sábado, 6 de junho de 2009

Nossa Primeira Aula do Curso



A educação inclusiva assume um papel de destaque a partir do momento em que se verificou o fortalecimento de discursos e de propostas de uma "Educação" para todos. Esse direito ao acesso e permanência das pessoas com deficiência, nos espaços comuns é marcado, sobretudo, pela matrícula desse aluno na rede regular, opção que a legislação brasileira coloca como preferencial. Porém, ém nenhum momento esse "estar juntamente com outros" pressupõe que o ser incluído precisa ser igual ou semelhante aos demais aos quais se agregou. Dentro dessa visão, está claro que o professor precisa estar aberto e se adequar às necessidades de seu aluno, buscando meios de contemplar essa diversidade. Será por meio da capacitação e da formação docente que podemos atingir o maior número de profissionais e sensibilizá-los para a verdadeira inclusão; uma inclusão que depende de nós, mas que, enquanto não for de todos, não existe.
Mais do que a realização de um "sonho", capacitar professores em Grafia Braille é abrir caminhos para que o deficiente visual tenha suas potencialidades valorizadas e possa ter sua formação acadêmica garantida. Desta forma, criar e recriar meios de convívios e adaptações é uma realidade muito presente quando falamos em Inclusão escolar.
Pensando em divulgar ações que estejam relacionadas com a inclusão do deficiente visual, quero, aqui relatar, nossos esforços para que os profissionais recebam uma formação voltada ao atendimento do deficiente visual matriculado em classes regulares, a partir de abordagens teóricas e práticas sobre o Sistema Braille.
Conforme matéria divulgada abaixo (citada fonte), as aulas tiveram início nesta semana. Divididos em duas turmas, cerca de 42 profissionais terão a oportunidade de participar deste projeto pioneiro no município de Lorena. Nessa 1ª aula, após a abertura com presença de autoridades, os alunos, que fizeram uma breve apresentação falando sobre suas expectativas em relação ao curso, tiveram a oportunidade de conhecer o programa do curso: objetivos, conteúdos, estratégias, Recursos e formas de avaliação. Por meio da apresentação de um slide, Alguns dados sobre cegueira e baixa visão e estatística sobre deficiência visual, deram continuidade à parte teórica da aula. Em seguida, ficaram sabendo um pouco mais sobre o Sistema Braille, da origem aos dias de hoje, incluindo biografia de seu inventor. A partir desse conhecimento, uma dinâmica com palavras e letras escritas no código Braille foi apresentada aos cursistas, que se divertiram ao tentar adivinhar algumas combinações e letras feitas em uma "cela" Braille em tamanho ampliado. As atividades tiveram continuidade com uma exposição de materiais/jogos adaptados, livros, materiais de escrita Braille (reglete e punção), perguntas dos cursistas e sorteio de calendários e livro de história, ambos em Braille com transcrição em tinta. Finalizei a apresentação com a entrega de uma apostila teórica e abrindo espaço para que pudessem observar e manusear alguns materiais da exposição.
Começamos a perceber a importância que esses professores/multiplicadores terão a partir dessa formação. Que nas próximas aulas possamos semear, juntos, esses pontos de luz, tão grandiosos e valiosos para a construção do conhecimento. Está nas nossas mãos!!!

Um comentário:

  1. Lu, você mostra os materiais pedagógicos como Reglete, Punção, Braillete e outros. Isso tem uma extrema importância para quem inicia o estudo braille. É impossível não ler o que tu escreves,amiga. Parabéns!

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