quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MATEMÁTICA PARA DEFICIENTES VISUAIS: Nossa Habilidade em Resolver “Problemas”

O tempo passa e o homem tenta buscar soluções ainda mais precisas para os problemas... Não me refiro aqui aos problemas do dia-a-dia, como organizar a agenda, enfrentar um congestionamento, arrumar a casa, cuidar dos filhos, negociar dívidas ou cronometrar o tempo para dar conta de realizar todas as tarefas pendentes ou rotineiras. O fato, no entanto, seria resolver de forma mais simplificada aqueles problemas absurdos, os quais fazem parte dos dias letivos de qualquer escola. Talvez a falta de objetividade do ensino da matemática que a torna tão fantasmagórica entre a maioria dos estudantes. Por isso, mesmo não sendo nenhuma especialista em ciências exatas, decidi abordar a matemática, sobretudo como tal disciplina pode ser encarada de forma mais suave, principalmente no trabalho com deficientes visuais.

Sabemos que na falta da visão, quem entra em ação são os sentidos latentes, que precisam ser estimulados e valorizados no momento do aprendizado, buscando suprir tais defasagens. Muitas vezes não é possível fazer abstrações de imediato. A princípio elas não têm um significado, já que só podemos abstrair daquilo que já representa um conceito formulado, dispondo de referências e interpretações próprias às experiências. Utilizar jogos em relevo, materiais concretos, referências e associação a outras situações de relevância pode ser uma boa saída para que a matemática surja como um momento de descobertas prazerosas para o deficiente visual. Importante lembrar que, durante todo o processo de ensino/aprendizagem da matemática o uso do soroban é essencial, não apenas como registros mas, acima de tudo, para dar igualdade de oportunidades a todos os alunos, sem que para isso, o cálculo mental seja a única alternativa. Antes do uso do soroban para o ensino da matemática entre os deficientes visuais, suas ações eram restritas a memorização, cuja estratégia de cálculo mental os excluía as possibilidades de resolução dos problemas em provas, concursos, vestibulares. Hoje a utilização dessa técnica, aliada ao sistema Braille merece grande destaque quanto sua funcionalidade e aplicação, o que resultou na publicação de uma portaria nº. 1.010, do Ministério da Educação, de 11/05/2006, instituindo o soroban, contador mecânico adaptado para pessoas com deficiência visual, nos sistemas de ensino do País em todos os níveis.

O soroban, aparelho de cálculos usado há muitos anos no Japão, pode ser considerado uma máquina de calcular de grande rapidez, permitindo registros e operações de forma mais simples. Sua principal vantagem está na escrita de números, sendo um dos métodos ideais para o ensino da matemática aos deficientes visuais. Com ele os alunos aprendem concretamente os fundamentos da matemática, as quatro operações, as ordens decimais e seus valores, e até cálculos mais complexos. Este recurso favorece a integração e interação entre os alunos cegos e de visão normal, pela possibilidade de acompanhar o ritmo das atividades desenvolvidas em classes comuns e no dia-a-dia.

Ao contrário das calculadoras, cujos resultados são automatizados, o soroban permite um cálculo mecânico, em que os resultados dependem, exclusivamente, de todo o processo. Sendo assim, qualquer falha durante a execução resultaria em erros. Por outro lado, o soroban por si só não resolveria todas as pendências de uma matemática mal conduzida. Para tornar-se um método eficaz, sua utilização precisa aliar-se ao código Braille e suas particularidades.

O Código Braille criado em 1825, na França, por Louis Braille, veio quebrar a barreira da acessibilidade do deficiente visual a escrita convencional e, desde então tem sofrido alterações a fim de aprimorá-lo e abranger cada vez mais representações. Assim em 1997 surgiu o código unificado de matemática, cujas últimas alterações feitas em 2003 trouxeram ainda mais possibilidades, inclusive representações para geometria, e cálculos mais elaborados.

Uma atitude muito comum entre os profissionais, na tentativa de ensino da matemática para os deficientes visuais seria, as exigências da semelhança entre o que se escreve em tinta para o Braille, como por exemplo, os algoritmos... Como montar e realizar uma operação em Braille? Essa semelhança só afastaria as possibilidades de uma resolução bem sucedida e, justamente para suprir essa lacuna, as estratégias alternativas entram em ação. As atividades podem e devem ser anotadas em Braille, obedecendo a suas especificidades: as expressões sempre na horizontal, pois a movimentação das mãos, a disposição da informação no papel, tanto na escrita quanto na leitura influenciam, de forma significativa, a compreensão e execução da atividade proposta. Acompanhar as anotações para executá-las em outro plano, utilizando soroban, jogos em relevo, materiais adaptados, é a garantia da qualidade do processo.

Uma das melhores alternativas de trabalho que pode ser realizada paralelamente ao uso do Braille e do soroban tem sido o material dourado, por permitir uma compreensão mais concreta das operações, quantidade, trocas, e, por proporcionar um contato mais direto e uma mobilidade entre as peças. Desenhos com contornos em relevo, peças de dominó, dados, cartelas de bingo, lousas magnéticas, e até mesmo formas que representam a “cela” Braille são possibilidades ricas a serem exploradas, reforçando o fato de estarem todas em relevo ou com cores contrastantes, no caso de baixa visão. Assim podemos fazer da matemática um momento para explorar não apenas seus “problemas”, mas oferecer uma solução muito mais harmoniosa e compatível a cada realidade, partindo das adaptações para cada necessidade e situação.

Texto: Luciane Molina

Conhecimento do Soroban


A origem do soroban é tão antiga quanto a história da humanidade. O certo é que se originou da tábua de calcular, o mais antigo dos ábacos, diante da necessidade da humanidade de negociar.

Os povos antigos, sem saberem uns dos outros, foram cdando forma os princípios de contagem que inspiraram a criação dos ábacos modernos, por meio de alternativas de calcular. Temos o exemplo de como tribos guerreiras faziam para recensearem seus soldados. Essas tribos iam colocando pedras em um fosso, cada pedra correspondendo a um guerreiro. Ao chegar à décima pedra, correspondente ao décimo homem, essas eram substituídas por apenas uma pedra, que era depositada em um segundo fosso.
Este processo de contagem e substituição era repetido até se atingir a passagem de cem guerreiros. As dez pedras que simbolizavam os cem guerreiros eram então representadas por apenas uma pedra, agora colocada em um terceiro fosso.
Porém, nessa época ainda não havia a nomenclatura "cem", nem sua idéia , sendo apenas uma contagem elementar, obtida pela relação de pedras e quantidade.
Percebe-se então, que foram as pedras os primeiros objetos que permitiram a iniciação das pessoas na arte de calcular e estão presentes na origem dos ábacos, por meio de uma contagem sem memorização nem conhecimento dos números. Daí surge a expressão cálculo ou calcular, por causa das pedras que faziam a correspondência de quantidade. A palavra ábaco é romana e deriva do grego abax ou abakon, que significa superfície plana ou tábua. O ábaco recebeu outros nomes em outros países tais como: China, Suan Pan; Japão, Soroban; Coréia, Tschu Pan; Vietnam, Ban Tuan ou Ban Tien; Rússia, Schoty, Turquia, Coulba; Armênia, Choreb. No Japão, o ábaco recebeu o nome e características especiais: Soroban. O ábaco chegou ao Japão através da civilização chinesa. Lá chamado de “Suan-Pan”, em 1622.

O Soroban no Brasil

Os primeiros sorobans introduzidos no Brasil vieram nas malas dos primeiros imigrantes japoneses em 1908 a bordo de navios. Esses imigrantes não tinham o intuito claro de divulgação, usando o soroban apenas nas suas atividades pessoais e profissionais, com o qual calculavam a sobrevivência das suas famílias. Já em 1954, o Brasil começou a receber a leva de imigrantes pós-guerra, que desembarcaram trazendo na bagagem o soroban denominado “moderno”. O principal divulgador do soroban no Brasil, a partir de 1956, foi o professor Fukutaro Kato, que começou a ensinar e provomer campeonatos de cálculo utilizando este instrumento.

Soroban para deficientes visuais

O primeiro brasileiro a se preocupar com as ferramentas de que os cegos dispunham para efetuar cálculos em nosso país foi o professor Joaquim Lima de Moraes. Adaptou o soroban para que as contas não se deslizassem com tanta facilidade e com apenas um toque desmanchasse toda a representação, porém com mobilidade suficiente para serem movimentadas durante as operações. E o ano de 1949 foi decisivo para as adaptações do soroban para pessoas cegas e de baixa visão. Em janeiro daquele ano, juntamente com seu aluno e amigo José Valesin, procedeu a modificação, que consistiu na introdução da borracha compressora, solucionando a dificuldade dos cegos em manipular esse aparelho. A inserção da borracha permitiu finalmente que os cegos pudessem empurrar as contas com mais segurança e autonomia para representar os valores numéricos conforme as operações a serem efetuadas. Criava-se, assim, o Soroban Moraes, ou sorobã, termo abrasileirado do soroban. Com o objetivo de divulgar o uso e ensino do Soroban para pessoas cegas, Moraes publicou em Braille a primeira edição do seu Manual de Soroban, com o apoio da Fundação para o Livro do Cego no Brasil (hoje Fundação Dorina Nowill para Cegos). Moraes não restringiu seus conhecimentos apenas dentro do nosso país, ele repartiu essas informações com diversos países não só da América Latina, mas dos Estados Unidos, Canadá e países da Europa. Movido por um espírito inquietante e instigador de todos os cientistas, revolucionou o ensino da matemática para pessoas com deficiência visual em muitos países por meio de uma adaptação bastante original.

Texto: Luciane Molina

Descrição da imagem: foto de um soroban.

Aula em Lorena: a audiodescrição e a criação de um roteiro escrito

Ontem, dia 27/10 aconteceu mais uma aula em Lorena. Desta vez o tema audiodescrição trouxe um conhecimento ainda não explorado e, por vezes, desconhecido entre os profissionais desta rede municipal. Apresentei algumas noções teóricas sobre a audiodescrição no teatro, cinema e, principalmente, na educação. Em seguida fizemos vários exercícios, tais como: - assistir a um comercial sem o recurso AD e anotar seus detalhes visuais; - Assistir ao mesmo comercial, com AD, comparando e analisando os detalhes observados e os narrados; - assistir a um comercial sem AD de olhos fechados; - Assistir ao mesmo comercial, com AD, com os olhos abertos e comparar as experiências; - Assistir a vários comerciais com AD, de olhos fechados, imaginando o que estava sendo narrado (relato de experiência); - Novamente, assistir aos comerciais com AD, agora de olhos abertos, contando sobre os detalhes imaginados e os detalhes reais; - Ler um roteiro de AD escrito e assistir ao filme, observando o que estava escrito e o que estava visível; - Realizar a AD de um comercial, sem ensaio e oralmente; - Dentre outras atividades... Para finalizar, a proposta foi criar um roteiro escrito do Comercial da Embratel, compartilhando as criações com toda a turma. Até a próxima!!! Comercial da Embratel: Tem oportunidade que não dá pra perder! Numa esquina um cachorrinho observa, entusiasmado, uma máquina de assar frangos e lambe os beiços. O dono do estabelecimento retira de dentro dela um dos frangos e deixa a máquina aberta. Aproveitando a oportunidade, o cãozinho pega um frango e sai correndo pelas ruas. Várias cenas da cidade se intercalam enquanto ele corre. Uma senhora observa pela janela. O logo da Embratel aparece junto a imagem do cãozinho que para em uma calçada e coloca o frango entre as patas. OBS: Uma música de fundo é reproduzida enquanto as cenas acontecem. Também há mensagem falada pelo locutor.

Segunda turma Grafia Braille a distância: Depoimento da cursista Juliana


A satisfação é imensa de ter semeado tantos outros pontinhos Braille pelos quatro cantos deste país. Mais uma turma de multiplicadores está formada. Agradeço a todos que fizeram parte e construiram momentos plenos de conquistas e descobertas, rumo a uma educação inclusiva de qualidade. Abaixo, depoimento da cursista Juliana Panissa.
Um grande abraço e que o gostinho da saudade seja saboreado com as ações inclusivas que brotarão de cada um de vocês. Continuem em contato, estarei sempre a disposição de vocês.
Profª. Luciane

"Penso no que dizer sobre aprender Braille... Acho que aprendi a ler agora!
Sou professora de ciências e descobri que um deficiente não tinha acesso as minhas aulas. Fala-se tanto em dar condições a todos, discursos lindos... Inclusão... e...nada.
Resolvi então, mesmo não tendo nenhum aluno deficiente no momento, aprender sozinha como deixar minha aula aberta a todos. Iniciei minha saga em busca do Braille, libras e todo método que pudesse me ajudar. Ilusão a minha em pensar que podia aprender tudo sozinha né, então por movimentação do universo, destino,ou “seja lá o que for”, encontrei o blog: Espaço Braille - Acessibilidade, Informática e Educação Inclusiva, onde me foi indicado o curso da gpec: Curso à distância Grafia Braille - "Semeando Leitores e Escritores Competentes" - Com a Prof.ª Luciane Maria Molina Barbosa.
Braille sempre foi pra mim algo incrível e desde criança eu pensava um dia aprender. Confesso que procurei o método pra buscar um pouco mais de sentido e utilidade nessa minha “saga” pela educação; uma vez que acredito não ter nascido pra se professora.
Esse curso abriu minha mente pra um mundo novo, diferente e muito agradável que eu não conhecia, era sentir-se útil na educação. Eu podia então trilhar este caminho e me reencontrar nessa carreira tão importante de ser professora. Hoje, após o termino do curso, ajudo professores a transcrever suas aulas para o Braille... E não há como descrever a satisfação em sentir a alegria de um aluno em perceber a atenção que é dada a ele.
Faço questão de deixar registrado aqui é meu agradecimento a Prof.ª Luciane... A paciência e carinho que ela dedica a esse curso faz dele muito mais presente do que a distância!"

Juliana Panissa

Descrição da imagem: Juliana abraçada ao reglete. De fundo uma página escrita em Braille, com pontinhos azuis.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Inscrições abertas para 3ª turma do curso à distância Grafia Braille - "Semeando Leitores e Escritores Competentes"


É com enorme satisfação que venho informar aos visitantes e leitores deste blog que as inscrições para a terceira turma do curso Grafia Braille - "Semeando Leitores e Escritores Competentes" estão abertas.

Durante as duas primeiras edições deste curso, realizadas neste ano, formamos cerca de 120 profissionais, espalhados por todas as regiões do país. Com este curso pretendemos contribuir para o processo de inclusão do deficiente visual, construindo e implantando ações nos âmbitos escolar, social e familiar.

O curso é totalmente à distância e conta com carga horária de 120 horas, entre trabalhos online e estudo dirigido.

Autoria e tutoria: profª. Luciane Maria Molina Barbosa

Conheça, detalhadamente, nossa proposta e o conteúdo deste curso clicando
AQUI

Ou visite o
Site da GPEC

Contamos com sua presença!

sábado, 23 de outubro de 2010

Curso de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida na Educação para o Trânsito


A Cia. Engenharia de Tráfego está lançando na modalidade a distância, o curso de Inclusão da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida na Educação para o Trânsito. O curso é direcionado para os professores, cuidadores e interessados em geral e objetiva promover a conscientização quanto à inclusão das pessoas com deficiência não apenas no trânsito, mas em todo o contexto da sociedade.

O curso é totalmente gratuito e para mais informações basta acessar o link AQUI
ou então no Site da CET , a pessoa entra no link Educação a Distância e se inscreve no curso que é totalmente gratuito.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Aula em Lorena: máquina Braille, soroban e Dosvox









Nesta quarta-feira, dia 20 de outubro, mais uma aula do curso de Braille foi realizada e teve início com uma homenagem ao dia dos professores. Entreguei para cada aluna uma lembrancinha com uma mensagem em Braille que, serviu de atividade de leitura, já que colocaram em prática todos os aprendizados conseguidos durante o curso.
Em seguida, levei para o conhecimento das alunas algumas informações a respeito do uso da máquina Braille (modelo Perkins e Tetrapoint). Demonstrei o uso de cada uma delas e sugeri atividades de escrita. Em grupos, cada aluna pode manusear as máquinas e ter a experiência da digitação mecânica. Escreveram seus nomes e uma frase curta, levando em conta as especificidades do manuseio deste material, como teclas, pressão para a digitação, apagar letras, retrocesso de janelas, mudança de linhas, colocação das folhas, posicionamento do cursor, etc...
Também apresentei outras informações e demonstrei o uso do soroban, instrumento de cálculo adaptado para o uso por deficientes visuais.
Por último, tiveram a oportunidade de conhecer o Sistema Dosvox, software com aplicativos e recursos de acessibilidade para tornar um computador acessível para os deficientes visuais.
É importante conhecer todas as possibilidades e diferentes ferramentas que contribui para a inclusão do deficiente visual.

Até a próxima semana!

Mensagem:
"Se não morre aquele que escreve um livro ou planta uma árvore, com mais razão não morre o educador, que semeia vida e escreve na alma." (Bertold Brecht)

Parabéns Professor!

Descrição das imagens:
Foto 1: mensagem em Braille presa em um girassol de E.V.A., cujo miolo é um pão-de-mel;
Foto 2: Aluna lendo mensagem;
Foto 3: Professora Luciane demonstrando máquina Perkins;
Foto 4: Professora Luciane demonstrando máquina Tetrapoint;
Foto 5: Aluna escrevendo na máquina Perkins;
Foto 6: Aluna escrevendo na máquina Tetrapoint;
Foto 7: Alunas assistindo à demonstração do Sistema Dosvox;
Foto 8: Imagem da tela do notebook mostrando jogo da forca "forcavox".

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Aula em Lorena: Reportagem, Poesia e Código de Matemática





Dando continuidade aos relatos sobre o Curso de Braille em Lorena, tivemos para a última aula de setembro, realizada no dia 29/09/2010, uma atividade que consistiu na cópia de uma reportagem de jornal. A experiência real de transformar em Braille uma notícia em tinta faz com que a compreensão dos pontos se torne mais intensa, já que é preciso construir palavras e formar cada configuração imagética antes do registro no papel, utilizando reglete e punção. Verificou-se, também, o grande volume da escrita em Braille, que ocupa um espaço bem maior do que a escrita em tinta. Para essa atividade foi possível aplicar tudo o que foi aprendido anteriormente, incluindo alfabeto simples, letras acentuadas, sinais acessórios de letra maiúscula, sinais de pontuação, normas para escrita em Braille, como espaçamentos, parágrafos e títulos. Posteriormente, a notícia em Braille foi lida e transcrita, tendo como modelo a notícia em tinta para que os erros se tornassem visíveis.

Já para a primeira aula do mês de outubro, realizada no dia 06/10/2010, a atividade consistiu na escrita de uma poesia, levando em conta todas as especificidades da escrita de versos, recuos de linha e estrofes. Cada aluna fez a cópia, em Braille, da poesia "Paraíso", de José Paulo Paes e, seguindo as normas de transcrição para textos em formato poesia. A correção sugerida envolveu a leitura e a reescrita dos trechos confusos. Apresentei, também, o vídeo "Dudu da Breca", que mostra todo o processo para a edição, impressão e publicação de um livro no formato Braille e em tinta. O vídeo foi produzido na imprensa da Fundação Dorina.

Durante a nossa aula de ontem, dia 13/10/2010, cujo tema foi Código Unificado de Matemática, apresentei o esquema para escrita de numerais e sinais para as operações básicas: adição, subtração, multiplicação e divisão. A partir da demonstração da escrita de números e operações, apresentei uma atividade totalmente em Braille, para que realizassem as operações e, por meio de uma tabela de valores, encontrassem os nomes dos bichos e países. As atividades foram realizadas, ora individualmente, ora em duplas.

Até a próxima semana!

Descrição das imagens: alunas fazendo atividades.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Palestra sobre Dosvox na ETEC em Lorena






Hoje, dia 07 de outubro, estive ministrando uma palestra na ETEC em lorena. Falei para cerca de 50 alunos sobre o uso da tecnologia da informática para deficientes visuais. O tema abordado foi Dosvox e suas ferramentas de acessibilidade. Contei um pouco da história do Sistema dosvox, desde sua criação aos dias de hoje, demonstrando seus aplicativos e fazendo dinâmicas que envolveu toda a turma. O convite partiu de uma aluna do curso técnico de informática, agregando conhecimento sobre o uso e aplicação de recursos de acessibilidade para deficientes visuais, projeto de pesquisa para um Trabalho de Conclusão de Curso. Estiveram presentes, também, os integrantes do grupo de pesquisa e professores da Unidade Escolar. No final, um momento dedicado Às perguntas e sorteios de brindes que levei, como calendários em Braille e CDs da Revista Veja Falada.

Agradeço pelo convite e pelo acolhimento. Aqui o meu "muito obrigada!" pelos momentos de compartilhar e de construções coletivas, divulgando ações inclusivas.

Conheça Aqui o Projeto Dosvox

Descrição de imagem:
Foto 1: Uma integrante do grupo de pesquisa e eu;
Foto 2: Eu, conversando sobre Dosvox - Tela do Dosvox ao fundo;
Fotos 3 e 4: Platéia;
Foto 5: Grupo de Pesquisa, professora do curso e eu.