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quarta-feira, 30 de junho de 2010
Aula em Lorena: o Alfabraille
Acabo de chegar da aula de grafia Braille que ministro em Lorena. Como não postei nada sobre a aula passada, sintetizarei aqui os acontecimentos das duas aulas.
Durante a aula ocorrida na semana passada, trabalhamos aspectos referentes a importância do ato da leitura e como "aprender" Braille contribui para o desenvolvimento do deficiente visual e sua leitura do mundo, já que toda e qualquer informação será captada pelos outros sentidos. Conhecer o mundo através das letras representa redescobrir e recriar novas possibilidades de ação e interação com o meio e com o outro. Múltiplos sentidos dão espaço a esse novo aprendizado, sobretudo quando utiliza-se as mãos para tocar e sentir, além das experiências de executar as tarefas e ler, o que antes só era possível com ajuda de ledores. Falamos também sobre a importância de se democratizar o conhecimento do Braille entre profissionais da educação e familiares da pessoa com deficiência, pois poderá ser compreendido em suas manifestações escritas e, compreender o que lhe chega por meio das palavras. É importante que o deficiente visual não se sinta isolado do mundo a sua volta, por utilizar um método de leitura tátil e escrita "desconhecido" de muitos a sua volta. Torna-se urgente incentivar o uso e aplicação deste método e promover o conhecimento e interação do deficiente visual com outras pessoas que venham a conhecer o método Braille. É pra isso que o curso veio formar os "multiplicadores" dessas informações.
Para demonstrar a importância de se estabelecer essa interação entre cegos e videntes por meio do código Braille, finalizei a aula com a leitura de um texto de reflexão e a proposta de uma atividade escrita para que, em grupo, registrassem suas opiniões. Foi um momento bastante rico para a reflexão sobre nosso papel enquanto profissionais e cidadãos para promover a inclusão do deficiente visual.
Já hoje, a proposta foi uma aula mais dinâmica. Apresentei alguns conceitos a respeito do código Braille, que envolveu conceituação básica sobre combinações de pontos, quantidade de sinais, estudo da "cela" Braille, compreendendo suas partes, posição, distribuição, numeração e contagem dos pontos. Durante a apresentação fizemos algumas atividades de reconhecimento de pontos e criação de esquemas associativos, já que utilizaremos a técnica de associar cada combinação a uma imagem mental. Para melhor representar as combinações e facilitar os estudos, cada aluna construiu um "alfabraille". A dinâmica envolveu a confecção do material utilizando E.V.A. e tampinhas de garrafa. Após a oficina realizamos atividades coletivas com esquemas associativos e reconhecimento de pontos, comparações e análise detalhada dos sinais, aprendizado das primeiras letras (matrizes do código: a b c d e f g h i j) e em grupo, escrita de algumas palavras utilizando essas 10 primeiras letras no alfabraille.
Estamos de férias. Agora os estudos continuam com atividades programadas para dar seqüência ao aprendizado. Nos encontramos em agosto. Até lá!!!!
Descrição de imagens: Fotos do alfabraille sendo confeccionado. Alunas recortando E.V.A.; colando as partes; alfabraille pronto, já com as tampinhas para representar os pontos na “cela” Braille.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Dicas de Relacionamento com Deficientes Visuais
Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando encontram uma pessoa com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente". Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não deficientes.
Define-se, abaixo, em linhas gerais, um modo de tratamento "adequado" às interações entre deficientes visuais e sociedade. Mas não tenha receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo.
* Não trate as pessoas cegas como seres diferentes somente porque não podem ver. Saiba que elas estão sempre interessadas no que você gosta de ver, de ler, de ouvir e falar e, principalmente, no que está ocorrendo ao seu redor: descreva as cenas relevantes.
* Não generalize aspectos positivos ou negativos de uma pessoa cega que você conheça, estendendo-os a outros cegos. Não se esqueça de que a natureza dotou a todos os seres de diferenças individuais mais ou menos acentuadas e de que os preconceitos se originam na generalização de qualidades, positivas ou negativas, consideradas particularmente.
* Não se dirija ao deficiente visual como "cego" ou "ceguinho e não fale com a pessoa cega como se fosse surda; o fato de não ver não significa que não ouça bem.
* O deficiente visual quer ser tratado com igualdade; não existe sexto-sentido ou compensação da natureza. o que existe é o desenvolvimento de recursos latentes e uso dos outros sentidos.
* Se encontrar algum deficiente visual que precise de ajuda, identifique-se, faça-o perceber que você está falando com ele e ofereça auxílio.
* Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. Recomenda-se que o guia fique meio passo a frente, evitando os obstáculos. À medida que se encontrarem degraus, meios-fios, postes, floreiras, lixeiras e outros obstáculos, deve-se informar antecipadamente ao deficiente visual. Em passagem estreita, colocar o braço para trás, de modo que ele perceba seu movimento e possa segui-lo.
* Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da mesma, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.
* Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível, de preferência, indique as distâncias e posições: a sua esquerda, daqui mais ou menos 3 passos, uns 5 metros a sua frente...
* Fique a vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". As pessoas cegas as usam com naturalidade.
* Não deixe de se anunciar ao entrar no recinto onde haja pessoas cegas, isso auxilia a sua identificação.
* Quando for embora, avise sempre o deficiente visual, evitando que continue conversando sem a presença do interlocutor.
* Não deixe de apertar a mão de uma pessoa cega ao encontrá-la ou ao despedir-se dela. O aperto de mão substitui para ela o sorriso amável.
* Não se dirija à pessoa cega através de seu guia ou companheiro, admitindo assim que ela não tenha condição de compreendê-lo e de expressar-se.
* Não deixe portas e janelas entreabertas onde haja alguma pessoa cega. Conserve-as sempre fechadas ou bem encostadas à parede, quando abertas. A portas e janelas meio abertas constituem obstáculos muito perigosos para ela.
* Os estudantes com deficiência visual não têm a mesma possibilidade que os seus colegas em tirar apontamentos das aulas. Recorrem a utilização de outros recursos e ferramentas que ofereçam-lhe a oportunidade de participação, como gravação das aulas, materiais ampliados, código Braille, lupas, entre outros.
* Caso o material não esteja disponível no formato adequado, o docente deverá fornecer elementos referentes ao conteúdo que irá ser trabalhado.
* Nas aulas deverão ser evitados termos como "isto" ou "aquilo", uma vez que não têm significado para um estudante que não vê.
* Quando utilizar o quadro ou qualquer recurso visual, o docente deverá ler o que está escrito para que, o estudante, tenha noção do que está sendo apresentado.
* Quando recorrer a quadros, figuras ou slides deverá descrever o seu conteúdo. Alguns estudantes que não nasceram cegos, que ainda conservam algum resíduo visual, têm uma memória residual de objetos, figuras, etc.
* Atividades realizadas oralmente nem sempre atingem o resultado proposto. Lembre-se que o deficiente visual utiliza o Sistema Braille para o acesso ao conhecimento (leitura e escrita) e, por isso, não deve ser considerado analfabeto.
* Utilize sempre materiais diversos, como sucata, plástico, papel, isopor,, pinos, texturas, etc, para apresentar os conceitos. Na ausência da visão, todas as informações precisam do tato para serem interpretadas.
* Elabore sua aula de forma que todos possam participar das atividades, inclusive o aluno com deficiência visual: isso é "INCLUSÃO".
Define-se, abaixo, em linhas gerais, um modo de tratamento "adequado" às interações entre deficientes visuais e sociedade. Mas não tenha receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Aja com naturalidade e tudo vai dar certo.
* Não trate as pessoas cegas como seres diferentes somente porque não podem ver. Saiba que elas estão sempre interessadas no que você gosta de ver, de ler, de ouvir e falar e, principalmente, no que está ocorrendo ao seu redor: descreva as cenas relevantes.
* Não generalize aspectos positivos ou negativos de uma pessoa cega que você conheça, estendendo-os a outros cegos. Não se esqueça de que a natureza dotou a todos os seres de diferenças individuais mais ou menos acentuadas e de que os preconceitos se originam na generalização de qualidades, positivas ou negativas, consideradas particularmente.
* Não se dirija ao deficiente visual como "cego" ou "ceguinho e não fale com a pessoa cega como se fosse surda; o fato de não ver não significa que não ouça bem.
* O deficiente visual quer ser tratado com igualdade; não existe sexto-sentido ou compensação da natureza. o que existe é o desenvolvimento de recursos latentes e uso dos outros sentidos.
* Se encontrar algum deficiente visual que precise de ajuda, identifique-se, faça-o perceber que você está falando com ele e ofereça auxílio.
* Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. Recomenda-se que o guia fique meio passo a frente, evitando os obstáculos. À medida que se encontrarem degraus, meios-fios, postes, floreiras, lixeiras e outros obstáculos, deve-se informar antecipadamente ao deficiente visual. Em passagem estreita, colocar o braço para trás, de modo que ele perceba seu movimento e possa segui-lo.
* Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da mesma, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.
* Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível, de preferência, indique as distâncias e posições: a sua esquerda, daqui mais ou menos 3 passos, uns 5 metros a sua frente...
* Fique a vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". As pessoas cegas as usam com naturalidade.
* Não deixe de se anunciar ao entrar no recinto onde haja pessoas cegas, isso auxilia a sua identificação.
* Quando for embora, avise sempre o deficiente visual, evitando que continue conversando sem a presença do interlocutor.
* Não deixe de apertar a mão de uma pessoa cega ao encontrá-la ou ao despedir-se dela. O aperto de mão substitui para ela o sorriso amável.
* Não se dirija à pessoa cega através de seu guia ou companheiro, admitindo assim que ela não tenha condição de compreendê-lo e de expressar-se.
* Não deixe portas e janelas entreabertas onde haja alguma pessoa cega. Conserve-as sempre fechadas ou bem encostadas à parede, quando abertas. A portas e janelas meio abertas constituem obstáculos muito perigosos para ela.
* Os estudantes com deficiência visual não têm a mesma possibilidade que os seus colegas em tirar apontamentos das aulas. Recorrem a utilização de outros recursos e ferramentas que ofereçam-lhe a oportunidade de participação, como gravação das aulas, materiais ampliados, código Braille, lupas, entre outros.
* Caso o material não esteja disponível no formato adequado, o docente deverá fornecer elementos referentes ao conteúdo que irá ser trabalhado.
* Nas aulas deverão ser evitados termos como "isto" ou "aquilo", uma vez que não têm significado para um estudante que não vê.
* Quando utilizar o quadro ou qualquer recurso visual, o docente deverá ler o que está escrito para que, o estudante, tenha noção do que está sendo apresentado.
* Quando recorrer a quadros, figuras ou slides deverá descrever o seu conteúdo. Alguns estudantes que não nasceram cegos, que ainda conservam algum resíduo visual, têm uma memória residual de objetos, figuras, etc.
* Atividades realizadas oralmente nem sempre atingem o resultado proposto. Lembre-se que o deficiente visual utiliza o Sistema Braille para o acesso ao conhecimento (leitura e escrita) e, por isso, não deve ser considerado analfabeto.
* Utilize sempre materiais diversos, como sucata, plástico, papel, isopor,, pinos, texturas, etc, para apresentar os conceitos. Na ausência da visão, todas as informações precisam do tato para serem interpretadas.
* Elabore sua aula de forma que todos possam participar das atividades, inclusive o aluno com deficiência visual: isso é "INCLUSÃO".
Orientação e Mobilidade para Deficientes Visuais
Orientação e Mobilidade é a área da educação especial voltada a educação e a reabilitação de pessoas com deficiência visual, sejam por problemas congênitos ou adquiridos. Utiliza-se para isto os sentidos remanescentes, tais como: tato, olfato, audição, visão residual, pontos de referência, pistas no decorrer do trajeto, bengala longa, cão guia, mapa braille, etc.
A visão atua como um importante estímulo a movimentação, facilitando a percepção do ambiente ao formar conceitos de posição, forma, cor, altura e peso dos objetos, bem como tomar consciência de si.
A ausência de visão aliada ao não conhecimento da organização dos objetos e pessoas no ambiente dificulta o deslocamento e a locomoção destas pessoas.
A educação dos deficientes visuais deve valer-se de técnicas e recursos de Orientação e Mobilidade, objetivando a exploração do mundo e facilitando sua mobilidade(que envolve aspectos intelectuais e perceptivos) e locomoção(envolvendo os fatores físicos).
Essa orientação refere-se à habilidade do indivíduo para reconhecer o ambiente e o relacionamento espacial que o leva de um lugar para o outro, numa interação indivíduo-ambiente, no qual ambos são influenciados.
A Orientação e Mobilidade tem o objetivo de proporcionar ao deficiente visual autonomia na locomoção, auto-confiança, aumento da auto-estima e independência, elementos estes, facilitadores na sua integração social.
As estratégias e recursos mais utilizados na Orientação e Mobilidade são o guia vidente, a auto-proteção, a bengala e o cão-guia.
A visão atua como um importante estímulo a movimentação, facilitando a percepção do ambiente ao formar conceitos de posição, forma, cor, altura e peso dos objetos, bem como tomar consciência de si.
A ausência de visão aliada ao não conhecimento da organização dos objetos e pessoas no ambiente dificulta o deslocamento e a locomoção destas pessoas.
A educação dos deficientes visuais deve valer-se de técnicas e recursos de Orientação e Mobilidade, objetivando a exploração do mundo e facilitando sua mobilidade(que envolve aspectos intelectuais e perceptivos) e locomoção(envolvendo os fatores físicos).
Essa orientação refere-se à habilidade do indivíduo para reconhecer o ambiente e o relacionamento espacial que o leva de um lugar para o outro, numa interação indivíduo-ambiente, no qual ambos são influenciados.
A Orientação e Mobilidade tem o objetivo de proporcionar ao deficiente visual autonomia na locomoção, auto-confiança, aumento da auto-estima e independência, elementos estes, facilitadores na sua integração social.
As estratégias e recursos mais utilizados na Orientação e Mobilidade são o guia vidente, a auto-proteção, a bengala e o cão-guia.
Informações Básicas
Considere-se que o sistema visual detecta e integra de forma instantânea e imediata mais de 80% dos estímulos no ambiente. As pessoas com deficiência visual necessitam de um ambiente estimulador, de mediadores e condições favoráveis à exploração de seu referencial perceptivo particular. No mais, não são diferentes de seus colegas que enxergam.
Os sentidos têm as mesmas características e potencialidades para todas as pessoas. As informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais freqüência para decodificar e guardar na memória as informações. Sem a visão, os outros sentidos passam a receber a informação de forma intermitente, fugidia e fragmentária.
O desenvolvimento aguçado da audição, do tato, do olfato e do paladar é resultante da ativação contínua desses sentidos por força da necessidade. Portanto, não é um fenômeno extraordinário ou um efeito compensatório. Os sentidos remanescentes funcionam de forma complementar e não isolada.
Cada pessoa desenvolve processos particulares de codificação que formam imagens mentais. A habilidade para compreender, interpretar e assimilar a informação será ampliada de acordo com a pluralidade das experiências, a variedade e qualidade do material, a clareza, a simplicidade e a forma como o comportamento exploratório é estimulado e desenvolvido.
Lembramos que a configuração do espaço físico não é percebida de forma imediata por pessoas cegas, tal como ocorre com os que enxergam. Por isso, é necessário possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da disposição do mobiliário. A coleta de informações se dará de forma processual e analítica, através da exploração do espaço concreto e do trajeto que irá fazer.
Os sentidos têm as mesmas características e potencialidades para todas as pessoas. As informações tátil, auditiva, sinestésica e olfativa são mais desenvolvidas pelas pessoas cegas porque elas recorrem a esses sentidos com mais freqüência para decodificar e guardar na memória as informações. Sem a visão, os outros sentidos passam a receber a informação de forma intermitente, fugidia e fragmentária.
O desenvolvimento aguçado da audição, do tato, do olfato e do paladar é resultante da ativação contínua desses sentidos por força da necessidade. Portanto, não é um fenômeno extraordinário ou um efeito compensatório. Os sentidos remanescentes funcionam de forma complementar e não isolada.
Cada pessoa desenvolve processos particulares de codificação que formam imagens mentais. A habilidade para compreender, interpretar e assimilar a informação será ampliada de acordo com a pluralidade das experiências, a variedade e qualidade do material, a clareza, a simplicidade e a forma como o comportamento exploratório é estimulado e desenvolvido.
Lembramos que a configuração do espaço físico não é percebida de forma imediata por pessoas cegas, tal como ocorre com os que enxergam. Por isso, é necessário possibilitar o conhecimento e o reconhecimento do espaço físico e da disposição do mobiliário. A coleta de informações se dará de forma processual e analítica, através da exploração do espaço concreto e do trajeto que irá fazer.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Sancionada Lei que Institui Dia Nacional do Braille: LEI Nº 12.266, DE 21 DE JUNHO DE 2010.
LEI Nº 12.266, DE 21 DE JUNHO DE 2010.
Institui o Dia Nacional do Sistema Braille.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É instituído o Dia Nacional do Sistema Braille, a ser celebrado, anualmente, em 8 de abril.
Art. 2o No Dia Nacional do Sistema Braille, as entidades públicas e privadas realizarão eventos destinados a reverenciar a memória de Louis Braille, divulgando e destacando a importância do seu sistema na educação, habilitação, reabilitação e profissionalização da pessoa cega, por meio de ações que:
I – fortaleçam o debate social acerca dos direitos da pessoa cega e a sua plena integração na sociedade;
II – promovam a inserção da pessoa cega no mercado de trabalho;
III – difundam orientações sobre a prevenção da cegueira;
IV – difundam informações sobre a acessibilidade material, à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias;
V – incentivem a produção de textos em Braille;
VI – promovam a capacitação de profissionais para atuarem na educação, habilitação e reabilitação da pessoa cega, bem como na editoração de textos em Braille.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Brasília, 21 de junho de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
José Gomes Temporão
Paulo de Tarso Vannuchi
Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.6.2010
Institui o Dia Nacional do Sistema Braille.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o É instituído o Dia Nacional do Sistema Braille, a ser celebrado, anualmente, em 8 de abril.
Art. 2o No Dia Nacional do Sistema Braille, as entidades públicas e privadas realizarão eventos destinados a reverenciar a memória de Louis Braille, divulgando e destacando a importância do seu sistema na educação, habilitação, reabilitação e profissionalização da pessoa cega, por meio de ações que:
I – fortaleçam o debate social acerca dos direitos da pessoa cega e a sua plena integração na sociedade;
II – promovam a inserção da pessoa cega no mercado de trabalho;
III – difundam orientações sobre a prevenção da cegueira;
IV – difundam informações sobre a acessibilidade material, à informação e à comunicação, pela aplicação de novas tecnologias;
V – incentivem a produção de textos em Braille;
VI – promovam a capacitação de profissionais para atuarem na educação, habilitação e reabilitação da pessoa cega, bem como na editoração de textos em Braille.
Art. 3o Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Brasília, 21 de junho de 2010; 189o da Independência e 122o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Fernando Haddad
José Gomes Temporão
Paulo de Tarso Vannuchi
Este texto não substitui o publicado no DOU de 22.6.2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Curso de Grafia Braille em Lorena: turma 2010
Durante todo esse período que estive ausente do Blog, dediquei-me às atividades voltadas a formação de professores. O curso à distância de Grafia Braille e o contato com os cursistas tem criado oportunidades muito ricas de compartilhar experiências e conhecimentos levados para várias partes do país.
Ontem, dia 16/06, Após já ter tido um primeiro contato com as alunas num momento anterior, dei início à primeira aula de Grafia Braille em Lorena, curso presencial que ministro por meio do Centro Interdisciplinar de assistência Educacional, da Secretaria Municipal de Educação.
Durante essa aula entreguei as pastas para cada aluna, contendo o material teórico para o curso. Conheci um pouco de cada "profissional" ali presente e suas expectativas com relação ao curso e, em seguida apresentei as propostas: objetivos, conteúdos, estratégias, recursos e processo de avaliação, bem como todo o cronograma dos encontros, que terminarão em novembro. Durante a exposição várias perguntas surgiram e, numa roda de conversas, tive a oportunidade de transmitir alguns conceitos e informações básicas a respeito da deficiência visual:
* Como relacionar-se com deficientes visuais: quebrar mitos e começar a enxergar o outro com foco na "diversidade" e não nas "diferenças";
* Terminologias apropriadas: deixar de utilizar "portador" e "necessidades especiais", passando a considerar como apropriado o termo Pessoa com deficiência a partir da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência;
* Definição: Quem são as pessoas com deficiência visual (cegueira e baixa visão), como identificar?;
* Censo sobre pessoas com deficiência: análise dos dados referentes às pessoas com deficiência visual;
* Informações básicas: formas adaptativas e alternativas para o contato com o mundo a partir dos sentidos remanescentes e a construção de esquemas mentais associativos e percepções;
* Sobre o Sistema Braille: diferença entre código e linguagem, processo de transcrição e importância da informação escrita para o deficiente visual;
* Dentre outras informações sobre direitos das pessoas com deficiência, tais como, vagas em concursos, provas, descrição de imagens, adaptação curricular, vagas de estacionamento reservadas, etc.
Importante destacar que o curso foi todo reformulado com conteúdos dinâmicos e atualizados para atender Às necessidades de uma formação, com o foco na "inclusão" escolar do aluno com deficiência visual, cujos profissionais serão capazes de compreender todo o processo de construção simbólica e conceitual, todo o processo de alfabetização em Braille. A novidade deste ano está no módulo de áudio-descrição, com proposta de construção de roteiro escrito e a mobilização para utilizar este recurso em sala de aula.
Até a próxima!
Ontem, dia 16/06, Após já ter tido um primeiro contato com as alunas num momento anterior, dei início à primeira aula de Grafia Braille em Lorena, curso presencial que ministro por meio do Centro Interdisciplinar de assistência Educacional, da Secretaria Municipal de Educação.
Durante essa aula entreguei as pastas para cada aluna, contendo o material teórico para o curso. Conheci um pouco de cada "profissional" ali presente e suas expectativas com relação ao curso e, em seguida apresentei as propostas: objetivos, conteúdos, estratégias, recursos e processo de avaliação, bem como todo o cronograma dos encontros, que terminarão em novembro. Durante a exposição várias perguntas surgiram e, numa roda de conversas, tive a oportunidade de transmitir alguns conceitos e informações básicas a respeito da deficiência visual:
* Como relacionar-se com deficientes visuais: quebrar mitos e começar a enxergar o outro com foco na "diversidade" e não nas "diferenças";
* Terminologias apropriadas: deixar de utilizar "portador" e "necessidades especiais", passando a considerar como apropriado o termo Pessoa com deficiência a partir da Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência;
* Definição: Quem são as pessoas com deficiência visual (cegueira e baixa visão), como identificar?;
* Censo sobre pessoas com deficiência: análise dos dados referentes às pessoas com deficiência visual;
* Informações básicas: formas adaptativas e alternativas para o contato com o mundo a partir dos sentidos remanescentes e a construção de esquemas mentais associativos e percepções;
* Sobre o Sistema Braille: diferença entre código e linguagem, processo de transcrição e importância da informação escrita para o deficiente visual;
* Dentre outras informações sobre direitos das pessoas com deficiência, tais como, vagas em concursos, provas, descrição de imagens, adaptação curricular, vagas de estacionamento reservadas, etc.
Importante destacar que o curso foi todo reformulado com conteúdos dinâmicos e atualizados para atender Às necessidades de uma formação, com o foco na "inclusão" escolar do aluno com deficiência visual, cujos profissionais serão capazes de compreender todo o processo de construção simbólica e conceitual, todo o processo de alfabetização em Braille. A novidade deste ano está no módulo de áudio-descrição, com proposta de construção de roteiro escrito e a mobilização para utilizar este recurso em sala de aula.
Até a próxima!
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