A terceira aula do curso de Braille em Ubatuba aconteceu na última
sexta-feira (25) e teve como objetivo a escrita pontográfica utilizando
reglete e punção.
Até esse momento, algumas noções teóricas referentes a
alfabetização/reabilitação das pessoas cegas através do sistema Braille
foram apresentadas. Priorizei alguns detalhes que são necessários para o
bom domínio das técnicas e para que os professores consigam orientar,
com segurança, seus alunos. Alguns cursos que tenho visto Brasil afora,
tem como foco apenas uma escrita precisa e uma leitura com compreensão,
esquecendo-se de aspectos particulares, dos esquemas sensoriais, da
percepção imagética e do desenvolvimento simbólico e motor. entretanto
esse é o diferencial que procuro demonstrar nas aulas, por isso só dou
início à parte mais prática, depois das aulas expositivas e teóricas.
Passamos também pela etapa da transcrição, utilizando as matrizes da
primeira série de sinais. em seguida, fizemos uma reescrita de palavras,
juntando leitura e escrita em tinta. Nesse terceiro encontro chegou o
momento tão esperado por todos: o da escrita Braille com reglete e punção.
Cada cursista recebeu um reglete e um punção, cedidos em caráter de
empréstimo até o final do curso. Repassei, individualmente as noções de
reversibilidade, pois a escrita acontece da direita para a esquerda,
alterando a posição da "cela Braille. Com a compreensão de que o relevo
será produzido no verso do papel, é fácil entender a troca de
lateralidade, esquerda para direita, sendo que para a escrita os pontos
123 ficarão para a direita e os pontos 456 ficarão para a esquerda. é
questão de lógica e de processo de espelhamento, o que exige um certo
esforço para efetuar a reversibilidade.
Levei uma imagem para apoiar a explicação, entretanto não houve
dificuldade por parte dos cursistas, que já estavam menos "apavorados".
A atividade 03 consistiu no reconhecimento das mesmas matrizes da
primeira série de sinais, agora por meio da escrita e da cópia de 10
palavras da atividade 01.
A aula finalizou com a sensação de que agora, aquelas mais de duas
dezenas de professores já tinham despertado para a escrita, assim como
ocorrera para a transcrição e leitura e que, a partir de então, novas
descobertas estariam por vir. Apresentei a segunda série de sinais,
derivada da anterior e deixei como atividade para casa, a transcrição e
escrita das palavras da próxima atividade.
A aluna com deficiência visual, da rede regular de ensino, também
acompanhou as aulas e realizou algumas atividades, flexibilizadas para o
seu caso.
Retornamos no dia 07 de agosto, com mais novas e grandes descobertas!
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