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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
Conhecimento do Soroban
A origem do soroban é tão antiga quanto a história da humanidade. O certo é que se originou da tábua de calcular, o mais antigo dos ábacos, diante da necessidade da humanidade de negociar.
Os povos antigos, sem saberem uns dos outros, foram cdando forma os princípios de contagem que inspiraram a criação dos ábacos modernos, por meio de alternativas de calcular. Temos o exemplo de como tribos guerreiras faziam para recensearem seus soldados. Essas tribos iam colocando pedras em um fosso, cada pedra correspondendo a um guerreiro. Ao chegar à décima pedra, correspondente ao décimo homem, essas eram substituídas por apenas uma pedra, que era depositada em um segundo fosso.
Este processo de contagem e substituição era repetido até se atingir a passagem de cem guerreiros. As dez pedras que simbolizavam os cem guerreiros eram então representadas por apenas uma pedra, agora colocada em um terceiro fosso.
Porém, nessa época ainda não havia a nomenclatura "cem", nem sua idéia , sendo apenas uma contagem elementar, obtida pela relação de pedras e quantidade.
Percebe-se então, que foram as pedras os primeiros objetos que permitiram a iniciação das pessoas na arte de calcular e estão presentes na origem dos ábacos, por meio de uma contagem sem memorização nem conhecimento dos números. Daí surge a expressão cálculo ou calcular, por causa das pedras que faziam a correspondência de quantidade. A palavra ábaco é romana e deriva do grego abax ou abakon, que significa superfície plana ou tábua. O ábaco recebeu outros nomes em outros países tais como: China, Suan Pan; Japão, Soroban; Coréia, Tschu Pan; Vietnam, Ban Tuan ou Ban Tien; Rússia, Schoty, Turquia, Coulba; Armênia, Choreb. No Japão, o ábaco recebeu o nome e características especiais: Soroban. O ábaco chegou ao Japão através da civilização chinesa. Lá chamado de “Suan-Pan”, em 1622.
O Soroban no Brasil
Os primeiros sorobans introduzidos no Brasil vieram nas malas dos primeiros imigrantes japoneses em 1908 a bordo de navios. Esses imigrantes não tinham o intuito claro de divulgação, usando o soroban apenas nas suas atividades pessoais e profissionais, com o qual calculavam a sobrevivência das suas famílias. Já em 1954, o Brasil começou a receber a leva de imigrantes pós-guerra, que desembarcaram trazendo na bagagem o soroban denominado “moderno”. O principal divulgador do soroban no Brasil, a partir de 1956, foi o professor Fukutaro Kato, que começou a ensinar e provomer campeonatos de cálculo utilizando este instrumento.
Soroban para deficientes visuais
O primeiro brasileiro a se preocupar com as ferramentas de que os cegos dispunham para efetuar cálculos em nosso país foi o professor Joaquim Lima de Moraes. Adaptou o soroban para que as contas não se deslizassem com tanta facilidade e com apenas um toque desmanchasse toda a representação, porém com mobilidade suficiente para serem movimentadas durante as operações. E o ano de 1949 foi decisivo para as adaptações do soroban para pessoas cegas e de baixa visão. Em janeiro daquele ano, juntamente com seu aluno e amigo José Valesin, procedeu a modificação, que consistiu na introdução da borracha compressora, solucionando a dificuldade dos cegos em manipular esse aparelho. A inserção da borracha permitiu finalmente que os cegos pudessem empurrar as contas com mais segurança e autonomia para representar os valores numéricos conforme as operações a serem efetuadas. Criava-se, assim, o Soroban Moraes, ou sorobã, termo abrasileirado do soroban. Com o objetivo de divulgar o uso e ensino do Soroban para pessoas cegas, Moraes publicou em Braille a primeira edição do seu Manual de Soroban, com o apoio da Fundação para o Livro do Cego no Brasil (hoje Fundação Dorina Nowill para Cegos). Moraes não restringiu seus conhecimentos apenas dentro do nosso país, ele repartiu essas informações com diversos países não só da América Latina, mas dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa. Movido por um espírito inquietante e instigador de todos os cientistas, revolucionou o ensino da matemática para pessoas com deficiência visual em muitos países por meio de uma adaptação bastante original.
Texto: Luciane Molina
Descrição da imagem: foto de um soroban.
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Luciane gostei deste artigo que você fala sobre o Soroban. O Soroban pode nos ajudar muito. Parabéns pelo artigo!
ResponderExcluirProfessora, estudamos essas questões no seu curso e como sempre o artigo esclarece o resgate de um momento pontual para auxiliar a inclusão. Parabéns.
ResponderExcluirEu achei muito interessante esse artigo sobre o abaco
ResponderExcluirdeveria colocar mais coisas t6ibo quando surgio etc
ResponderExcluireu achei muinto importante
ResponderExcluircomo para nos como pra todos os alunos
eu achei muito legal a historia do soroban eu me inchi de conhecimento
ResponderExcluirMuito bom o seu blog, me ajudou muito, Parabens.
ResponderExcluirMuito bom o seu blog, me ajudou muito, Parabens.
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