas, eles estão sentados sobre uma sacada avistando uma cidade cheia de prédios bem à frente. O menino abraça a menina com o seu braço esquerdo, passando por de trás das costas e apoiando o seu braço no ombro dela. Legenda do vídeo: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de igual e o numeral 2. Aparece apenas as quatro pernas das crianças balançando. O pé direito da menina e o pé esquerdo do menino se entrelaçam. Cada pé entrelaçado tem debaixo um parte do desenho de um coração contornado de vermelho que juntos formam o coração. Uma menina de costas, usando uma camisola e segurando um urso de pelúcia com a mão direita está num quarto escuro onde corre em direção a um ambiente iluminado. Em uma cama, um homem e uma mulher aparecem dormindo e essa mesma menina deita-se no meio deles com o seu urso de pelúcia. Legenda: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de igual e numeral 3. Crianças jogando futebol de areia numa praia ao fundo o Corcovado. Os meninos se reúnem para uma foto em frente à trave do gol, que está sem rede e com a estrutura de madeira. Eles fazem duas fileiras, na fileira da frente tem 4 meninos, todos abraçados e apoiados com um dos joelhos na areia. Na fileira de trás também tem 4 meninos que estão abraçados e em pé. Legenda: numeral 1, sinal de igual e numeral 3. Em seguida, aparece o numeral 1, sinal de igual e numeral 22. Uma moça, de cabelos longos, aparece de costas. Ela mesma se abraça. Legenda: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de igual e numeral 1. Ela se vira e sorri. Legenda: Palavra Você. Duas mulheres passeiam felizes em uma bicicleta para duas pessoas. Surge o rosto de um menino brincando com um ábaco nas cores laranja, azul e amarelo, que representam o Banco Itaú. Esse mesmo menino aparece de mão dada com o seu pai, indo em direção a uma agência do Banco Itaú. Os dois entram, observam várias pessoas andando e ou sendo atendidas. A imagem de um dedo indicador que é posto num leitor de digitais. Clientes da agência são atendidos por uma simpática moça. Um casal sorri, parecendo satisfeitos. Imagem de clientes sendo atendidos por funcionários. Uma moça de cabelos curtos, sentada num sofá parecendo estar em sua casa, usa seu I Pod na página do banco Itaú. Legenda: numeral 1, sinal de mais, numeral 1, sinal de maior e numeral 2. Pai e filho, ainda na agência, navegam pela página do banco refletida na parede. O pai pega o seu filho no colo, logo em seguida o menino com o dedo indicador, clica na página refletida na parede. O pai pergunta informações para um atendente que passa por eles. Aparece então a moça que acessava o banco de casa, uma mulher negra, um homem que estava sendo atendido e por fim uma mulher que sorri e faz com o dedo indicador o desenho no ar do símbolo do Itaú. Legenda: Frase: Feito para você.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - audiodescrição do comercial Itaú Milênio
Por Keyla Rafaela Minatti Cristofolini - quinta-feira, 04 novembro 2010
Comercial Itaú Milênio.
Globo terrestre visto do espaço. Surge um olho humano que pisca e dentro na pupila sai a imagem de uma menina sentada em um balanço entre árvores. A mesma menina corre descalça sobre as folhas secas caidas no chão entre um bosque. Aparece somente o rosto da menina e rapidamente o rosto de uma mulher ( aparentemente ela adulta) com uma grinalda. Volta a imagem da menina segurando uma flor. Um carro de fórmula 1, o rosto de um piloto fechando seu capacete. Crianças jogam futebol num pátio de cimento. Imagem de pernas de jogadores de futebol jogando num gramado.. Crianças jogando futebol na chuva entre um carro estacionado perto de uma calçada. Fazem festa parecendo que comemoram um gol. Um garoto joga a bola pra cima e quando ela desce ele domina no peito. Um garoto ao seu lado sorri. Imagem de pés driblando uma bola que cai em uma poça d’agua. Imagem de um jogador da seleção brasileira fazendo um gol de bicicleta. Outros jogadores chegam junto e se abraçam comemorando o gol. Um guindaste no meio de um ferro velho revira a sucata soltando do alto pedaços de metal. Um carro explode e pega fogo. Labaredas tomam conta da tela. Três bombeiros se abaixam perto desse carro incendiado. Céu azul e pássaros voando sobre o mar. Um senhor observa com uma câmera esses pássaros e apoia na perna o laptop. Vê -se essa mesma imagem na tela de seu computador. Uma tartaruga nada calmamente no fundo do mar entre corais e algas. Um cardume passa por ela. A menina e um grande macaco estão sentados sobre uma pedra. O macaco está fazendo carinho na cabeça da menina e ela segura uma flor. Depois ele abraça a menina e também segura a flor. Flashes rápidos aparerecem: pessoas, Albert Eisten, um astronauta passeando no espaço obervando a lua, um foguete sendo lançado para o espaço. Imagem de um rosto de astronauta dentro do seu capacete. Imagem de uma folha de papel com linhas. Uma mão escreve com lápis a palavra dezesseis. Um idoso é que escreve sendo auxiliado por um rapaz. O rapaz aparece em uma carteira escolar sentado, com um lápis encostado no queixo como se estivesse refletindo ou pensando algo. Aquele mesmo senhor aparece de pé, segurando uma folha de papel ao lado de uma professora, sendo aplaudido. Imagem de uma estufa grande, cheia de mudas verdes e bem ao fundo uma pessoa vestida de branco trabalhando. O globo terrestre gira bem verde. Imagem de crianças carecas sorrindo correndo e brincando. Surge o rosto de um bebê sugando o peito de sua mãe. Todas a imagens anteriores passam rapidamente. Uma menina escostada num muro com as mãos aos ouvidos como se estivesse ouvindo explosões. Um soldado num campo de batalha olha triste pra traz. Uma menina corrre sorrindo. Uma senhora com um lenço na cabeça anda rapidamente com uma mala na mão como se estivesse fugindo. Imagem de um exame neurológico. Um homem observa em um microscópio. Ele olha pra uma mulher ao seu lado e ela sorri. Ele olha novamente no microscópio e duas células se separam. Um homem num leito é observado por uma mulher triste. Imagem de uma arma atirando. Várias canhões sob uma plataforma de um navio saindo vários tiros em direção ao mar. Um homem no campo de batalha atira e abaixa a cabeça triste. A mulher que fugia agora corre de mãos dadas com duas crianças. A menina que estava segurando a mão nos ouvidos, aperta com mais força e abaixa a cabeça chorando. O rosto de um bebê aparece chorando, bocejando no colo de sua mãe. Legenda: Que todos nossos sonhos se realizem no próximo milênio. Itaú bem-vindo ao ano 2000.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Comercial Itaú Milênio.
Globo terrestre visto do espaço. Surge um olho humano que pisca e dentro na pupila sai a imagem de uma menina sentada em um balanço entre árvores. A mesma menina corre descalça sobre as folhas secas caidas no chão entre um bosque. Aparece somente o rosto da menina e rapidamente o rosto de uma mulher ( aparentemente ela adulta) com uma grinalda. Volta a imagem da menina segurando uma flor. Um carro de fórmula 1, o rosto de um piloto fechando seu capacete. Crianças jogam futebol num pátio de cimento. Imagem de pernas de jogadores de futebol jogando num gramado.. Crianças jogando futebol na chuva entre um carro estacionado perto de uma calçada. Fazem festa parecendo que comemoram um gol. Um garoto joga a bola pra cima e quando ela desce ele domina no peito. Um garoto ao seu lado sorri. Imagem de pés driblando uma bola que cai em uma poça d’agua. Imagem de um jogador da seleção brasileira fazendo um gol de bicicleta. Outros jogadores chegam junto e se abraçam comemorando o gol. Um guindaste no meio de um ferro velho revira a sucata soltando do alto pedaços de metal. Um carro explode e pega fogo. Labaredas tomam conta da tela. Três bombeiros se abaixam perto desse carro incendiado. Céu azul e pássaros voando sobre o mar. Um senhor observa com uma câmera esses pássaros e apoia na perna o laptop. Vê -se essa mesma imagem na tela de seu computador. Uma tartaruga nada calmamente no fundo do mar entre corais e algas. Um cardume passa por ela. A menina e um grande macaco estão sentados sobre uma pedra. O macaco está fazendo carinho na cabeça da menina e ela segura uma flor. Depois ele abraça a menina e também segura a flor. Flashes rápidos aparerecem: pessoas, Albert Eisten, um astronauta passeando no espaço obervando a lua, um foguete sendo lançado para o espaço. Imagem de um rosto de astronauta dentro do seu capacete. Imagem de uma folha de papel com linhas. Uma mão escreve com lápis a palavra dezesseis. Um idoso é que escreve sendo auxiliado por um rapaz. O rapaz aparece em uma carteira escolar sentado, com um lápis encostado no queixo como se estivesse refletindo ou pensando algo. Aquele mesmo senhor aparece de pé, segurando uma folha de papel ao lado de uma professora, sendo aplaudido. Imagem de uma estufa grande, cheia de mudas verdes e bem ao fundo uma pessoa vestida de branco trabalhando. O globo terrestre gira bem verde. Imagem de crianças carecas sorrindo correndo e brincando. Surge o rosto de um bebê sugando o peito de sua mãe. Todas a imagens anteriores passam rapidamente. Uma menina escostada num muro com as mãos aos ouvidos como se estivesse ouvindo explosões. Um soldado num campo de batalha olha triste pra traz. Uma menina corrre sorrindo. Uma senhora com um lenço na cabeça anda rapidamente com uma mala na mão como se estivesse fugindo. Imagem de um exame neurológico. Um homem observa em um microscópio. Ele olha pra uma mulher ao seu lado e ela sorri. Ele olha novamente no microscópio e duas células se separam. Um homem num leito é observado por uma mulher triste. Imagem de uma arma atirando. Várias canhões sob uma plataforma de um navio saindo vários tiros em direção ao mar. Um homem no campo de batalha atira e abaixa a cabeça triste. A mulher que fugia agora corre de mãos dadas com duas crianças. A menina que estava segurando a mão nos ouvidos, aperta com mais força e abaixa a cabeça chorando. O rosto de um bebê aparece chorando, bocejando no colo de sua mãe. Legenda: Que todos nossos sonhos se realizem no próximo milênio. Itaú bem-vindo ao ano 2000.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Roteiro - Audiodescrição do Comercial Das Casas Bahia (Dia das Mães - Sapequinha)
Por Sayonara Gregorio Corrêa de Mello - sexta, 16 julho 2010 Tempo de Duração: 1min. 1ª cena: Criança (menina) de colo engatinhando e senta-se no chão, olha fixamente para mãe que está em casa arrumando a mesa. 2ª cena: Criança no berço chora. A mãe a pega no colo carinhosamente e troca sua fralda. 3ª cena: Mãe dá comida à criança que está sentada em sua cadeirinha apropriada. A criança está comendo e pegando o macarrão em suas mãos. 4ª cena: Criança na banheira cheia de água toda ensaboada. 5ª cena: Criança pegando os bichos de pelúcia, apertando e deitando sobre eles. 6ª cena: Criança dando os primeiros passos muito feliz indo em direção à sua mãe. As duas se abraçam alegremente. última cena: Mascote das Casas Bahia ( menino em desenho animado) com um buquê de rosas nas mãos oferecendo a todas as mães. Logomarca e slogan da loja. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do Novo Comercial da Coca-Cola
Por Ariovaldo Vieira da Silva - quarta, 7 julho 2010 Observações sobre a audiodescrição: Alguns quadros, nos quais acontece a ação podem dificultar a compreensão da mensagem que a propaganda. Não há diálogo entre os personagens, apenas movimentos, surgimentos de novas figuras, explosões e expressões faciais. Narradora- Deisy Paula. O ledor será Ari Vieira. Ledor - Numa sala ampla três homens, sendo que dois estão sentados. O outro coloca uma garrafa de Coca-Cola sobre a mesa e sai da sala; Um deles olha para a garrafa e a pega, fica sacudindo, passa para o outro sentado, que faz o mesmo movimento com a garrafa e a recoloca na mesa. A garrafa emite um ruído como se fosse explodir. O outro homem voltou para a sala, pegou a garrafa e ao abri-la a cena vai para um outro lugar, aparecem dois outros personagens assustados quando observam uma explosão do gás sacudido, a imagem sai da sala e surge uma imagem aérea do líquido em forma de cascata, abrindo um clarão no céu. Os prédios ao lado sentem a explosão, a imagem remete para uma explosão atômica, ou seja, fortes luzes lançadas. Uma música surge, dando a ideia de movimentos, até uma árvore começa a crescer na calçada, tamanha é a força do produto. Pessoas se aglomeram, e subitamente as imagens nos eleva ao espaço, surgindo o efeito da explosão no meio do planeta Terra, e uma mensagem aparece: Narrador – SUA FELICIDADE TRANSFORMA Ledor – aparece uma garrafa de Coca-Cola Narrador – VIVA O LADO COCA-COLA DA VIDA "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição Comercial Sustagen Kids
Por Ariane Lima França - quinta, 8 julho 2010 O comercial fica no ar por 31 segundos. Vou narrar o comercial do menino “prodígio” da sustagem kids que adora chicória. A cena se passa em um supermercado. Ao fundo próximo à prateleira de legumes, o menino começa o diálogo. A mãe, de costas para ele, esta próximo de uma banca que contém cenouras. ela volta-se para o carrinho de compras, ao mesmo tempo que o menino. Ele fica nervoso, chuta o carrinho e faz birra, as pessoas ao redor observam assustadas. A mãe entrega ao menino o rabanete. Aparece a lata do produto e uma mão pega um pouco de seu conteúdo com uma colher e acrescenta a um copo de leite. O menino do supermercado agora está em casa, sentado a uma mesa, aparentemente tomando café ao lado da mãe, que mexe o sustagem juntamente ao leite. A mãe fica assustada. O produto aparece dentro de um carrinho de supermercado junto a alguns legumes. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do comercial Shampoo Colorama
Por Helen Malta Valladão - sexta, 9 julho 2010 A cena começa com várias mulheres segurando um frasco de shampoo. Uma mulher chama atenção levantando seu braço esquerdo e falando: __EI,EI VOCÊ SE LEMBRA DA MINHA VOZ? CONTINUA A MESMA, MAS MEUS CABELOS, QUANTA DIFERENÇA. Nesse momento só aparece a mulher em cena. Ela passa a mão no próprio cabelo e vai virando a cabeça para o lado direito. ...É QUE PARA ELE EXISTE SHAMPOO COLORAMA. COLORAMA TORNA OS CABELOS LEVES, MACIOS, BRILHANTES. Nesse momento, a mulher vai virando a cabeça até ficar de costas. Segura o frasco de shampoo com a mão direita e mostra a embalagem. ... COLORAMA É APRESENTADO EM QUATRO TAMANHOS E OITO FÓRMULAS DIFERENTES... Enquanto o narrador fala, as embalagens do shampoo são mostradas sobre uma prateleira. ... E UMA PARA CADA TIPO DE CABELO... Aparece ao fundo a mulher passando a mão no cabelo. ... E PARA MAIS BELEZA, CREME RINSE COLORAMA... Mostra a imagem do frasco de creme rinse. QUANDO OS CABELOS SÃO LINDOS, TUDO É LINDO NUMA MULHER. Enquanto fala,a mulher mostra a embalagem do shampoo próximo ao rosto. ... COLORAMA É BOZZANO... No final da cena, aparecem quatro frascos de shampoo em tamanhos e cores diferentes e depois a logomarca e o nome do fabricante. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição de um Comercial Europeu sobre o Dia das Mães
Por Juliana Panissa Minchillo - sábado, 16 outubro 2010 O comercial tem a duração de 32 segundos. Descrição: Uma musica suave de piano toca. Crianças na escola, desenham em uma folha branca. Um aluno escolhe um lápis para desenhar. O aluno, um garotinho de uns 7 anos, tem cabelos cacheados e usa uniforme. Ele desenha uma frase com muita força em sua folha. A professora olha admirada com o desenho do aluno e percebe uma frase escrita ao contrário e com muita força no papel, fazendo um relevo pela parte de trás. O garoto entra na sala de casa, joga a mochila no chão. Ele vai até sua mãe, que é cega, e entrega a folha com o desenho. A mãe expressa um semblante de felicidade e sorri. Toca o desenho e percebe a frase "Te Amo" em relevo na folha. Os dois se abraçam e o som de piano aumenta enquanto a cena desfoca e surge a frase escrita: "Feliz dia das Mães" . A cena escurece e termina o comercial. Aparece a marca "Expréssate" ETB. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Roteiro - Audiodescrição do comercial Banco Itaú
Por Keyla Rafaela Minatti Cristofolini - domingo, 11 julho 2010 Comercial Banco Itaú. Tempo aproximado 1:04. Legenda do vídeo: fevereiro de 2010. Uma mala de guitarra é aberta. Imagem por baixo de um banco, onde pessoas estão sentadas com as pernas balançando. Legenda do vídeo: Os funcionários do Itaú Unibanco gravaram um compromisso para você. Imagem de pessoas sentadas dentro de um ônibus em movimento. Duas mulheres estão sentadas lendo um papel que cada uma delas segura, e calmamente olham para janela. Dois homens sentados no banco de trás, também olham para a direção da janela e observam o que tem lá fora. Legenda do vídeo: Aparece o símbolo: Itaú e a frase: Feito para você sonhar. Aparece a imagem da mão de uma pessoa escrevendo com caneta, notas musicais em uma partitura. Dois homens ensaiam juntos. Um deles está sentado à frente do piano e escreve numa folha apoiando-se sobre o mesmo. Já o outro homem, canta e toca um violão ao lado do piano. Ao fundo aparecem vários instrumentos musicais no chão e uma pessoa no canto direito da tela. Imagem de um fio sendo ligado na caixa de som. Um ônibus parado é visto de trás, com a porta aberta. Um rapaz de mochila está de costas e anda na calçada, passa caminhando ao lado do ônibus. Do ônibus sai um homem, depois descem mulheres e outros homens. Seguem caminhando para o seu lado esquerdo. Eles abrem uma porta grande dividida ao meio, entram e observam o espaço. No lugar tem alguns instrumentos musicais como um microfone e suporte para partitura. Aparece a imagem da mão de uma pessoa escrevendo com lápis num papel, uma música em inglês. Uma moça está sentada no chão com lápis e folhas nas mãos. Ela ajeita as folhas batendo-as levemente no chão. As pessoas entram em fila num lugar amplo, com vários instrumentos musicais sobre o chão. As pessoas recebem papéis com a letra da música. Um rapaz de cabelos cacheados e usando óculos de grau, está tocando piano. Homens e mulheres jovens estão posicionados em fila, um no lado do outro e um atrás do outro, como num coral. Recebem fone de ouvido de um rapaz. As pessoas colocam o fone de ouvido. Uma moça coloca o fone de ouvido com ajuda de um rapaz. Em seguida aparece o painel de áudio sendo regulado. O moço responsável pelo som e o maestro fazem um gesto (apontam e contam até dois) para que as pessoas começam a cantar e tocar. Imagem das mãos tocando um teclado. No palco as pessoas cantam. Duas pessoas andam na frente do coral, um rapaz ajeita a partitura e outro rapaz senta na frente da bateria. Imagem de cima e de frente do anfiteatro lotado de pessoas cantando. Há um pouco mais de 20 pessoas no palco e centenas de pessoas em pé na platéia. A maioria delas canta sorrindo e abraçados um a um, também tem algumas pessoas de braços abertos. Durante a música, a imagem das pessoas cantando e tocando aparece em três telões. Um telão no centro do palco, e os outros dois telões em cada lado do anfiteatro. Aparece à imagem de cima da platéia, com todos cantando abraçados. No final da música as pessoas levantam os braços e mexem as mãos como se estivessem batendo palmas em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição Comercial NIÑOS CAN CÂNCER
Por Fabiana Tavares dos Santos Silva - sábado, 28 agosto 2010 Este vídeo ganhou um premio de publicidade em Cannes, COM DURAÇÃO DE 51 segundos. Menina de aproximadamente oito anos, pele clara, cabelos e olhos castanhos, veste calça de malha, blusa listrada de mangas na cor azul clara. Aparece deitada na cama. Levanta-se, olha pela janela. Senta-se no chão, abre uma necesser verde, despeja no chão os objetos contidos na bolsa. Pega uma tesoura e começa a cortar os cabelos. Ela corre para abrir a porta. Ao lado de fora, estão uma mulher, um homem e um adolescente que retira o boné, deixando a mostra a cabeça sem cabelos, e coloca-o na garotinha. Ela fita-o olhando nos olhos dele e baixa a cabeça sorrindo levemente. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do Comercial do Pão-de-açúcar
Por Roberta Magalhães Elias - domingo, 11 julho 2010 Comercial: Pão-de-Açucar: O que faz você feliz (Voz de Gilberto Gil) Tempo de duração: 1:04 Começa o comercial com uma pipa voando no céu azul. Em seguida um garoto sorrindo e um slogam escrito "Feliz". As imagens mudam rapidamente e logo aparece uma garota sorrindo; um cão comendo um sanduíche de um prato sobre a mesa. Surge um garoto correndo na areia da praia, soltando uma pipa. Em outro local, parecendo um jardim, uma moça girando feliz cheirando um pequeno buquê de flores; uns pés, de um adulto e uma criança, caminhando na areia da praia; dois garotos em uma via pública, caminhando abraçados e um deles segurando uma bola ao lado. Deitado, surge um bebê brincando com os próprios pés; cena familiar de uma senhora e uma menininha chupando uva. Em um local aberto, dois braços envolvem o tronco de uma árvore; uma pessoa coloca uma joaninha na folha. Ciclista em avenida, de capacete, com os pés livres do pedal. Alguém sendo acordado por um despertador, enquanto permanece deitado por uns instantes. Garota batendo palmas de frente a um bolo confeitado com velinhas acesas; gestante acariciando a própria barriga; uma moça se espreguiçando na rede e outra, tomando chuva, com ar de felicidade, e a sombrinha aberta ao lado. Em um banco de praça, uma garotinha dá um beijinho no garotinho sentado ao seu lado. Casal, parece apaixonados, na areia da praia correndo e se abraçando. Folha seca voando de um livro aberto; na rua, uma moça negra sorrindo. Salada fresquinha de tomate, rabanete e verduras sendo regada com azeite. Pão quentinho sendo cortado com as mãos. Pessoas em uma cozinha, em clima de festa, fazendo macarronada. Senhora descansando em uma espreguiçadeira na areia da praia. Crianças e um pai em uma aula de balé. Moça relaxada em um sofá comendo maçã e finalmente, menininha de óculos sorrindo feliz. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do Comercial Sadia Conversa
Por Marli Dias de Oliveira - quinta, 22 julho 2010
duração do video 33 segundos.
1ª cena - aparece, rapidamente, alguns porta retratos. Em seguida, uma avó na cozinha prepara um lanche. de repente aparece uma criança na janela, pega uma fatia de presunto e come.
2ª cena - aparece o avô, que chama o neto para uma pescaria. Eles se despedem da avó e da irmã. Ambas aparecem na janela da cozinha comendo um sanduiche.
3ª cena - mostra os dois, avô e neto, pescando. Logo em seguida deliciam um sanduiche com presunto Sadia.
4ª cena - mostra os dois indo embora de mãos dadas. Ao chegar no sítio encontram sua família reunida.
5ª cena - aparecem os produtos Sadia e o mascote da marca, que é um frango.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
duração do video 33 segundos.
1ª cena - aparece, rapidamente, alguns porta retratos. Em seguida, uma avó na cozinha prepara um lanche. de repente aparece uma criança na janela, pega uma fatia de presunto e come.
2ª cena - aparece o avô, que chama o neto para uma pescaria. Eles se despedem da avó e da irmã. Ambas aparecem na janela da cozinha comendo um sanduiche.
3ª cena - mostra os dois, avô e neto, pescando. Logo em seguida deliciam um sanduiche com presunto Sadia.
4ª cena - mostra os dois indo embora de mãos dadas. Ao chegar no sítio encontram sua família reunida.
5ª cena - aparecem os produtos Sadia e o mascote da marca, que é um frango.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do comercial Defendendo a Inclusão de Deficientes Físicos AACD
Por Maysa Freire de Almeida - domingo, 22 agosto 2010
Duração do comercial: 31 segundos
Um garoto com idade aproximada de 12 ou 13 anos, deficiente físico, utilizando bengalas para locomoção atravessa a praça e entra na Biblioteca. Vai em direção à prateleira e com a ajuda da bengala tenta capiturar um livro que está bem no alto. Uma garota da mesma idade vê e o ajuda, ela utiliza a escada que está próxima pra alcançar o livro, mas está usando uma mini saia. Enquanto isso o garoto acompanha ela subindo a escada e sorri... A bibliotecária sorri detrás do computador e a garota entrega o livro sorrindo pra ele. Num outro ângulo da biblioteca têm outra garota usando mini saia, ele a avista e aparece uma legenda: GAROTOS SÃO TODOS IGUAIS. O garoto tenta alcançar novamente outro livro próximo a garota... A cena acaba e aparece o slogan da AACD (associação de assistência da criança deficiente) e a legenda: AS DIFERENÇAS ACABAM AQUI.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Duração do comercial: 31 segundos
Um garoto com idade aproximada de 12 ou 13 anos, deficiente físico, utilizando bengalas para locomoção atravessa a praça e entra na Biblioteca. Vai em direção à prateleira e com a ajuda da bengala tenta capiturar um livro que está bem no alto. Uma garota da mesma idade vê e o ajuda, ela utiliza a escada que está próxima pra alcançar o livro, mas está usando uma mini saia. Enquanto isso o garoto acompanha ela subindo a escada e sorri... A bibliotecária sorri detrás do computador e a garota entrega o livro sorrindo pra ele. Num outro ângulo da biblioteca têm outra garota usando mini saia, ele a avista e aparece uma legenda: GAROTOS SÃO TODOS IGUAIS. O garoto tenta alcançar novamente outro livro próximo a garota... A cena acaba e aparece o slogan da AACD (associação de assistência da criança deficiente) e a legenda: AS DIFERENÇAS ACABAM AQUI.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do comercial das Havaianas
Por SHIRLEY ALVES GODOY - quarta, 20 outubro 2010 Nome: A troca Tempo: 31s Cena I Uma moça descendente de japoneses, trajando um vestido preto, abre a gaveta de um armário em seu closed, esta gaveta esta repleta de sandálias Havaianas de diversas cores. Ela procura uma para usar, decide pela cor laranja, calça a sandália, pega uma bolsa e sai. CenaII Um rapaz em traje social, com uma blusa meia estação em seus ombros,está encostado na porta de um carro conversível. A moça da cena anterior vem de encontro ao rapaz. Cumprimentam-se, então ele pergunta se ela está pronta. Ela responde que sim e o convida para sair, ao que o rapaz responde se ela vai sair daquele jeito, referindo-se as sandálias. A moça responde que sim, pois ela está de Havaianas e todo mundo usa Havaianas. Então ele sugere que ela troque de calçado. CenaIII Ela concorda, solicita um tempo, pedindo para que ele esperasse por ela, ele concorda. Cena IV A moça aparece em sua sala telefonando para outra pessoa. Diz que está descendo e despede-se com um beijo. Cena V O rapaz encostado no carro ajeita as mangas da blusa que se encontra sobre seus ombros. A moça retorna, calçando as mesmas sandálias, neste momento surge um rapaz dirigindo um jipe. A moça olha parao primeito rapaz e diz que está pronto feito a troca, embarca no jipe e sai com o outro rapaz, o primeiro fica de boca aberta. "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição Comercial da Kombi anos 90
Por Lúcia Filomena Pauli Bettiol - terça, 13 julho 2010 A propaganda tem aproximadamente 45 segundos, mostrando duas crianças que compartilham suas aspirações para o futuro. Logo após que o primeiro fala sua vontade, que é ter um carro conversível, temos a imagem dele dentro de um conversível, com uma bela mulher ao seu lado. Já o outro garoto, conta que gostaria de ter uma Kombi, para surpresa do primeiro. Logo depois, temos ele dentro de uma Kombi, mas ao invés do primeiro menino, que tinha apenas uma mulher ao seu lado, o garoto da Kombi tinha várias. Por fim, é mostrada a nova linha de Kombi, com novas cores e design. - Roteiro de como seria a áudio-descrição dessa propaganda: 1- Câmera subindo dos pés de duas crianças, e uma está com uma bola nos pés. 2- Ao continuar subindo, aparecem cadernos em seus colos e os uniformes escolares que estão vestindo. 3- O primeiro garoto fala que seu sonho quando crescer é ter um carro conversível. 4- Em seguida, temos seu pensamento, em que ele imagina que está dentro de um carro conversível, com uma moça ao seu lado. 5- A moça segura uma canga nas mãos, que balança por causa do vento, e coloca a mão em seu braço. 6- Logo depois, a segunda criança fala que seu sonho é ter uma Kombi, e o primeiro menino fica com cara de espanto. 7- Depois, temos o pensamento dele, que se imagina dentro de uma Kombi, só que com várias moças. 8- Todos fazem barulho e batem palmas. 9- Até que uma das moças dá um beijo em seu rosto. 10- Por fim, temos a imagem de três Kombis, e o símbolo da Volkswagen, com a frase embaixo: "Você conhece, você confia". "Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Roteiro - Audiodescrição do Comercial da Pepsi
Por Gizele Evangelista de Oliveira Alves - quarta, 20 outubro 2010
Um rapaz coloca uma moeda em máquina de refrigerante da Pepsi;
Uma moça de vestido, muito bonita, anda pelo corredor;
O rapaz aperta o botão que libera uma lata de refrigerante Pepsi;
A moça balança seus cabelos, andando na direção do rapaz;
A moça beija a boca do rapaz, que tem a expressão facial de surpreso;
A moça retira a lata de Pepsi da mão do rapaz e bebe;
A moça se vira e vai embora pelo corredor;
O rapaz sorri; O rapaz chama a moça pelas costas, ela se vira para ele, que mostra uma garrafa de 2 litros de Pepsi para ela;
O rapaz sorri. Uma garrafa de vidro de Pepsi com aparência bem gelada se abre e jorra o refrigerante em uma cascata.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Um rapaz coloca uma moeda em máquina de refrigerante da Pepsi;
Uma moça de vestido, muito bonita, anda pelo corredor;
O rapaz aperta o botão que libera uma lata de refrigerante Pepsi;
A moça balança seus cabelos, andando na direção do rapaz;
A moça beija a boca do rapaz, que tem a expressão facial de surpreso;
A moça retira a lata de Pepsi da mão do rapaz e bebe;
A moça se vira e vai embora pelo corredor;
O rapaz sorri; O rapaz chama a moça pelas costas, ela se vira para ele, que mostra uma garrafa de 2 litros de Pepsi para ela;
O rapaz sorri. Uma garrafa de vidro de Pepsi com aparência bem gelada se abre e jorra o refrigerante em uma cascata.
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
Imagens que Falam: A Audiodescrição para os Deficientes Visuais
O QUE É?
É um recurso de acessibilidade que consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela;
É a arte de transformar aquilo que é visto no que pode ser ouvido, permitindo que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, musicais, apresentações, aulas, palestras, entre outros. A audiodescrição implica em oferecer aos usuários desse serviço as condições de igualdade e oportunidade de acesso ao mundo das imagens, garantindo-lhes o direito de concluírem por si mesmos o que tais imagens significam, a partir de suas experiências, de seu conhecimento de mundo e de sua cognição.
O QUE ELA PERMITE?
Permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em que ela aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que alguém que enxerga.
COMO ACONTECE?
As descrições acontecem no espaço entre os diálogos e nas pausas entre as informações sonoras do filme ou espetáculo, nunca se sobrepondo ao conteúdo sonoro relevante;
A informação audiodescrita se harmoniza com os sons do filme ou espetáculo.
TIPOS MAIS COMUNS
Audiodescrição gravada
Audiodescrição ao vivo ensaiada
Audiodescrição simultânea
AUDIODESCRIÇÃO INFORMAL:
Audiodescrição traz a formalidade para algo que era, anteriormente, feito informalmente e acontecia quando as pessoas com deficiência visual, mais curiosas, começavam a fazer perguntas tirar dúvidas sobre os acontecimentos "sem áudio" suficiente para o pleno entendimento;
Não é desconhecido, por exemplo, a linda, poética e significativa audiodescrição feita pelo cosmonauta Iuri Gagarin, em que, ao ver a terra de onde ninguém jamais vira antes, descreveu nosso planeta como: “A Terra é azul!”, trazendo aos que a terra não podiam ver a informação de que cor ela era. E quantos mundos azuis deixam de ser acessíveis às pessoas com deficiência visual pela ausência da audiodescrição, em particular, e pelas demais barreiras comunicacionais em geral?
Durante os cursos que ministro para capacitar professores em Grafia Braille e Dosvox e, até mesmo em palestras que realizo, dedico um momento especial para divulgar o recurso da audiodescrição. Nesses encontros, é visível o desconhecimento desta técnica pelos profissionais da educação e pelo público, em geral que, a partir do momento em que começam conhecer a AD e todas as possibilidades ficam encantados e atentos para o quanto poderão contribuir, daqui pra frente, para que uma imagem se torne acessível a um deficiente visual. É por meio de filmes, comerciais com e sem audiodescrição e roteiros escritos que passamos a divulgar os "sons" das imagens. Compartilho com vocês, leitores deste blog, alguns roteiros escritos de audiodescrição de comerciais feitos por alunas do curso "Grafia Braille - Semeando Leitores e Escritores Competentes".
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
É um recurso de acessibilidade que consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela;
É a arte de transformar aquilo que é visto no que pode ser ouvido, permitindo que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, musicais, apresentações, aulas, palestras, entre outros. A audiodescrição implica em oferecer aos usuários desse serviço as condições de igualdade e oportunidade de acesso ao mundo das imagens, garantindo-lhes o direito de concluírem por si mesmos o que tais imagens significam, a partir de suas experiências, de seu conhecimento de mundo e de sua cognição.
O QUE ELA PERMITE?
Permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em que ela aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que alguém que enxerga.
COMO ACONTECE?
As descrições acontecem no espaço entre os diálogos e nas pausas entre as informações sonoras do filme ou espetáculo, nunca se sobrepondo ao conteúdo sonoro relevante;
A informação audiodescrita se harmoniza com os sons do filme ou espetáculo.
TIPOS MAIS COMUNS
Audiodescrição gravada
Audiodescrição ao vivo ensaiada
Audiodescrição simultânea
AUDIODESCRIÇÃO INFORMAL:
Audiodescrição traz a formalidade para algo que era, anteriormente, feito informalmente e acontecia quando as pessoas com deficiência visual, mais curiosas, começavam a fazer perguntas tirar dúvidas sobre os acontecimentos "sem áudio" suficiente para o pleno entendimento;
Não é desconhecido, por exemplo, a linda, poética e significativa audiodescrição feita pelo cosmonauta Iuri Gagarin, em que, ao ver a terra de onde ninguém jamais vira antes, descreveu nosso planeta como: “A Terra é azul!”, trazendo aos que a terra não podiam ver a informação de que cor ela era. E quantos mundos azuis deixam de ser acessíveis às pessoas com deficiência visual pela ausência da audiodescrição, em particular, e pelas demais barreiras comunicacionais em geral?
Durante os cursos que ministro para capacitar professores em Grafia Braille e Dosvox e, até mesmo em palestras que realizo, dedico um momento especial para divulgar o recurso da audiodescrição. Nesses encontros, é visível o desconhecimento desta técnica pelos profissionais da educação e pelo público, em geral que, a partir do momento em que começam conhecer a AD e todas as possibilidades ficam encantados e atentos para o quanto poderão contribuir, daqui pra frente, para que uma imagem se torne acessível a um deficiente visual. É por meio de filmes, comerciais com e sem audiodescrição e roteiros escritos que passamos a divulgar os "sons" das imagens. Compartilho com vocês, leitores deste blog, alguns roteiros escritos de audiodescrição de comerciais feitos por alunas do curso "Grafia Braille - Semeando Leitores e Escritores Competentes".
"Divulgação: Espaço Braille com apoio do Blog da Audiodescrição."
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
MATEMÁTICA PARA DEFICIENTES VISUAIS: Nossa Habilidade em Resolver “Problemas”
O tempo passa e o homem tenta buscar soluções ainda mais precisas para os problemas... Não me refiro aqui aos problemas do dia-a-dia, como organizar a agenda, enfrentar um congestionamento, arrumar a casa, cuidar dos filhos, negociar dívidas ou cronometrar o tempo para dar conta de realizar todas as tarefas pendentes ou rotineiras. O fato, no entanto, seria resolver de forma mais simplificada aqueles problemas absurdos, os quais fazem parte dos dias letivos de qualquer escola. Talvez a falta de objetividade do ensino da matemática que a torna tão fantasmagórica entre a maioria dos estudantes. Por isso, mesmo não sendo nenhuma especialista em ciências exatas, decidi abordar a matemática, sobretudo como tal disciplina pode ser encarada de forma mais suave, principalmente no trabalho com deficientes visuais.
Sabemos que na falta da visão, quem entra em ação são os sentidos latentes, que precisam ser estimulados e valorizados no momento do aprendizado, buscando suprir tais defasagens. Muitas vezes não é possível fazer abstrações de imediato. A princípio elas não têm um significado, já que só podemos abstrair daquilo que já representa um conceito formulado, dispondo de referências e interpretações próprias às experiências. Utilizar jogos em relevo, materiais concretos, referências e associação a outras situações de relevância pode ser uma boa saída para que a matemática surja como um momento de descobertas prazerosas para o deficiente visual. Importante lembrar que, durante todo o processo de ensino/aprendizagem da matemática o uso do soroban é essencial, não apenas como registros mas, acima de tudo, para dar igualdade de oportunidades a todos os alunos, sem que para isso, o cálculo mental seja a única alternativa. Antes do uso do soroban para o ensino da matemática entre os deficientes visuais, suas ações eram restritas a memorização, cuja estratégia de cálculo mental os excluía as possibilidades de resolução dos problemas em provas, concursos, vestibulares. Hoje a utilização dessa técnica, aliada ao sistema Braille merece grande destaque quanto sua funcionalidade e aplicação, o que resultou na publicação de uma portaria nº. 1.010, do Ministério da Educação, de 11/05/2006, instituindo o soroban, contador mecânico adaptado para pessoas com deficiência visual, nos sistemas de ensino do País em todos os níveis.
O soroban, aparelho de cálculos usado há muitos anos no Japão, pode ser considerado uma máquina de calcular de grande rapidez, permitindo registros e operações de forma mais simples. Sua principal vantagem está na escrita de números, sendo um dos métodos ideais para o ensino da matemática aos deficientes visuais. Com ele os alunos aprendem concretamente os fundamentos da matemática, as quatro operações, as ordens decimais e seus valores, e até cálculos mais complexos. Este recurso favorece a integração e interação entre os alunos cegos e de visão normal, pela possibilidade de acompanhar o ritmo das atividades desenvolvidas em classes comuns e no dia-a-dia.
Ao contrário das calculadoras, cujos resultados são automatizados, o soroban permite um cálculo mecânico, em que os resultados dependem, exclusivamente, de todo o processo. Sendo assim, qualquer falha durante a execução resultaria em erros. Por outro lado, o soroban por si só não resolveria todas as pendências de uma matemática mal conduzida. Para tornar-se um método eficaz, sua utilização precisa aliar-se ao código Braille e suas particularidades.
O Código Braille criado em 1825, na França, por Louis Braille, veio quebrar a barreira da acessibilidade do deficiente visual a escrita convencional e, desde então tem sofrido alterações a fim de aprimorá-lo e abranger cada vez mais representações. Assim em 1997 surgiu o código unificado de matemática, cujas últimas alterações feitas em 2003 trouxeram ainda mais possibilidades, inclusive representações para geometria, e cálculos mais elaborados.
Uma atitude muito comum entre os profissionais, na tentativa de ensino da matemática para os deficientes visuais seria, as exigências da semelhança entre o que se escreve em tinta para o Braille, como por exemplo, os algoritmos... Como montar e realizar uma operação em Braille? Essa semelhança só afastaria as possibilidades de uma resolução bem sucedida e, justamente para suprir essa lacuna, as estratégias alternativas entram em ação. As atividades podem e devem ser anotadas em Braille, obedecendo a suas especificidades: as expressões sempre na horizontal, pois a movimentação das mãos, a disposição da informação no papel, tanto na escrita quanto na leitura influenciam, de forma significativa, a compreensão e execução da atividade proposta. Acompanhar as anotações para executá-las em outro plano, utilizando soroban, jogos em relevo, materiais adaptados, é a garantia da qualidade do processo.
Uma das melhores alternativas de trabalho que pode ser realizada paralelamente ao uso do Braille e do soroban tem sido o material dourado, por permitir uma compreensão mais concreta das operações, quantidade, trocas, e, por proporcionar um contato mais direto e uma mobilidade entre as peças. Desenhos com contornos em relevo, peças de dominó, dados, cartelas de bingo, lousas magnéticas, e até mesmo formas que representam a “cela” Braille são possibilidades ricas a serem exploradas, reforçando o fato de estarem todas em relevo ou com cores contrastantes, no caso de baixa visão. Assim podemos fazer da matemática um momento para explorar não apenas seus “problemas”, mas oferecer uma solução muito mais harmoniosa e compatível a cada realidade, partindo das adaptações para cada necessidade e situação.
Texto: Luciane Molina
Sabemos que na falta da visão, quem entra em ação são os sentidos latentes, que precisam ser estimulados e valorizados no momento do aprendizado, buscando suprir tais defasagens. Muitas vezes não é possível fazer abstrações de imediato. A princípio elas não têm um significado, já que só podemos abstrair daquilo que já representa um conceito formulado, dispondo de referências e interpretações próprias às experiências. Utilizar jogos em relevo, materiais concretos, referências e associação a outras situações de relevância pode ser uma boa saída para que a matemática surja como um momento de descobertas prazerosas para o deficiente visual. Importante lembrar que, durante todo o processo de ensino/aprendizagem da matemática o uso do soroban é essencial, não apenas como registros mas, acima de tudo, para dar igualdade de oportunidades a todos os alunos, sem que para isso, o cálculo mental seja a única alternativa. Antes do uso do soroban para o ensino da matemática entre os deficientes visuais, suas ações eram restritas a memorização, cuja estratégia de cálculo mental os excluía as possibilidades de resolução dos problemas em provas, concursos, vestibulares. Hoje a utilização dessa técnica, aliada ao sistema Braille merece grande destaque quanto sua funcionalidade e aplicação, o que resultou na publicação de uma portaria nº. 1.010, do Ministério da Educação, de 11/05/2006, instituindo o soroban, contador mecânico adaptado para pessoas com deficiência visual, nos sistemas de ensino do País em todos os níveis.
O soroban, aparelho de cálculos usado há muitos anos no Japão, pode ser considerado uma máquina de calcular de grande rapidez, permitindo registros e operações de forma mais simples. Sua principal vantagem está na escrita de números, sendo um dos métodos ideais para o ensino da matemática aos deficientes visuais. Com ele os alunos aprendem concretamente os fundamentos da matemática, as quatro operações, as ordens decimais e seus valores, e até cálculos mais complexos. Este recurso favorece a integração e interação entre os alunos cegos e de visão normal, pela possibilidade de acompanhar o ritmo das atividades desenvolvidas em classes comuns e no dia-a-dia.
Ao contrário das calculadoras, cujos resultados são automatizados, o soroban permite um cálculo mecânico, em que os resultados dependem, exclusivamente, de todo o processo. Sendo assim, qualquer falha durante a execução resultaria em erros. Por outro lado, o soroban por si só não resolveria todas as pendências de uma matemática mal conduzida. Para tornar-se um método eficaz, sua utilização precisa aliar-se ao código Braille e suas particularidades.
O Código Braille criado em 1825, na França, por Louis Braille, veio quebrar a barreira da acessibilidade do deficiente visual a escrita convencional e, desde então tem sofrido alterações a fim de aprimorá-lo e abranger cada vez mais representações. Assim em 1997 surgiu o código unificado de matemática, cujas últimas alterações feitas em 2003 trouxeram ainda mais possibilidades, inclusive representações para geometria, e cálculos mais elaborados.
Uma atitude muito comum entre os profissionais, na tentativa de ensino da matemática para os deficientes visuais seria, as exigências da semelhança entre o que se escreve em tinta para o Braille, como por exemplo, os algoritmos... Como montar e realizar uma operação em Braille? Essa semelhança só afastaria as possibilidades de uma resolução bem sucedida e, justamente para suprir essa lacuna, as estratégias alternativas entram em ação. As atividades podem e devem ser anotadas em Braille, obedecendo a suas especificidades: as expressões sempre na horizontal, pois a movimentação das mãos, a disposição da informação no papel, tanto na escrita quanto na leitura influenciam, de forma significativa, a compreensão e execução da atividade proposta. Acompanhar as anotações para executá-las em outro plano, utilizando soroban, jogos em relevo, materiais adaptados, é a garantia da qualidade do processo.
Uma das melhores alternativas de trabalho que pode ser realizada paralelamente ao uso do Braille e do soroban tem sido o material dourado, por permitir uma compreensão mais concreta das operações, quantidade, trocas, e, por proporcionar um contato mais direto e uma mobilidade entre as peças. Desenhos com contornos em relevo, peças de dominó, dados, cartelas de bingo, lousas magnéticas, e até mesmo formas que representam a “cela” Braille são possibilidades ricas a serem exploradas, reforçando o fato de estarem todas em relevo ou com cores contrastantes, no caso de baixa visão. Assim podemos fazer da matemática um momento para explorar não apenas seus “problemas”, mas oferecer uma solução muito mais harmoniosa e compatível a cada realidade, partindo das adaptações para cada necessidade e situação.
Texto: Luciane Molina
Conhecimento do Soroban
A origem do soroban é tão antiga quanto a história da humanidade. O certo é que se originou da tábua de calcular, o mais antigo dos ábacos, diante da necessidade da humanidade de negociar.
Os povos antigos, sem saberem uns dos outros, foram cdando forma os princípios de contagem que inspiraram a criação dos ábacos modernos, por meio de alternativas de calcular. Temos o exemplo de como tribos guerreiras faziam para recensearem seus soldados. Essas tribos iam colocando pedras em um fosso, cada pedra correspondendo a um guerreiro. Ao chegar à décima pedra, correspondente ao décimo homem, essas eram substituídas por apenas uma pedra, que era depositada em um segundo fosso.
Este processo de contagem e substituição era repetido até se atingir a passagem de cem guerreiros. As dez pedras que simbolizavam os cem guerreiros eram então representadas por apenas uma pedra, agora colocada em um terceiro fosso.
Porém, nessa época ainda não havia a nomenclatura "cem", nem sua idéia , sendo apenas uma contagem elementar, obtida pela relação de pedras e quantidade.
Percebe-se então, que foram as pedras os primeiros objetos que permitiram a iniciação das pessoas na arte de calcular e estão presentes na origem dos ábacos, por meio de uma contagem sem memorização nem conhecimento dos números. Daí surge a expressão cálculo ou calcular, por causa das pedras que faziam a correspondência de quantidade. A palavra ábaco é romana e deriva do grego abax ou abakon, que significa superfície plana ou tábua. O ábaco recebeu outros nomes em outros países tais como: China, Suan Pan; Japão, Soroban; Coréia, Tschu Pan; Vietnam, Ban Tuan ou Ban Tien; Rússia, Schoty, Turquia, Coulba; Armênia, Choreb. No Japão, o ábaco recebeu o nome e características especiais: Soroban. O ábaco chegou ao Japão através da civilização chinesa. Lá chamado de “Suan-Pan”, em 1622.
O Soroban no Brasil
Os primeiros sorobans introduzidos no Brasil vieram nas malas dos primeiros imigrantes japoneses em 1908 a bordo de navios. Esses imigrantes não tinham o intuito claro de divulgação, usando o soroban apenas nas suas atividades pessoais e profissionais, com o qual calculavam a sobrevivência das suas famílias. Já em 1954, o Brasil começou a receber a leva de imigrantes pós-guerra, que desembarcaram trazendo na bagagem o soroban denominado “moderno”. O principal divulgador do soroban no Brasil, a partir de 1956, foi o professor Fukutaro Kato, que começou a ensinar e provomer campeonatos de cálculo utilizando este instrumento.
Soroban para deficientes visuais
O primeiro brasileiro a se preocupar com as ferramentas de que os cegos dispunham para efetuar cálculos em nosso país foi o professor Joaquim Lima de Moraes. Adaptou o soroban para que as contas não se deslizassem com tanta facilidade e com apenas um toque desmanchasse toda a representação, porém com mobilidade suficiente para serem movimentadas durante as operações. E o ano de 1949 foi decisivo para as adaptações do soroban para pessoas cegas e de baixa visão. Em janeiro daquele ano, juntamente com seu aluno e amigo José Valesin, procedeu a modificação, que consistiu na introdução da borracha compressora, solucionando a dificuldade dos cegos em manipular esse aparelho. A inserção da borracha permitiu finalmente que os cegos pudessem empurrar as contas com mais segurança e autonomia para representar os valores numéricos conforme as operações a serem efetuadas. Criava-se, assim, o Soroban Moraes, ou sorobã, termo abrasileirado do soroban. Com o objetivo de divulgar o uso e ensino do Soroban para pessoas cegas, Moraes publicou em Braille a primeira edição do seu Manual de Soroban, com o apoio da Fundação para o Livro do Cego no Brasil (hoje Fundação Dorina Nowill para Cegos). Moraes não restringiu seus conhecimentos apenas dentro do nosso país, ele repartiu essas informações com diversos países não só da América Latina, mas dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa. Movido por um espírito inquietante e instigador de todos os cientistas, revolucionou o ensino da matemática para pessoas com deficiência visual em muitos países por meio de uma adaptação bastante original.
Texto: Luciane Molina
Descrição da imagem: foto de um soroban.
Aula em Lorena: a audiodescrição e a criação de um roteiro escrito
Ontem, dia 27/10 aconteceu mais uma aula em Lorena. Desta vez o tema audiodescrição trouxe um conhecimento ainda não explorado e, por vezes, desconhecido entre os profissionais desta rede municipal. Apresentei algumas noções teóricas sobre a audiodescrição no teatro, cinema e, principalmente, na educação. Em seguida fizemos vários exercícios, tais como: - assistir a um comercial sem o recurso AD e anotar seus detalhes visuais; - Assistir ao mesmo comercial, com AD, comparando e analisando os detalhes observados e os narrados; - assistir a um comercial sem AD de olhos fechados; - Assistir ao mesmo comercial, com AD, com os olhos abertos e comparar as experiências; - Assistir a vários comerciais com AD, de olhos fechados, imaginando o que estava sendo narrado (relato de experiência); - Novamente, assistir aos comerciais com AD, agora de olhos abertos, contando sobre os detalhes imaginados e os detalhes reais; - Ler um roteiro de AD escrito e assistir ao filme, observando o que estava escrito e o que estava visível; - Realizar a AD de um comercial, sem ensaio e oralmente; - Dentre outras atividades... Para finalizar, a proposta foi criar um roteiro escrito do Comercial da Embratel, compartilhando as criações com toda a turma. Até a próxima!!! Comercial da Embratel: Tem oportunidade que não dá pra perder! Numa esquina um cachorrinho observa, entusiasmado, uma máquina de assar frangos e lambe os beiços. O dono do estabelecimento retira de dentro dela um dos frangos e deixa a máquina aberta. Aproveitando a oportunidade, o cãozinho pega um frango e sai correndo pelas ruas. Várias cenas da cidade se intercalam enquanto ele corre. Uma senhora observa pela janela. O logo da Embratel aparece junto a imagem do cãozinho que para em uma calçada e coloca o frango entre as patas. OBS: Uma música de fundo é reproduzida enquanto as cenas acontecem. Também há mensagem falada pelo locutor.
Segunda turma Grafia Braille a distância: Depoimento da cursista Juliana
A satisfação é imensa de ter semeado tantos outros pontinhos Braille pelos quatro cantos deste país. Mais uma turma de multiplicadores está formada. Agradeço a todos que fizeram parte e construiram momentos plenos de conquistas e descobertas, rumo a uma educação inclusiva de qualidade. Abaixo, depoimento da cursista Juliana Panissa.
Um grande abraço e que o gostinho da saudade seja saboreado com as ações inclusivas que brotarão de cada um de vocês. Continuem em contato, estarei sempre a disposição de vocês.
Profª. Luciane
"Penso no que dizer sobre aprender Braille... Acho que aprendi a ler agora!
Sou professora de ciências e descobri que um deficiente não tinha acesso as minhas aulas. Fala-se tanto em dar condições a todos, discursos lindos... Inclusão... e...nada.
Resolvi então, mesmo não tendo nenhum aluno deficiente no momento, aprender sozinha como deixar minha aula aberta a todos. Iniciei minha saga em busca do Braille, libras e todo método que pudesse me ajudar. Ilusão a minha em pensar que podia aprender tudo sozinha né, então por movimentação do universo, destino,ou “seja lá o que for”, encontrei o blog: Espaço Braille - Acessibilidade, Informática e Educação Inclusiva, onde me foi indicado o curso da gpec: Curso à distância Grafia Braille - "Semeando Leitores e Escritores Competentes" - Com a Prof.ª Luciane Maria Molina Barbosa.
Braille sempre foi pra mim algo incrível e desde criança eu pensava um dia aprender. Confesso que procurei o método pra buscar um pouco mais de sentido e utilidade nessa minha “saga” pela educação; uma vez que acredito não ter nascido pra se professora.
Esse curso abriu minha mente pra um mundo novo, diferente e muito agradável que eu não conhecia, era sentir-se útil na educação. Eu podia então trilhar este caminho e me reencontrar nessa carreira tão importante de ser professora. Hoje, após o termino do curso, ajudo professores a transcrever suas aulas para o Braille... E não há como descrever a satisfação em sentir a alegria de um aluno em perceber a atenção que é dada a ele.
Faço questão de deixar registrado aqui é meu agradecimento a Prof.ª Luciane... A paciência e carinho que ela dedica a esse curso faz dele muito mais presente do que a distância!"
Juliana Panissa
Descrição da imagem: Juliana abraçada ao reglete. De fundo uma página escrita em Braille, com pontinhos azuis.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Inscrições abertas para 3ª turma do curso à distância Grafia Braille - "Semeando Leitores e Escritores Competentes"
É com enorme satisfação que venho informar aos visitantes e leitores deste blog que as inscrições para a terceira turma do curso Grafia Braille - "Semeando Leitores e Escritores Competentes" estão abertas.
Durante as duas primeiras edições deste curso, realizadas neste ano, formamos cerca de 120 profissionais, espalhados por todas as regiões do país. Com este curso pretendemos contribuir para o processo de inclusão do deficiente visual, construindo e implantando ações nos âmbitos escolar, social e familiar.
O curso é totalmente à distância e conta com carga horária de 120 horas, entre trabalhos online e estudo dirigido.
Autoria e tutoria: profª. Luciane Maria Molina Barbosa
Conheça, detalhadamente, nossa proposta e o conteúdo deste curso clicando
AQUI
Ou visite o
Site da GPEC
Contamos com sua presença!
sábado, 23 de outubro de 2010
Curso de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida na Educação para o Trânsito
A Cia. Engenharia de Tráfego está lançando na modalidade a distância, o curso de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida na Educação para o Trânsito. O curso é direcionado para os professores, cuidadores e interessados em geral e objetiva promover a conscientização quanto à inclusão das pessoas com deficiência não apenas no trânsito, mas em todo o contexto da sociedade.
O curso é totalmente gratuito e para mais informações basta acessar o link AQUI
ou então no Site da CET , a pessoa entra no link Educação a Distância e se inscreve no curso que é totalmente gratuito.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Aula em Lorena: máquina Braille, soroban e Dosvox
Nesta quarta-feira, dia 20 de outubro, mais uma aula do curso de Braille foi realizada e teve início com uma homenagem ao dia dos professores. Entreguei para cada aluna uma lembrancinha com uma mensagem em Braille que, serviu de atividade de leitura, já que colocaram em prática todos os aprendizados conseguidos durante o curso.
Em seguida, levei para o conhecimento das alunas algumas informações a respeito do uso da máquina Braille (modelo Perkins e Tetrapoint). Demonstrei o uso de cada uma delas e sugeri atividades de escrita. Em grupos, cada aluna pode manusear as máquinas e ter a experiência da digitação mecânica. Escreveram seus nomes e uma frase curta, levando em conta as especificidades do manuseio deste material, como teclas, pressão para a digitação, apagar letras, retrocesso de janelas, mudança de linhas, colocação das folhas, posicionamento do cursor, etc...
Também apresentei outras informações e demonstrei o uso do soroban, instrumento de cálculo adaptado para o uso por deficientes visuais.
Por último, tiveram a oportunidade de conhecer o Sistema Dosvox, software com aplicativos e recursos de acessibilidade para tornar um computador acessível para os deficientes visuais.
É importante conhecer todas as possibilidades e diferentes ferramentas que contribui para a inclusão do deficiente visual.
Até a próxima semana!
Mensagem:
"Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma." (Bertold Brecht)
Parabéns Professor!
Descrição das imagens:
Foto 1: mensagem em Braille presa em um girassol de E.V.A., cujo miolo é um pão-de-mel;
Foto 2: Aluna lendo mensagem;
Foto 3: Professora Luciane demonstrando máquina Perkins;
Foto 4: Professora Luciane demonstrando máquina Tetrapoint;
Foto 5: Aluna escrevendo na máquina Perkins;
Foto 6: Aluna escrevendo na máquina Tetrapoint;
Foto 7: Alunas assistindo à demonstração do Sistema Dosvox;
Foto 8: Imagem da tela do notebook mostrando jogo da forca "forcavox".
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Aula em Lorena: Reportagem, Poesia e Código de Matemática
Dando continuidade aos relatos sobre o Curso de Braille em Lorena, tivemos para a última aula de setembro, realizada no dia 29/09/2010, uma atividade que consistiu na cópia de uma reportagem de jornal. A experiência real de transformar em Braille uma notícia em tinta faz com que a compreensão dos pontos se torne mais intensa, já que é preciso construir palavras e formar cada configuração imagética antes do registro no papel, utilizando reglete e punção. Verificou-se, também, o grande volume da escrita em Braille, que ocupa um espaço bem maior do que a escrita em tinta. Para essa atividade foi possível aplicar tudo o que foi aprendido anteriormente, incluindo alfabeto simples, letras acentuadas, sinais acessórios de letra maiúscula, sinais de pontuação, normas para escrita em Braille, como espaçamentos, parágrafos e títulos. Posteriormente, a notícia em Braille foi lida e transcrita, tendo como modelo a notícia em tinta para que os erros se tornassem visíveis.
Já para a primeira aula do mês de outubro, realizada no dia 06/10/2010, a atividade consistiu na escrita de uma poesia, levando em conta todas as especificidades da escrita de versos, recuos de linha e estrofes. Cada aluna fez a cópia, em Braille, da poesia "Paraíso", de José Paulo Paes e, seguindo as normas de transcrição para textos em formato poesia. A correção sugerida envolveu a leitura e a reescrita dos trechos confusos. Apresentei, também, o vídeo "Dudu da Breca", que mostra todo o processo para a edição, impressão e publicação de um livro no formato Braille e em tinta. O vídeo foi produzido na imprensa da Fundação Dorina.
Durante a nossa aula de ontem, dia 13/10/2010, cujo tema foi Código Unificado de Matemática, apresentei o esquema para escrita de numerais e sinais para as operações básicas: adição, subtração, multiplicação e divisão. A partir da demonstração da escrita de números e operações, apresentei uma atividade totalmente em Braille, para que realizassem as operações e, por meio de uma tabela de valores, encontrassem os nomes dos bichos e países. As atividades foram realizadas, ora individualmente, ora em duplas.
Até a próxima semana!
Descrição das imagens: alunas fazendo atividades.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Palestra sobre Dosvox na ETEC em Lorena
Hoje, dia 07 de outubro, estive ministrando uma palestra na ETEC em lorena. Falei para cerca de 50 alunos sobre o uso da tecnologia da informática para deficientes visuais. O tema abordado foi Dosvox e suas ferramentas de acessibilidade. Contei um pouco da história do Sistema dosvox, desde sua criação aos dias de hoje, demonstrando seus aplicativos e fazendo dinâmicas que envolveu toda a turma. O convite partiu de uma aluna do curso técnico de informática, agregando conhecimento sobre o uso e aplicação de recursos de acessibilidade para deficientes visuais, projeto de pesquisa para um Trabalho de Conclusão de Curso. Estiveram presentes, também, os integrantes do grupo de pesquisa e professores da Unidade Escolar. No final, um momento dedicado Às perguntas e sorteios de brindes que levei, como calendários em Braille e CDs da Revista Veja Falada.
Agradeço pelo convite e pelo acolhimento. Aqui o meu "muito obrigada!" pelos momentos de compartilhar e de construções coletivas, divulgando ações inclusivas.
Conheça Aqui o Projeto Dosvox
Descrição de imagem:
Foto 1: Uma integrante do grupo de pesquisa e eu;
Foto 2: Eu, conversando sobre Dosvox - Tela do Dosvox ao fundo;
Fotos 3 e 4: Platéia;
Foto 5: Grupo de Pesquisa, professora do curso e eu.
domingo, 26 de setembro de 2010
Aula de Braille em Lorena: trabalho colaborativo - texto
O trabalho colaborativo sempre foi uma estratégia em meus cursos. Acredito que através da interação com outras pessoas podemos multiplicar e compartilhar conhecimentos e, assim, contribuímos não só para o crescimento dos nossos parceiros, mas também nos envolvemos com as tarefas e enriquecemos nossas ações com aquilo que os outros nos trás.
Foi assim nossa aula em Lorena do dia 22 de setembro. A idéia do trabalho colaborativo trouxe uma dinâmica diferente aos trabalhos que, até então, estavam mais direcionados ao individual, apesar das constantes trocas entre cursistas serem permitidas. Foi o momento de explorar técnicas de escrita e leitura, enfatizando as preferências de cada cursista que, agrupadas em duplas trabalharam a leitura e a escrita do texto "Folclore". Enquanto um membro da dupla lia o texto em Braille, sem transcrevê-lo, o outro membro o escrevia em Braille utilizando reglete e punção.
Exploramos tudo o que foi aprendido até então: alfabeto simples e formação de palavras, letra maiúscula, sinais de pontuação, formação de parágrafos, separação silábica e normas técnicas de escrita de texto, como títulos, por exemplo.
O destaque está na quantidade de informações a serem observadas por quem "ouve" e por quem "fala/dita" o texto. A precisão de informações é decisiva para que a escrita aconteça sem prejuízos. Assim o professor deve estar atento ao transmitir uma informação para o deficiente visual que, não está visualizando o que tem que copiar, recorrendo apenas ao que lhe é informado oralmente.
Nesta aula também assistimos ao filme Cão-Guia, com áudio-descrição. Apresentei e falei um pouco sobre este recurso e, em seguida, fizemos uma roda de conversa a respeito das mensagens transmitidas pelo filme.
Até a próxima semana com mais novidades!
Descrição de imagem
Foto 1: professora orientando aluna na escrita - imagem das mãos.
Foto 2: Dupla fazendo atividades - leitura e escrita de texto; atrás professora Luciane Molina.
sábado, 18 de setembro de 2010
Mês de Setembro: aula de Braille em Lorena
O mês de setembro ainda nem entrou em sua reta final, porém foi bastante produtivo e pudemos avançar muito no curso de Braille em Lorena. As alunas já começam a não mais sentir a necessidade do modelo das letras em Braille ou, como elas chamam, da "colinha". Conseguem formular, mentalmente, a imagem das letras e a grafia Braille torna-se cada vez mais familiar.
Até então as atividades, apesar das propostas alternarem entre transcrição, reescrita e cópia, todas estavam ligadas a percepção visual, em que a reprodução das letras dependiam, ora da construção do Braille a partir da escrita manual, ora da construção do Braille partindo do próprio Braille. Só quem acompanha o processo desde o início consegue compreender o passo a passo dessas descobertas, sobretudo porque aprender Braille não corresponde a uma mera decodificação de pontos, mas envolve esquemas complexos de elaboração do pensamento simbólico, da percepção imagética, entre outros.
Cabe lembrar que nas aulas o uso da "colinha" não é uma proibição, mas peço que evitem o uso quando este não for mais necessário. Essa observação precisa partir de cada cursista, não por uma imposição minha, mas, sobretudo, para que comecem o processo de "pensar em Braille" e isso é muito particular.
Dando continuidade Às atividades anteriores, nossa primeira aula do mês teve como tema um ditado. Com essa atividade pretendemos trabalhar os aspectos da escrita por meio da audição. Eles ouvem a informação (palavra ditada) e precisam escrever em Braille, incorporando esquemas da percepção mental dos pontos que compõem as letras. Isso é, registrar em Braille a informação captada pela audição.
Em seguida, entreguei uma folha com as mesmas palavras ditadas, escritas em Braille em negro para que conferissem e corrigissem as palavras que escreveram com erros.
Já para a aula seguinte apresentei os sinais de pontuação e oito frases para transcrição e cópia. Agora as alunas já puderam ter a noção da construção de sentenças, utilizando parágrafo, e agregando os aprendizados construídos anteriormente, como sinal de letra maiúscula, entre outros.
As frases copiadas em Braille foram trocadas para que outro colega fizesse a transcrição, experimentando a real experiência de um transcritor, obedecendo erros cometidos e próprios da escrita em Braille, diferentemente de erros ortográficos.
Nossa última aula, até agora, realizada no dia 15/08, apresentei a tabela com as letras acentuadas e alguns blocos de palavras para transcrição. A atividade consistiu no registro de palavras acentuadas.
Nesta mesma aula apresentei um vídeo veiculado na Globo News, mostrando o Instituto Benjamin Constant, as aulas de Braille, a imprensa Braille e produção de livros e as novas tecnologias incorporadas ao uso do Braille.
Nos encontramos na próxima semana!
Descrição de imagem:
Foto 1: Aluna transcrevendo Braille em negro.
Foto 2: Aluna escrevendo Braille, utilizando reglete e punção.
Projeto Braille Acessível
O município de Gurupi, em Tocantins, recebe a partir do dia 17 de setembro o Projeto Braille Acessível. Com o objetivo de fomentar a inclusão dos deficientes visuais com o meio social, o curso de Braille será oferecido gratuitamente para professores da rede pública municipal e conta com carga horária de 80 horas, sendo 50 horas na modalidade presencial e 30 horas, à distância. A professora responsável pelo projeto e ministrante das aulas é Franqueslane Ferreira de Lima (ver foto), que também atua neste município como professora de Atendimento Educacional Especializado.
Franqueslane despertou para esse projeto a partir da observação das dificuldades que os educandos com deficiência visual inclusos no ensino fundamental enfrentam no processo de leitura e escrita. "Surgiu, então, a necessidade de criarmos um projeto de divulgação desse sistema, o qual tem o intuito de melhorar o ou sanar essa problemática que norteia os envolvidos neste processo", afirma. ela, que foi uma das cursistas da primeira turma do Curso à distância Grafia Braille - "semeando leitores e escritores competentes", ministrado pela pedagoga Luciane Molina, pelo GRUPO DE PRODUÇÃO EM EDUCAÇÃO & CULTURA (Fpec), teve contato com às técnicas de leitura e escrita em Braille, praticando, por meio de atividades programadas durante todo o curso e se envolvendo com as peculiaridades desta escrita e de como se processa o aprendizado do Braille. Tornou-se multiplicadora dessas informações que, a partir daí, ganham o mundo por diversas mãos.
O projeto Braille Acessível conta com a consultoria da pedagoga Luciane Molina que, continua em contato com Franqueslane para sanar dúvidas, orientar construções e fornecer informações para os encontros e, formar mais multiplicadores do Código Braille. Assim estamos caminhando rumo a inclusão do aluno com deficiência visual, não só no espaço escolar, mas, sobretudo, no meio social.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Aula em Lorena: Sinal de letra maiúscula
Mais uma aula de Braille foi realizada, nesta quarta-feira, em Lorena. Iniciamos Às atividades com a entrega da cópia das palavras em Braille, feita pelas alunas na aula anterior e corrigida por mim. Destaquei os erros mais comuns e peculiares à escrita Braille, com demonstrações no braillete e leitura do texto.
Em seguida, um novo conteúdo foi apresentado: o Sinal de Maiúsculo, também com exemplos e demonstrações no braillete. Trata-se de um símbolo acessório e exclusivo do código Braille.
Sabemos que para a escrita e aplicação do código Braille à Língua Portuguesa, quase todos os sinais conservam sua significação original. Porém em alguns casos essas representações utilizam-se de símbolos exclusivos do código Braille, como é o caso da representação de letra maiúscula. Assim, para que uma determinada letra seja compreendida num dado contexto, como início de frases, substantivos próprios, entre outros, que necessite utilizar letras grafadas em maiúsculo, temos um sinal acessório que será acrescentado antes da letra, sem qualquer equivalência com algum sinal grafado em tinta.
Em seguida entreguei a cada aluna uma lista de palavras solicitando para que fossem transcritas apenas aquelas, cuja primeira letra estivesse representada em maiúscula. Para as demais palavras da seqüência, sugeri a leitura silenciosa. Encerramos essa atividade com a cópia em Braille das palavras transcritas, utilizando reglete e punção.
Para finalizar os trabalhos, distribui três caça-palavras em Braille. O desafio era encontrar as palavras, divididas por temas nos tabuleiros, e que estariam dispostas em diferentes posições.
Até quarta-feira que vem!
TEXTO REPUBLICADO - Erros Mais Comuns em Textos Braille:
* Pontos a mais ou a menos em letras, o que não caracteriza erros ortográficos;
* Palavras juntas, sem intervalo de "celas" vazias;
* Palavras separadas por dois ou mais espaços;
* Espaços no meio de palavras, que ficam interrompidas;
* Troca de posição de letras na mesma palavra;
* Letras em espelho, ou seja, inversão dos pontos que compõe o símbolo;
* Repetição ou letras a mais em uma mesma palavra;
* Falta de letras em uma palavra;
* Existência de letras ou sinais estranhos em uma palavra;
* Empastelamento de linhas (quando se escreve uma linha por cima da outra);
* Pontos danificados ou rasgados devido a força empregada para marcá-los;
* Pontos mal apagados.
Em seguida, um novo conteúdo foi apresentado: o Sinal de Maiúsculo, também com exemplos e demonstrações no braillete. Trata-se de um símbolo acessório e exclusivo do código Braille.
Sabemos que para a escrita e aplicação do código Braille à Língua Portuguesa, quase todos os sinais conservam sua significação original. Porém em alguns casos essas representações utilizam-se de símbolos exclusivos do código Braille, como é o caso da representação de letra maiúscula. Assim, para que uma determinada letra seja compreendida num dado contexto, como início de frases, substantivos próprios, entre outros, que necessite utilizar letras grafadas em maiúsculo, temos um sinal acessório que será acrescentado antes da letra, sem qualquer equivalência com algum sinal grafado em tinta.
Em seguida entreguei a cada aluna uma lista de palavras solicitando para que fossem transcritas apenas aquelas, cuja primeira letra estivesse representada em maiúscula. Para as demais palavras da seqüência, sugeri a leitura silenciosa. Encerramos essa atividade com a cópia em Braille das palavras transcritas, utilizando reglete e punção.
Para finalizar os trabalhos, distribui três caça-palavras em Braille. O desafio era encontrar as palavras, divididas por temas nos tabuleiros, e que estariam dispostas em diferentes posições.
Até quarta-feira que vem!
TEXTO REPUBLICADO - Erros Mais Comuns em Textos Braille:
* Pontos a mais ou a menos em letras, o que não caracteriza erros ortográficos;
* Palavras juntas, sem intervalo de "celas" vazias;
* Palavras separadas por dois ou mais espaços;
* Espaços no meio de palavras, que ficam interrompidas;
* Troca de posição de letras na mesma palavra;
* Letras em espelho, ou seja, inversão dos pontos que compõe o símbolo;
* Repetição ou letras a mais em uma mesma palavra;
* Falta de letras em uma palavra;
* Existência de letras ou sinais estranhos em uma palavra;
* Empastelamento de linhas (quando se escreve uma linha por cima da outra);
* Pontos danificados ou rasgados devido a força empregada para marcá-los;
* Pontos mal apagados.
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