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domingo, 22 de maio de 2011
Participação na X REATECH - placa
Descrição da imagem: Placa retangular. Moldura prateada. No centro uma placa metálica com bordas pretas em sua volta. Aparece acima o logo da Reatech: um coração azul. Dentro os símbolos de acessibilidade. Por trás do coração aparece uma faixa amarela com a palavra REATECH X Feira Internacional de tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade. Logo abaixo a mensagem: Certificamos que BRAILLUMAIS Jogos Acessíveis participou como expositora na X REATECH - Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade realizada de 14 a 17 de abril de 2011, na cidade de São Paulo, SP. Na sequência aparecem os logos dos apoiadores do evento: Fundação Selma, Grupo Cipa e Feira Milano. A direita, abaixo do logo, o que se vê é a imagem de um bolo de aniversário com velinhas para comemorar os 10 anos da feira. No canto inferior direito da placa, aparecem os mesmos símbolos de acessibilidade mostrados dentro do coração. Agora da direita para a esquerda são: idoso, obeso, cego, surdo e cadeira de rodas.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Esculpindo Imagens com Palavras: A Audiodescrição como Recurso de Acessibilidade Às Pessoas com Deficiência Visual
Assim como as esculturas vão tomando forma pelas mãos de quem as exculpe, as imagens, para quem não vê, se materializam pelo som das palavras. O que elas representam vão além de um simples significado ou descrição. Elas possibilitam, a essas pessoas, acessibilidade, por meio da atribuição de sentido e de significados ao que não pode ser tocado ou experimentado pela visão e, que passa a ser imaginado, interpretado e visto pelos ouvidos.
A técnica consiste no recurso da audiodescrição, que traduz imagens em palavras, expressões faciais e corporais em sentimentos e emoções. Os cenários, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, leitura de créditos e paisagens ou qualquer outra informação relevante, ganham movimento, contorno e cor por meio das percepções imagéticas na mente do expectador com deficiência visual.
A audiodescrição como recurso de acessibilidade é mais um serviço de tecnologia assistiva que vem contribuir para a independência e autonomia da pessoa com deficiência visual.
Consiste na narração clara e objetiva de todas as informações que aparecem visualmente, mas que não estão contidas nos diálogos. A técnica traz a formalidade para algo que, antes, era praticado de maneira informal, quando a descrição era solicitada mediante a ausência de pistas sonoras para o entendimento das cenas. Não destina-se apenas a obras cinematográficas, estendendo-se a comerciais, programas de televisão, teatro, musicais, shows e apresentações em geral. Também é uma poderosa aliada do professor no espaço educativo, pois utilizando-se de tais técnicas o profissional da educação poderá tornar suas aulas muito mais atrativas e acessíveis, sem a necessidade de elaborar conteúdo diferenciado apenas para os alunos com deficiência visual. A descrição sonora do ambiente e de cenários estáticos _sem movimentos_ também constitui o foco da audiodescrição, em museus e exposições.
Algumas diretrizes precisam ser consideradas para se efetivar o processo de tradução de imagens, começando pela objetividade. Nesse item deve-se evitar qualquer análise ou interpretação de emoções, devendo-se portanto, permitir que o expectador chegue Às suas próprias conclusões. Em muitos casos a referência à emoção deve estar implícita na descrição. Para que a audiodescrição cumpra seu caráter objetivo, ela deve ser breve e concisa, evitando expressões com significados semelhantes ou afirmações óbvias. Percebe-se que o uso da expressão correta e, quando empregada na medida certa, propicia contornos mais nítidos e coerentes às imagens.
Além da objetividade, uma obra audiodescrita deve utilizar-se de vocabulários amplos para descrever as múltiplas características do que se pretende visualizar, tendo clareza quanto formas, textura, tamanho, posição com relação a um ponto de referência, cor _não evitá-las-, composição ou disposição no cenário, ângulo de visão, posição do narrador e do expectador frente a obra, entre outros.
Para haver uma maior harmonia entre expectador e obra, a audiodescrição precisa seguir uma lógica. A produção tem início com uma descrição ordenada, segundo um ponto referencial. Começa por características mais amplas ou genéricas, até chegar numa referência de suas partes, de forma mais detalhada, sempre procurando posicionar os elementos conforme relação com outros elementos. A audiodescrição não é meramente a descrição de um objeto independente, mas de objetos, situações, gravuras, imagens, cenários e, por isso, precisa ser estruturada partindo de diferentes ângulos de observação em relação simultânea e intermitente.
No Brasil, a primeira peça comercial a contar com o recurso da audiodescrição foi "O Andaime", no Teatro Vivo, em março de 2007. O primeiro filme, "Irmãos de Fé", do Padre Marcelo Rossi em 2005. E a Natura marcou presença como sendo a primeira empresa a veicular um comercial com audiodescrição na Tevê aberta, em 2006. Apesar dessas tentativas isoladas e que tem ganhado força ao longo dos anos, a audiodescrição na programação já é prevista desde 2004, por força do decreto Nº. 5296, que regulamenta a lei que estabelece as normas de acessibilidade. Em 2006, as medidas para disponibilização da audiodescrição foi regulamentada pela portaria nº. 310 do Ministério das Comunicações. Essas regras foram suspensas em 2008 e retomadas a partir de 2010 com a Portaria nº. 188/2010 que determina a veiculação de duas horas por semana de programação com audiodescrição a partir de 1º de julho de 2011 e ampliando esse tempo de exibição, gradativamente. Estamos em contagem regressiva para tal efetivação.
Em ambientes educativos a audiodescrição como ferramenta pedagógica, tem por finalidades, o acesso a materiais bibliográficos, ao currículo e conteúdos escolares, ao mesmo tempo que o restante da turma. Informar disposição do mobiliário, da planta baixa da escola, de objetos, dos espaços de recreação ou de uso comum. Atentar para o trabalho colaborativo em descrição de filmes, slides, mapas, tabelas, fotografias, gráficos, mostras, eventos e exposições no ambiente escolar, entre outros.
Desta forma podemos considerar que Áudio-descrição é recurso para a acessibilidade e que significa que “Se você não vê, poderá ouvir; Se você não ouve, poderá ler; e Se você não lê, poderá compreender. O audiodescritor, portanto, será a ponte entre a imagem não vista e a imagem construída por meio de referências sonoras, conduzidas e esculpidas na imaginação de quem as ouve.
Conheça abaixo um exemplo de comercial sem audiodescrição. Aprecie seu conteúdo e observe os detalhes visuais presentes na obra. Tente captar as informações relevantes e globais, obtidas por meio da visualização das imagens. Note que, nessa etapa, o “enxergar” se mostra determinante para o entendimento da obra e a visão atuará como sentido predominante na busca de pistas necessárias para a compreensão da mensagem transmitida. Se você “fechar” os olhos a interpretação fica prejudicada e a comunicação interrompida.
Campanha Iguais na Diferença – versão sem audiodescrição
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Após ter assistido ao comercial acima, o desafio está em assistir ao mesmo comercial com o recurso da audiodescrição.
Campanha Iguais na Diferença – versão com audiodescrição
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Note que, no segundo momento, as informações visuais são complementadas pelo som das imagens, produzidas por meio da audiodescrição. As cenas vão se mostrando ao longo da narrativa que, agora se tornou acessível e muito mais rica em detalhes. É possível, então, “fechar” os olhos e ver com palavras. Observe que muitos detalhes visuais podem ter passado por despercebido e, outros, ainda, não estarem contidos na audiodescrição. Isso acontece devido a riqueza de informações e a necessidade de compactação para sincronizar imagem e som. É preciso exercitar a habilidade de “ouvir” e deixar a imaginação e a criatividade construir sentidos e significados para as imagens mentais. Seja você também um amigo da audiodescrição, pois as palavras valem mais do que mil imagens! Luciane Molina, pedagoga e especialista em educação com foco na deficiência visual. Atua no ensino de pessoas com deficiência visual, capacitação de professores e palestrante. Também ministra oficinas de audiodescrição, com foco na tradução de imagens na educação. www.braillu.com
Fonte: Acessibilidade na Prática e Blog da Audiodescrição
A técnica consiste no recurso da audiodescrição, que traduz imagens em palavras, expressões faciais e corporais em sentimentos e emoções. Os cenários, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, leitura de créditos e paisagens ou qualquer outra informação relevante, ganham movimento, contorno e cor por meio das percepções imagéticas na mente do expectador com deficiência visual.
A audiodescrição como recurso de acessibilidade é mais um serviço de tecnologia assistiva que vem contribuir para a independência e autonomia da pessoa com deficiência visual.
Consiste na narração clara e objetiva de todas as informações que aparecem visualmente, mas que não estão contidas nos diálogos. A técnica traz a formalidade para algo que, antes, era praticado de maneira informal, quando a descrição era solicitada mediante a ausência de pistas sonoras para o entendimento das cenas. Não destina-se apenas a obras cinematográficas, estendendo-se a comerciais, programas de televisão, teatro, musicais, shows e apresentações em geral. Também é uma poderosa aliada do professor no espaço educativo, pois utilizando-se de tais técnicas o profissional da educação poderá tornar suas aulas muito mais atrativas e acessíveis, sem a necessidade de elaborar conteúdo diferenciado apenas para os alunos com deficiência visual. A descrição sonora do ambiente e de cenários estáticos _sem movimentos_ também constitui o foco da audiodescrição, em museus e exposições.
Algumas diretrizes precisam ser consideradas para se efetivar o processo de tradução de imagens, começando pela objetividade. Nesse item deve-se evitar qualquer análise ou interpretação de emoções, devendo-se portanto, permitir que o expectador chegue Às suas próprias conclusões. Em muitos casos a referência à emoção deve estar implícita na descrição. Para que a audiodescrição cumpra seu caráter objetivo, ela deve ser breve e concisa, evitando expressões com significados semelhantes ou afirmações óbvias. Percebe-se que o uso da expressão correta e, quando empregada na medida certa, propicia contornos mais nítidos e coerentes às imagens.
Além da objetividade, uma obra audiodescrita deve utilizar-se de vocabulários amplos para descrever as múltiplas características do que se pretende visualizar, tendo clareza quanto formas, textura, tamanho, posição com relação a um ponto de referência, cor _não evitá-las-, composição ou disposição no cenário, ângulo de visão, posição do narrador e do expectador frente a obra, entre outros.
Para haver uma maior harmonia entre expectador e obra, a audiodescrição precisa seguir uma lógica. A produção tem início com uma descrição ordenada, segundo um ponto referencial. Começa por características mais amplas ou genéricas, até chegar numa referência de suas partes, de forma mais detalhada, sempre procurando posicionar os elementos conforme relação com outros elementos. A audiodescrição não é meramente a descrição de um objeto independente, mas de objetos, situações, gravuras, imagens, cenários e, por isso, precisa ser estruturada partindo de diferentes ângulos de observação em relação simultânea e intermitente.
No Brasil, a primeira peça comercial a contar com o recurso da audiodescrição foi "O Andaime", no Teatro Vivo, em março de 2007. O primeiro filme, "Irmãos de Fé", do Padre Marcelo Rossi em 2005. E a Natura marcou presença como sendo a primeira empresa a veicular um comercial com audiodescrição na Tevê aberta, em 2006. Apesar dessas tentativas isoladas e que tem ganhado força ao longo dos anos, a audiodescrição na programação já é prevista desde 2004, por força do decreto Nº. 5296, que regulamenta a lei que estabelece as normas de acessibilidade. Em 2006, as medidas para disponibilização da audiodescrição foi regulamentada pela portaria nº. 310 do Ministério das Comunicações. Essas regras foram suspensas em 2008 e retomadas a partir de 2010 com a Portaria nº. 188/2010 que determina a veiculação de duas horas por semana de programação com audiodescrição a partir de 1º de julho de 2011 e ampliando esse tempo de exibição, gradativamente. Estamos em contagem regressiva para tal efetivação.
Em ambientes educativos a audiodescrição como ferramenta pedagógica, tem por finalidades, o acesso a materiais bibliográficos, ao currículo e conteúdos escolares, ao mesmo tempo que o restante da turma. Informar disposição do mobiliário, da planta baixa da escola, de objetos, dos espaços de recreação ou de uso comum. Atentar para o trabalho colaborativo em descrição de filmes, slides, mapas, tabelas, fotografias, gráficos, mostras, eventos e exposições no ambiente escolar, entre outros.
Desta forma podemos considerar que Áudio-descrição é recurso para a acessibilidade e que significa que “Se você não vê, poderá ouvir; Se você não ouve, poderá ler; e Se você não lê, poderá compreender. O audiodescritor, portanto, será a ponte entre a imagem não vista e a imagem construída por meio de referências sonoras, conduzidas e esculpidas na imaginação de quem as ouve.
Conheça abaixo um exemplo de comercial sem audiodescrição. Aprecie seu conteúdo e observe os detalhes visuais presentes na obra. Tente captar as informações relevantes e globais, obtidas por meio da visualização das imagens. Note que, nessa etapa, o “enxergar” se mostra determinante para o entendimento da obra e a visão atuará como sentido predominante na busca de pistas necessárias para a compreensão da mensagem transmitida. Se você “fechar” os olhos a interpretação fica prejudicada e a comunicação interrompida.
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Note que, no segundo momento, as informações visuais são complementadas pelo som das imagens, produzidas por meio da audiodescrição. As cenas vão se mostrando ao longo da narrativa que, agora se tornou acessível e muito mais rica em detalhes. É possível, então, “fechar” os olhos e ver com palavras. Observe que muitos detalhes visuais podem ter passado por despercebido e, outros, ainda, não estarem contidos na audiodescrição. Isso acontece devido a riqueza de informações e a necessidade de compactação para sincronizar imagem e som. É preciso exercitar a habilidade de “ouvir” e deixar a imaginação e a criatividade construir sentidos e significados para as imagens mentais. Seja você também um amigo da audiodescrição, pois as palavras valem mais do que mil imagens! Luciane Molina, pedagoga e especialista em educação com foco na deficiência visual. Atua no ensino de pessoas com deficiência visual, capacitação de professores e palestrante. Também ministra oficinas de audiodescrição, com foco na tradução de imagens na educação. www.braillu.com
Fonte: Acessibilidade na Prática e Blog da Audiodescrição
Profissional do CIAE é uma das Expositoras da X REATECH, em São Paulo
Tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade voltadas Às pessoas com deficiência foram atração de uma feira em São paulo, a segunda maior do mundo voltada a esse público. A REATECH, que aconteceu entre os dias 14 e 17 de abril, chega a sua décima edição com muitas novidades. Contou com a presença de mais de 250 expositores de empresas especializadas em vários segmentos, um deles foi BrailluMais, um stand com produtos voltados às pessoas com deficiência visual. São jogos pedagógicos e brinquedos adaptados, construídos artesanalmente e sob a perspectiva do desenho universal, para que todos possam participar e se envolver na brincadeira. A responsável por esse projeto, "Multiplicando Ações Inclusivas", é Luciane Molina, pedagoga do Centro Interdisciplinar de Assistência Educacional (CIAE).
A criação dessa linha de produtos visa trazer uma nova visão para o ensino da Grafia Braille, e estimulação tátil, por meio do uso lúdico e pedagógico desses materiais, que foram desenvolvidos conforme suas necessidades enquanto pessoa com deficiência visual e profissional que atua na área da alfabetização e capacitação de professores. "Foi uma oportunidade grandiosa para divulgar o quanto podemos contribuir para que a inclusão da pessoa com deficiência visual seja encarada com naturalidade e ela possa participar de atividades em grupos diversos, envolvendo pessoas com e sem deficiência", revela Luciane Molina.
Estiveram visitando o stand pessoas vindas de todo país, incluindo professores, dirigentes de ensino, fisioterapêutas, psicólogos, profissionais da saúde, educação, reabilitação, familiares de pessoas com deficiência, representantes de várias instituições e, as próprias pessoas com deficiência.
Entre os visitantes, o Stand BrailluMais recebeu, na sexta-feira, dia 15/04, a ilustre presença dos profissionais da cidade de Lorena, a coordenadora do CIAE, Elisabet Ferreira, a psicóloga Dênia Gomes e a especialista em educação Débora Rodrigues, ambas também do CIAE e mais 7 professoras das salas de recursos multifuncionais do município. "Ficamos muito felizes de ter uma representante nossa aqui na feira e viemos prestigiar seu stand, um espaço com muitas novidades na área da deficiência visual", diz Elisabet. Para Débora Rodrigues, a feira é um espaço para contatos e interação com pessoas de diferentes lugares e com um objetivo em comum, que é a inclusão das pessoas com deficiência. "já fizemos muitos contatos e pretendemos levar novidades pro nosso município, como palestras e eventos", continua.
Confira, em breve, outras novidades BrailluMais no site: www.braillu.com. Para entrar em contato com Luciane Molina, escreva para braillu@uol.com.br
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