sábado, 18 de setembro de 2010

Mês de Setembro: aula de Braille em Lorena



O mês de setembro ainda nem entrou em sua reta final, porém foi bastante produtivo e pudemos avançar muito no curso de Braille em Lorena. As alunas já começam a não mais sentir a necessidade do modelo das letras em Braille ou, como elas chamam, da "colinha". Conseguem formular, mentalmente, a imagem das letras e a grafia Braille torna-se cada vez mais familiar.
Até então as atividades, apesar das propostas alternarem entre transcrição, reescrita e cópia, todas estavam ligadas a percepção visual, em que a reprodução das letras dependiam, ora da construção do Braille a partir da escrita manual, ora da construção do Braille partindo do próprio Braille. Só quem acompanha o processo desde o início consegue compreender o passo a passo dessas descobertas, sobretudo porque aprender Braille não corresponde a uma mera decodificação de pontos, mas envolve esquemas complexos de elaboração do pensamento simbólico, da percepção imagética, entre outros.
Cabe lembrar que nas aulas o uso da "colinha" não é uma proibição, mas peço que evitem o uso quando este não for mais necessário. Essa observação precisa partir de cada cursista, não por uma imposição minha, mas, sobretudo, para que comecem o processo de "pensar em Braille" e isso é muito particular.
Dando continuidade Às atividades anteriores, nossa primeira aula do mês teve como tema um ditado. Com essa atividade pretendemos trabalhar os aspectos da escrita por meio da audição. Eles ouvem a informação (palavra ditada) e precisam escrever em Braille, incorporando esquemas da percepção mental dos pontos que compõem as letras. Isso é, registrar em Braille a informação captada pela audição.
Em seguida, entreguei uma folha com as mesmas palavras ditadas, escritas em Braille em negro para que conferissem e corrigissem as palavras que escreveram com erros.
Já para a aula seguinte apresentei os sinais de pontuação e oito frases para transcrição e cópia. Agora as alunas já puderam ter a noção da construção de sentenças, utilizando parágrafo, e agregando os aprendizados construídos anteriormente, como sinal de letra maiúscula, entre outros.
As frases copiadas em Braille foram trocadas para que outro colega fizesse a transcrição, experimentando a real experiência de um transcritor, obedecendo erros cometidos e próprios da escrita em Braille, diferentemente de erros ortográficos.
Nossa última aula, até agora, realizada no dia 15/08, apresentei a tabela com as letras acentuadas e alguns blocos de palavras para transcrição. A atividade consistiu no registro de palavras acentuadas.
Nesta mesma aula apresentei um vídeo veiculado na Globo News, mostrando o Instituto Benjamin Constant, as aulas de Braille, a imprensa Braille e produção de livros e as novas tecnologias incorporadas ao uso do Braille.

Nos encontramos na próxima semana!

Descrição de imagem:
Foto 1: Aluna transcrevendo Braille em negro.
Foto 2: Aluna escrevendo Braille, utilizando reglete e punção.

2 comentários:

  1. Olá! Parabéns pelo trabalho de vocês! Realmente temos que fazer a diferença. Também tenho um Blog com reportagens, livros digitalizados, filmes, artigos científicos etc. Se quiser conhecer e participar fique à vontade. (http://www.educacaoinclusiva-seo.blogspot.com) Abraço,
    Sílvia Ester

    ResponderExcluir
  2. otima reportagem gostaria de saber onde comprar o material a reglete e a punção gostaria de adquirir uma pois faço faculdade de pedagogia e nesse 5 semestre a professora pediu para comprar o material aguardo resposta obrigada mail: madaarebalo@hotmail.com

    ResponderExcluir