








No dia 19 de março estive em São José dos Campos para apresentar meu trabalho de conclusão de curso em Especialização em atendimento Educacional Especializado, com o título "O Sistema Braille e suas Peculiaridades no Ensino das Pessoas com Deficiência Visual". O diferencial da apresentação esteve na exposição do banner, o qual apresentei em formato acessível Braille e tinta. A finalidade foi demonstrar que promover acessibilidade é incluir-se e incluir o outro. Da mesma forma que um banner em tinta diante de uma pessoa cega não representaria "acesso à informação" de forma válida, um banner em Braille diante de alguém que desconhece este código também seria insuficiente para transmitir uma informação. Daí a necessidade de se criar posturas inclusivas e investir na formação de profissionais que estejam preparados para atuarem com educação inclusiva, sobretudo em cursos cuja temática é o envolvimento com práticas de ensino para o Atendimento Educacional especializado. A reflexão foi muito válida e a participação envolveu todos os presentes.
O Curso de Especialização em atendimento Educacional Especializado foi realizado pela UNESP Marília/FFC/SECADI,com duração de 18 meses.
SEMINÁRIO PRESENCIAL teve como tema O AEE NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA: POSSIBILIDADES E DESAFIOS DO SÉCULO XXI
19 e 20 de março de 2012
São José dos Campos-SP (Pólo-UAB)
Objetivo: O Módulo X – Seminário Presencial tem como objetivo proporcionar um espaço
de debate e reflexão sobre a organização dos sistemas educacionais inclusivos apontando o
papel da pesquisa na implementação desse novo modelo de escola que deve estar preparado
para atender a diversidade de alunos. É um evento que tem como propósito realizar as
apresentações dos trabalhos de conclusão dos alunos do curso de Especialização em AEE
da FFC/Marília, realizado em parceria com a SECAD/MEC. As palestras e as
apresentações dos trabalhos fomentarão a discussão e compreensão sobre a atuação docente
no Atendimento Educacional Especializado. O evento possibilitará ainda a troca de
experiências de professores/cursistas do sistema público de ensino brasileiro, no que tange
a revisão de diferentes temáticas que envolvem a oferta de atendimento educacional
especializado, na perspectiva da Educação Inclusiva.
Conteúdo Escrito no Banner:
O SISTEMA BRAILLE E SUAS PECULIARIDADES NO ENSINO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Barbosa , LMM. Pedagoga; Secretaria Municipal de Educação de Lorena; braillu@uol.com.br
Cola, PC. Fonoaudióloga Doutora, Assistente Voluntária do Departamento de Fonoaudiologia – UNESP – Marília
Trabalho de Conclusão de curso de Especialização em Atendimento Educacional Especializado – FFC/Unesp-Marilia-SP.
INTRODUÇÃO
• sistema Braille cumpre seu papel ao inserir a pessoa com deficiência visual no mundo das palavras. Para o cego, “alfabetizar-se em Braille significa ler
o mundo que o cerca, satisfazendo seu desejo de comunicação. Nesse sentido há a necessidade de melhor formação de profissionais para facilitar o acesso
a esse código. 1
• OBJETIVO
• Discorrer acerca do sistema Braille e sua importância para o processo de alfabetização das pessoas com deficiência visual.
• METODOLOGIA
• De maio a outubro/2011, foram utilizados materiais disponíveis na internet, livros e artigos científicos nos bancos de dados da Bireme e Scielo, seguindo
os critérios de busca: Educação especial, inclusiva e Método Braille.
• RESULTADOS
• As pesquisas mostram que, o que a literatura apresenta, é que a alfabetização em Braille é uma espécie de libertação intelectual, conseguida a partir
do invento de Louis Braille (século XIX). 2
• Apesar das falhas no processo, é essencial no desenvolvimento e formação do deficiente visual, sobretudo no sentido de proporcionar maior envolvimento
e colocá-lo em mesmo patamar que qualquer pessoa vidente. Ao conseguir ler, a pessoa torna-se capaz de atuar sobre o acervo de conhecimento escrito e produzir
seu próprio conhecimento. 3
• DISCUSSÃO
• O professor é um agente em potencial. Através de sua prática, transforma o “ver” em um espaço de construção de diferentes formas de pensar o mundo. Portanto,
deve-se atentar às peculiaridades de ensino do Braille, para que o ensino-aprendizagem seja satisfatório. 4
• A educação dos deficientes visuais não pode ser apenas definida pelo padrão adotado pelos videntes, assim o enxergar implica em perceber estímulos táteis.
O ensino do Braille exige conhecer técnicas facilitadoras da leitura e da escrita e estar familiarizado com os materiais específicos desta produção, além
do processo de transcrição para torná-lo compreensível por todos. 5
• CONCLUSÃO
• Desde cedo, as pessoas que enxergam aprendem a lidar com diversas situações corriqueiras, observando o ambiente e relacionando-se com os outros. É preciso
possibilitar essa relação com o meio à pessoa que não enxerga. Será no período escolar o momento em que a criança terá novas oportunidades de ampliar sua
vida social, conhecer novas regras, tornar-se mais atuante. Se estiver impossibilitada de desempenhar esses papeis, ficará insatisfeita e isolada e isso
trará prejuízos à aprendizagem.
• "Não fosse pelo processo Braille de ler e escrever, o mundo dos cegos seria inteiramente insípido - pior que o dos videntes sem livros em tinta." 6
• REFERÊNCIAS
• 1 BARBOSA, Luciane Molina. Grafia Braille: “Semeando Leitores e Escritores Competentes”. São Paulo, 2010.
• 2 ALMEIDA, Maria Souza. Alfabetização da Pessoa Cega. Salvador: MEC, 2001.
• 3 BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e Leitura. São Paulo: Cortez, 1990.
• 4 MASINI, S.E. A experiência perceptiva, o corpo e a pessoa deficiente visual. Cadernos de psicologia, n. 1, 1996.
• 5 CAMPOS, Izilda; SÁ, Elizabet; SILVA, Myriam Campolina. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado.
Brasília, 2007.
• 6 KELLER, Helen. Um Farol Para o Mundo de Escuridão. São Paulo.
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