SUCESSO é a palavra que melhor define esse sábado. Durante seis meses estivemos juntos para mais uma maratona de estudos. Colocamos o cérebro numa intensiva ginástica a fim de compreender todos aqueles novos conceitos acerca da matemática. Mas não foi uma matemática qualquer!
Logo no primeiro dia de aula fiz questão de reforçar que o aprendizado do soroban envolvia construções conceituais que tem como base o concreto. No soroban eu não escrevo um símbolo para representar uma quantidade; eu escrevo a própria quantidade. Entender esse elemento concreto e desconstruir o signo numérico faz parte da complexidade do processo. Trabalhar o movimento de dedos, as regras dos complementares e as operações foram descobertas mágicas e, ao mesmo tempo, muito divertidas.
Nas aulas, era comum que a concentração desse lugar para o riso; que as dificuldades fossem superadas com uma doze de otimismo; que a cada nova fórmula descoberta fosse comemorada com vontade de ir muito mais além.
Nossos encontros foram leves, apesar da seriedade que o assunto merecesse. Pagamos muitos "micos", incluindo eu, a professora, afinal, que graça teria se tudo fosse tão certinho, dentro de um rigor que de nada representa a personalidade desse grupo. Eu não sou a mesma de quando começamos e tenho certeza que vocês também não são. convivemos, interagimos e aprendemos a ser melhores com as diferenças dos outros, respeitando aquilo que cada um ofereceu. Aprendemos muito mais do que cálculos, aprendemos o significado de amor. fizemos tudo com muito amor!
Vocês levaram os estudos muito à sério, muito mais além do que eu esperei. Estudamos soroban sem dizer "chega" e cumprimos o cronograma antes do final. Afinal, a verdade é que pra gente não existe um final!
Faço questão de dizer o que já disse pessoalmente pra vocês. Receber o diploma não significa que terminamos, mas sim que devemos continuar. Demos um upgrade no Braille e constatamos que é possível criar estratégias para ampliar e fortalecer a educação inclusiva, seja através da escrita e leitura, seja através da matemática.
Somamos esforços; subtraímos dificuldades; multiplicamos conhecimento e dividimos experiências. Dentro do que era possível, ultrapassamos cada limite para provar que vocês fazem a diferença por onde passam.
Das tarefas para serem realizadas em casa, vocês fizeram grandes encontros e grupos de estudo. Essa fórmula deu muito certo porque vocês aproveitaram cada desafio transformando-o s em possibilidades. Treinaram constantemente e não deixaram lacunas vazias. Espremeram o tempo, sem que a desculpa do cansaço lhes diminuísse a coragem para buscarem o sucesso. E por isso, ganharam até três novos aprendizados que couberam dentro do nosso cronograma cumprido com muito orgulho e dedicação.
Nossos encontros escreveram um capítulo da minha história, embora meu caderno não seja tãããão bem anotado quanto o da Vanessa. Afinal Vanessa, como você anotou tudo, tem como contar pra gente quantas vezes eu respirei aliviada depois de uma conta bem realizada? E a Claudinha, sempre comportada, mas que nem piscava pra não perder nenhum movimento de contas? às vezes se chacoalhava na cadeira de tanto rir dos "micos" alheios. A Elaine, bem digo que será minha sucessora, com muito prazer, porque ela enxerga bem lá longe. A Cida, que mesmo com a intensiva campanha não criou uma conta no facebook, mas estudou direitinho. André, o nosso "Clássico", que apesar do livrinho de tabuada, conseguia virar o soroban ao contrário... deixei a Dora por último, porque eu estava tentando olhar bem dentro dos olhos dela para decifrar as incógnitas que permeavam seu pensamento. As caras e bocas que ela fazia, até eu conseguia enxergar. Ela quase tinha uma parada respiratória, cada vez que arregalava os olhos, torcia levemente o pescoço pro lado e levantava uma das sobrancelhas com a boca quase aberta de surpresa!
A saudade já toma conta dos nossos sábados, embora o boneco do Papai Noel que ganhei de presente os represente aqui na minha sala vazia. Espero que nossos sábados sejam preenchidos muito em breve com a presença de vocês novamente por aqui. Agradeço, do fundo do coração, por vocês terem a coragem suficiente para mudar o mundo!
Um abraço apertado a cada um e parabéns por mais essa etapa!
Amo vocês!
Logo no primeiro dia de aula fiz questão de reforçar que o aprendizado do soroban envolvia construções conceituais que tem como base o concreto. No soroban eu não escrevo um símbolo para representar uma quantidade; eu escrevo a própria quantidade. Entender esse elemento concreto e desconstruir o signo numérico faz parte da complexidade do processo. Trabalhar o movimento de dedos, as regras dos complementares e as operações foram descobertas mágicas e, ao mesmo tempo, muito divertidas.
Nas aulas, era comum que a concentração desse lugar para o riso; que as dificuldades fossem superadas com uma doze de otimismo; que a cada nova fórmula descoberta fosse comemorada com vontade de ir muito mais além.
Nossos encontros foram leves, apesar da seriedade que o assunto merecesse. Pagamos muitos "micos", incluindo eu, a professora, afinal, que graça teria se tudo fosse tão certinho, dentro de um rigor que de nada representa a personalidade desse grupo. Eu não sou a mesma de quando começamos e tenho certeza que vocês também não são. convivemos, interagimos e aprendemos a ser melhores com as diferenças dos outros, respeitando aquilo que cada um ofereceu. Aprendemos muito mais do que cálculos, aprendemos o significado de amor. fizemos tudo com muito amor!
Vocês levaram os estudos muito à sério, muito mais além do que eu esperei. Estudamos soroban sem dizer "chega" e cumprimos o cronograma antes do final. Afinal, a verdade é que pra gente não existe um final!
Faço questão de dizer o que já disse pessoalmente pra vocês. Receber o diploma não significa que terminamos, mas sim que devemos continuar. Demos um upgrade no Braille e constatamos que é possível criar estratégias para ampliar e fortalecer a educação inclusiva, seja através da escrita e leitura, seja através da matemática.
Somamos esforços; subtraímos dificuldades; multiplicamos conhecimento e dividimos experiências. Dentro do que era possível, ultrapassamos cada limite para provar que vocês fazem a diferença por onde passam.
Das tarefas para serem realizadas em casa, vocês fizeram grandes encontros e grupos de estudo. Essa fórmula deu muito certo porque vocês aproveitaram cada desafio transformando-o
Nossos encontros escreveram um capítulo da minha história, embora meu caderno não seja tãããão bem anotado quanto o da Vanessa. Afinal Vanessa, como você anotou tudo, tem como contar pra gente quantas vezes eu respirei aliviada depois de uma conta bem realizada? E a Claudinha, sempre comportada, mas que nem piscava pra não perder nenhum movimento de contas? às vezes se chacoalhava na cadeira de tanto rir dos "micos" alheios. A Elaine, bem digo que será minha sucessora, com muito prazer, porque ela enxerga bem lá longe. A Cida, que mesmo com a intensiva campanha não criou uma conta no facebook, mas estudou direitinho. André, o nosso "Clássico", que apesar do livrinho de tabuada, conseguia virar o soroban ao contrário... deixei a Dora por último, porque eu estava tentando olhar bem dentro dos olhos dela para decifrar as incógnitas que permeavam seu pensamento. As caras e bocas que ela fazia, até eu conseguia enxergar. Ela quase tinha uma parada respiratória, cada vez que arregalava os olhos, torcia levemente o pescoço pro lado e levantava uma das sobrancelhas com a boca quase aberta de surpresa!
A saudade já toma conta dos nossos sábados, embora o boneco do Papai Noel que ganhei de presente os represente aqui na minha sala vazia. Espero que nossos sábados sejam preenchidos muito em breve com a presença de vocês novamente por aqui. Agradeço, do fundo do coração, por vocês terem a coragem suficiente para mudar o mundo!
Um abraço apertado a cada um e parabéns por mais essa etapa!
Amo vocês!
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