sexta-feira, 19 de junho de 2009

Terceira aula, já?



Os registros continuam e agora é a vez de contar como foi a 3ª aula do curso!
Desta vez as atividades tiveram um caráter mais dinâmico. A proposta era apresentar, em grupo, representações elaboradas a partir de "cenas" programadas e distribuídas entre os participantes. Todas as "cenas" deveriam ter, pelo menos, um participante cego e, para isso, utilizamos vendas de tecido. Outros objetos também foram utilizados para as encenações, como cadeira, bengala, obstáculos, entre outros.
As propostas com os temas foram as seguintes:
1.Conduzir o deficiente visual até uma cadeira para que se sente;
2.Caminhar, utilizando uma bengala como meio para locomoção;
3.Descrever uma cena ou um objeto para um deficiente visual.(Algo que esteja próximo e que possa ser tocado);
4.Oferecer ajuda a um cego que precise chegar a um local específico;
5.Ser o guia vidente de um deficiente visual em um espaço repleto de obstáculos;
6.Aproximar-se e afastar-se de um deficiente visual (cumprimento e despedida);
7.Um encontro casual entre uma pessoa e um deficiente visual com seu guia vidente (Como estabelecer um diálogo?);
8.Explicar direção a um cego e mostrar algo que esteja à distância;
9.Atender um deficiente visual que chega em um estabelecimento (loja, banco, padaria, restaurante etc.);
10.Ajudar um cego a atravessar a rua;
11. Entregar algum objeto para um deficiente visual.
Todas essas "cenas" foram representadas tendo como base o senso comum, ou seja, como os participantes agiriam em diferentes situações. Os participantes "vestiram a camisa" e deram uma interpretação própria, com muito humor, porque muitos deles se sentiram inseguros diante do desafio de serem vendados e, outros, na posição de videntes, não sabiam como se portar diante da situação.
Em seguida, distribui o texto "Dicas de Relacionamento com Deficientes Visuais", destacando, tópico a tópico os comportamentos que precisam ser evitados e, os mais adequados no convívio entre videntes e cegos. A leitura foi complementada com explicações e demonstração de como podemos nos relacionar e estabelecer um convívio mais harmonioso, respeitando as diferenças e limitações das pessoas.
A apresentação do filme "Cão-guia"(filme já postado neste blog) e um debate sobre a importância da audiodescrição e sobre o comportamento (ação/reação) dos protagonistas deram seqüência aos trabalhos sobre as "dicas de relacionamento".
Em seguida, entreguei a cada trio um Braillete e pinos, ensinando-os às primeiras representações Braille: "cela" Braille e letras "a", "b", "c", "d" e "e". Solicitei para que, utilizando essas letras, criassem palavras e, com os pinos, as representasse. Finalizamos a atividade com a socialização das descobertas, trocando os Brailletes entre os grupos para que as palavras fossem lidas. Assim, cada cursista teve a oportunidade de criar um mecanismo para identificar as letras.
Está chegando a hora de praticar! Nas próximas aulas utilizaremos uma apostila toda em Braille para direcionar nossas atividades, além do uso de instrumentos específicos para a escrita. Até lá!

Um comentário:

  1. Nossa Luciane, que matéria linda menina! Suas dicas são valiosas, amiga! Como é bom ser seu aluno. Obrigado e parabéns.

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