Nessa segunda-feira, 15/04, foi realizada a quarta aula do curso Grafia Braille em Tremembé, cujo tema abordado foi o processo de estimulação tátil e alfabetização de crianças cegas pelo método Braille.
Assim como os encontros anteriores, esse foi mais um momento de grande participação dos cursistas, com perguntas sobre técnicas e uso de materiais, a fim de esclarecer sobre algumas ações que já estão colocando em prática no dia-a-dia das escolas regulares e salas de recursos que atendem as crianças cegas ou com baixa visão.
Ao apresentar o código Braille e os conceitos que envolvem o aprendizado das letras, também demonstrei, por meio de materiais concretos, algumas sugestões de jogos que podem ser adaptados e construídos para o ensino do Braille, tais como: alfabeto móvel de encaixe, alfabeto móvel vazado, alfabraille, braillito com pinos, girabraille, dupla face com letras e pontos e jogos de encaixe de círculos, em geral. Em seguida, fiz a exposição de alguns livros infantis, feitos com diferentes materiais, texturas e aromas.
Algumas professoras levaram jogos e materiais que utilizam nas salas de recurso para que pudéssemos analisar juntas alguns dos aspectos que julgaram pouco eficientes. a partir dessa visão, pude perceber que todos os conceitos já trabalhados até aqui estão sendo muito bem empregados por elas, que já conseguem, por exemplo, perceber a necessidade do espaçamento entre as letras e as figuras para que provoquem uma melhor percepção. Também já conseguem distinguir entre uma figura complexa para ser discriminada pelo tato de uma figura mais simples e agradável para o toque. Identificam quais os melhores materiais e texturas a serem utilizadas e as adaptações mais coerentes a cada caso e idade. Isso é o resultado do empenho de toda a turma em construir, de fato, um aprendizado consistente a respeito das peculiaridades que envolvem o processo de escolarização da criança cega.
E finalmente!!! Iniciamos o aprendizado dos símbolos Braille que compõem a primeira série de sinais, atribuindo esquemas imagéticos e associativos. Para cada uma das 10 primeiras letras do alfabeto, solicitei que fizessem uma associação com algum objeto significativo e assim expliquei sobre as "matrizes" e o acréscimo de pontos... Deixei como "tarefa" uma imagem com os símbolos das letras para que registrem os esquemas imagéticos particulares atribuídos a cada uma das combinações.
Bons estudos. Nosso próximo encontro se dará no dia 29/04. até lá!!!
Iniciei a aula apresentando alguns conceitos teóricos sobre o código Braille, como é formado, terminologias mais adequadas, de onde surgiu e quando foi adotado no Brasil. Em seguida, expliquei sobre o processo que antecede a alfabetização, denominado de fase preparatória ou pré-leitura, onde o objetivo é desenvolver habilidades sensoriais, cognitivas e motoras específicas. Durante as explicações, demonstrei como utilizar os cadernos preparatórios contendo linhas, figuras geométricas, pontilhados, botões, entre outros.
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