quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Transcrição


Como o Braille não se caracteriza como uma "linguagem" específica para deficientes visuais, o ato de interpretar este código pela escrita convencional, denomina-se transcrição e não tradução. Assim, o Braille pode ser acessível a todas as pessoas, seja através da "transcrição" seja a partir do domínio visual dos seus caracteres. Durante a alfabetização, entre os deficientes visuais, recomenda-se associar a "grafia" das letras a algum objeto, forma ou figura relevante, construindo a "imagem" mental de cada letra. Para quem enxerga a dica acima torna-se muito mais valiosa, já que as tentativas de comparar o código em relevo com o alfabeto convencional não apresenta nenhum resultado.É bastante comum observarmos as pessoas que enxergam fecharem os olhos para tatear o Braille, causando um total espanto pela complexidade tátil do sistema. Porém, Apenas com um pouco de treino "visual" o vidente pode atingir resultados satisfatórios de leitura. Seu papel torna-se indispensável para a "transcrição" de materiais que, a partir daí, são "legíveis" aos demais. Mas não são apenas os videntes que "transcrevem" o Braille com qualidade, Quem não enxerga, porém que já foi alfabetizado anteriormente a perda da visão, conseguem realizar esta tarefa, sem muitas dificuldades.
A "transcrição" deve ser feita na parte superior da palavra, não ocorrendo cortes. A escrita deve ser contínua, obedecendo os padrões gramaticais que forem apresentados na escrita Braille. Recomenda-se a utilização de letras cursiva, já que o Braille representa a escrita do deficiente visual. Deve-se respeitar a escrita, tal e qual foi concebida, seja com erros ou acertos, pois o papel do "transcritor" é interpretar o relevo para tinta, de forma que se torne legível. Este fato gera reações adversas com relação ao "conhecimento" gramatical e ortográfico dos "transcritores". Divulgar seu papel é a melhor maneira de quebrar o preconceito.

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