Mais um encontro, nova etapa! Agora é a vez de trabalharmos em duplas e verificar, dentre os membros de cada uma delas, quem possui maior habilidade para a escrita e quem possui maior habilidade para a leitura. A atividade consiste em ler um texto em Braille, sem prévia transcrição e, organizar as tarefas de modo que um dos membros da dupla fique responsável pelo ditado e, o outro, pela escrita, utilizando reglete e punção. É claro que deve-se observar todos os critérios e normas técnicas para a produção de textos em Braille, respeitando parágrafos, títulos, espaçamentos, pontuação e acentuação.
Já estamos na reta final e, por isso, as atividades tornam-se mais complexas, com um nível mais avançado, já que o profissional do Braille deve perceber todas as peculiaridades deste sistema e adequá-los à realidade de seus novos alunos. Não devemos poupá-los dos esforços que terão de fazer, nem mesmo deixá-los às margens do conhecimento por desconhecer algum aspecto do Sistema. É de extrema importância criar metas e buscar desafios que venham suprir todas as necessidades de uma alfabetização plena e eficaz.
Pensar em uma aula inclusiva, não apenas adaptando um único material para determinado aluno, em exclusividade, não garantirá a qualidade ou a participação de todo o grupo. As aulas precisam ser pensadas para todos e, quem sabe, sendo assim, possa haver uma maior integração e participação dos demais colegas. Cabe lembrar sobre a interação que deve haver entre professor, aquele mediador da aprendizagem, e entre os alunos com ou sem deficiências para que o trabalho seja, realmente, significativo. Todo o grupo deve perceber que estão trabalhando em uma equipe e que, em conjunto, são capazes de construir um aprendizado e atingir as metas.
Sugiro trabalhar com materiais concretos, organizar jogos cooperativos, construir materiais que todos possam utilizar, tais como alfabeto móvel, bingos, caça-palavras, dominós, enigmas, etc. Brincadeiras e dinâmicas que envolvam todo o grupo também ajudam nesses estágios, sempre tendo o Braille como "referência" nessas atividades. Assim, até mesmo quem enxerga pode tomar contato com esse código, sendo um meio de inclusão e do "não" isolamento cultural das pessoas cegas.
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Inclusão é isso ai Lu, é feita com ações e não só com teorias. Parabens pelas suas açoes, querida amiga.
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