quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aula em Lorena: Sinal de letra maiúscula

Mais uma aula de Braille foi realizada, nesta quarta-feira, em Lorena. Iniciamos Às atividades com a entrega da cópia das palavras em Braille, feita pelas alunas na aula anterior e corrigida por mim. Destaquei os erros mais comuns e peculiares à escrita Braille, com demonstrações no braillete e leitura do texto.
Em seguida, um novo conteúdo foi apresentado: o Sinal de Maiúsculo, também com exemplos e demonstrações no braillete. Trata-se de um símbolo acessório e exclusivo do código Braille.
Sabemos que para a escrita e aplicação do código Braille à Língua Portuguesa, quase todos os sinais conservam sua significação original. Porém em alguns casos essas representações utilizam-se de símbolos exclusivos do código Braille, como é o caso da representação de letra maiúscula. Assim, para que uma determinada letra seja compreendida num dado contexto, como início de frases, substantivos próprios, entre outros, que necessite utilizar letras grafadas em maiúsculo, temos um sinal acessório que será acrescentado antes da letra, sem qualquer equivalência com algum sinal grafado em tinta.
Em seguida entreguei a cada aluna uma lista de palavras solicitando para que fossem transcritas apenas aquelas, cuja primeira letra estivesse representada em maiúscula. Para as demais palavras da seqüência, sugeri a leitura silenciosa. Encerramos essa atividade com a cópia em Braille das palavras transcritas, utilizando reglete e punção.
Para finalizar os trabalhos, distribui três caça-palavras em Braille. O desafio era encontrar as palavras, divididas por temas nos tabuleiros, e que estariam dispostas em diferentes posições.

Até quarta-feira que vem!
TEXTO REPUBLICADO - Erros Mais Comuns em Textos Braille:
* Pontos a mais ou a menos em letras, o que não caracteriza erros ortográficos;
* Palavras juntas, sem intervalo de "celas" vazias;
* Palavras separadas por dois ou mais espaços;
* Espaços no meio de palavras, que ficam interrompidas;
* Troca de posição de letras na mesma palavra;
* Letras em espelho, ou seja, inversão dos pontos que compõe o símbolo;
* Repetição ou letras a mais em uma mesma palavra;
* Falta de letras em uma palavra;
* Existência de letras ou sinais estranhos em uma palavra;
* Empastelamento de linhas (quando se escreve uma linha por cima da outra);
* Pontos danificados ou rasgados devido a força empregada para marcá-los;
* Pontos mal apagados.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Aula em Lorena: cópia de palavras - uma nova experiência


Nesta semana, as atividades do curso de Braille em Lorena exigiram muita concentração e, por isso, não foi possível publicar, em tempo real, o que estávamos produzindo. Venho, então, relatar quais foram as propostas da semana.

Para cada atividade pretendemos atingir um determinado objetivo e, desta forma, o foco tende a seguir diferentes direções, apesar da semelhança e relação entre as tarefas. Num primeiro momento a abordagem estava direcionada a reescrita que, significa "ler" cada palavra e escrevê-la por meio da grafia convencional. Essa ação de reescrita é realizada, geralmente, em um espaço determinado ou em uma folha a parte. Para a reescrita utilizamos modelos, aqueles já conseguidos por meio da observação e análise das letras, das construções dos esquemas associativos e perceptivos, atribuindo significados visuais às combinações. A reescrita pretende levar o "leitor" a uma compreensão das formas e agrupar letras conforme for descobrindo as palavras. Quando se faz a "reescrita" e em seguida é solicitada a escrita dessas mesmas palavras em Braille, utilizando reglete e punção, a ação se mostra mais facilitada, porque, nesse momento, a tendência é fazer o processo inverso, isto é, "ler" a palavra grafada em tinta e decodifica-la para o Braille, com uso de modelos em uma tabela de letras.

Já num segundo momento, o foco foi a "transcrição" de um grupo com muitas palavras. A quantidade de palavras e de variações de letras de diferentes séries de sinais é fator decisivo para a continuidade do processo. Durante a transcrição precisamos demonstrar suas peculiaridades como, por exemplo, realiza-la acima de cada palavra, seguindo fielmente a escrita em Braille e utilizando letra cursiva, entre outras dicas já citadas neste blog. Ao solicitar a "escrita" dessas mesmas palavras em Braille, torna-se possível a visualização, tanto da grafia em tinta quanto da grafia em Braille, o que amplia muito as possibilidades de interpretação. Neste caso, o modelo é a própria palavra em Braille, cujas letras já estão agrupadas, cabendo ao aluno apenas a noção de reversibilidade.

Durante nossa última aula, realizada quarta-feira, dia 18/08, o foco foi a cópia de palavras. Apresentei uma lista de palavras em Braille e solicitei que copiassem essa lista de palavras, utilizando reglete e punção, porém sem transcrevê-las nem reescrevê-las. Assim, deveriam olhar e reproduzir fielmente , mediante o modelo, o que estava escrito.

Para quem imagina que a tarefa é fácil... posso afirmar que não é nada fácil fazer cópias sem valer-se de qualquer recurso da grafia em tinta, seja ela transcrição ou reescrita. Começamos aí a etapa da valorização do que chamamos "pensar em Braille". Não consiste em um simples ato mecânico de cópia, mas antes de qualquer coisa, é preciso compreender e ler o que está escrito para não cometer erros comuns, como espelhar letras, ausência e excesso de letras em uma mesma palavras, falta ou presença de espaços desnecessários...

Foi uma experiência que exigiu bastante dedicação e concentração, mas que encerrou um ciclo muito importante para darmos continuidade ao processo.

Até quarta-feira, com mais desafios...

Abraços

Descrição de imagem: Folha branca com palavras em Braille (escritas com fonte em negro).

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Postagem em tempo Real: Aula em Lorena


Hoje tem postagem em tempo real no meu blog. Enquanto alunas realizam atividades durante o curso de Braille, publico nossa aula de hoje. Após entregar atividade já corrigida e explicar quais os critérios utilizados para sinalizar os erros na escrita, nossos trabalhos tem como foco principal a 2ª série de sinais, cujas letras foram apresentadas por meio de uma tabela e, identificando uma a uma por meio de construções no Braillete, o que permitiu uma leitura compartilhada e o entendimento da lógica desse código. A partir da 2ª série de sinais é possível compreender melhor cada combinação, pois o desenho dos sinais que, são mais definidos, tomam forma e significado. Sempre tendo como matriz às dez primeiras letras do alfabeto, às palavras da atividade apresentada contemplou, agora, as duas séries de sinais estudadas, com ressalva para duas letras da 3ª série de sinais. A atividade consiste em transcrever um grupo de palavras reproduzidas pela fonte Braille, ou seja, Braille em negro. Após essa transcrição, algumas perguntas foram respondidas e, na seqüência, escreveram palavras utilizando reglete e punção.

Parabéns às meninas que estão vencendo cada etapa. Interessante as falas iniciais de que "não vão conseguir" e que, depois de concluirem as tarefas, percebem os avanços no processo.
E hoje tivemos visita de uma aluna que se formou na turma de Grafia Braille 2009. Conversando com as meninas, ela descreveu quais foram as sensações ao iniciar o curso e, depois, quando concluiu às atividades, incentivando-as em suas descobertas.
Parabéns!
Nos encontramos na próxima semana...

Descrição de Imagem: Mão das alunas fazendo a transcrição do Braille em negro.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Curso de Braille em Lorena: braillete e reglete X escrita e leitura





Nesta quarta-feira, dia 04 de agosto, retomamos às atividades do curso Grafia Braille em Lorena. Foi a hora de revisar conteúdos abordados, como a 1ª série de sinais e a estrutura da "cela" Braille. Em seguida o trabalho foi desenvolvido em duplas ou trios. Estes receberam brailletes e pinos para reproduzirem o alfabeto e algumas palavras. As brailletes foram trocadas para que os outros grupos pudessem fazer a leitura. Na segunda rodada, os grupos escreveram e a leitura foi compartilhada, feita coletivamente por todas as alunas. Essa interação revela a importância que tal atividade exerce no processo de construção das noções de leitura em Braille. É importante oferecer diferentes materiais e ir, aos poucos, aumentando o grau de dificuldade. Trabalhar os movimentos de encaixe/desencaixe faz com que habilidades próprias desta escrita sejam desenvolvidas no seu tempo.
Após essa familiaridade com as letras e suas representações imagéticas, partimos para um trabalho com o foco na leitura e reescrita, realizado individualmente, porém podendo contar com a ajuda compartilhada do colega de grupo. Apresentei 3 atividades com palavras formadas a partir das letras "a b c d e f g h i j". Em cada uma das atividades, deveriam cumprir o roteiro indicado pelo enunciado e fazer a reescrita das palavras que foram apresentadas pelo Braille em negro, para tinta. Logo em seguida, a correção foi feita pela professora e a parte mais "emocionante" da aula estaria por vir: momento da escrita com reglete e punção.
Apresentei os instrumentos, fornecendo dicas sobre o seu uso correto, encaixe da folha, pressão para marcar os pontos e, principalmente, destacando o conceito de reversibilidade, já que a escrita manual é feita da direita para a esquerda.
Solicitei algumas atividades, orientando para a realização das mesmas.
Os resultados foram muito positivos. Acabo de corrigir todas as produções e observei que há um envolvimento de todas as alunas nessas construções.

Semana que vem tem mais!

Descrição de imagem:
Foto 1: Imagem de braillete de madeira; palavras escritas com pinos, representando letras do código Braille.
Foto : Imagem da professora orientando quanto ao uso do reglete.
Fotos 3 e 4: Alunas escrevendo com reglete e punção.

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Inscrições abertas para curso Grafia Braille à distância


Gpec - Educação a distância

Pouco a pouco.....transformando a educação



Associada a ABED
(Associação Brasileira de Educação à Distância)

Formação Continuada: Grafia Braille "Semeando Leitores e Escritores Competentes" - 120hs

Autora e Professora: Luciane Maria Molina Barbosa

Vídeo de Apresentação do Curso

Inscrições Abertas – Início em 16 de Agosto


GPEC - GRUPO DE PRODUÇÃO EM EDUCAÇÃO & CULTURA LTDA
Tel/Fax. 11 - 3782-0635