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sábado, 24 de julho de 2010
Curso Grafia Braille à distância: relato de um aluno
É com muita alegria que trago o texto abaixo, escrito por Ariovaldo Vieira, um aluno do curso Grafia Braille que ministro à distância. Ontem foi nossa última interação por meio de um chat. As sensações se fundem, num misto de alegria e tristeza, de felicidade e saudade... Mais uma turma de multiplicadores entra em “campo”! A 1ª turma do curso de Grafia Braille "Semeando Leitores e Escritores Competentes" à distância foi um sucesso e está sendo muito gratificante viver esse momento. O curso chegou ao final, porém digo que ele não acaba por aqui. Este momento será apenas o início de um novo ciclo, de uma nova jornada rumo à inclusão. São os multiplicadores que colocarão em prática todos os conhecimentos adquiridos até aqui e outros, muitos ainda, que conquistarão pelo caminho... É gratificante saber que durante toda nossa trajetória, pudemos ensinar, aprender, compartilhar, construir e reconstruir significados tão reais e, ao mesmo tempo, tão essenciais para a qualidade da educação. Agradeço a Gpeconline, agradeço aos alunos e alunas que estiveram conosco desde abril e continuarão pra sempre em nossos corações. Um grande abraço: profª. Luciane Molina
“Se o tempo não para, na voz e na poesia do poeta Cazuza, na vida real é assim também e o nosso curso chegou ao fim. Claro que o curso acabou, no entanto, seus ensinamentos iremos carregar até o fim de nossas vidas.
Quando Louis Braille criou o sistema de leitura, que doravante recebeu seu nome, abriu caminho entre o mundo das incertezas e a era das conquistas. Anjos enviados por Deus, ele foi um desses anjos que Deus envia para a Terra apenas para mostrar às pessoas que não importa a limitação de cada um, o que realmente importa é a nossa vontade e fé em superar obstáculos e acreditar num mundo cada vez melhor.
Durante as lições do nosso curso em muitas oportunidades me emocionei, chorei e me enchi de alegria, isso porque a cada nova descoberta, a cada novo entendimento, pude perceber que aqueles pequenos pontinhos perdidos no Universo têm vida e representam letras, frases, histórias, números e poesias. Que emoção eu senti quando li minha primeira frase em Braille! Voltei no tempo, voltei, voltei e me lembrei da primeira frase que li na Cartilha Caminho Suave. Para mim, uma criança na ocasião, isso em 1967 e numa cadeira de rodas, num mundo excludente, foi uma vitória que para sempre ficará guardado em minha memória.
Agora leio artigos em Braille, os pontinhos ganharam vida e formas para mim, tudo ficou claro. Meu anjo nessa descoberta foi a professora Luciane, que com sua paciência, carinho e alguns puxões de orelha, me fez persistir e acreditar que eu poderia superar mais esse obstáculo, e eu consegui, ou melhor, todos nós conseguimos!
E os amigos do curso? A Rosa ficou como minha amiga para sempre, ela e todos os outros. Era uma simbiose, todos ajudando todos. O mundo seria tão melhor assim... quantas histórias dos amigos do curso, mães de crianças cegas, professores, educadores... cada um com sua trajetória de vida, de conquistas e algumas derrotas, assim é a vida. Ninguém ganha o tempo todo e ninguém perde a vida inteira, o que fica para sempre em nossos corações são as conquistas. E a conquista do conhecimento é o bem maior que Deus nos dá.
Agora fica a saudade da professora, da espera da abertura de um novo conhecimento, dos chats, da professora brava, dos amigos... enfim, a vida segue seu curso.
Obrigado professora Luciane pela oportunidade que a senhora nos deu para entender e ver com clareza os pontinhos, obrigado a todos os amigos do curso e que Deus continue nos dando força e coragem para continuarmos trabalhando em inclusão, assim poderemos construir um mundo melhor onde a diversidade humana esteja sempre presente.
A poesia é a forma de expressão mais linda do ser humano, através dela expressamos nosso amor, nossa vida, nossas ternuras, amarguras e tudo que queremos, assim a poesia Utopia do escritor uruguaio Eduardo Galeano sempre me acompanha, principalmente quando algum obstáculo se mostra quase intransponível para mim, leiam um trecho abaixo dessa linda poesia:
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Um beijo a todos e um beijo especial na minha professora Luciane Molina.
Ari Vieira”
ATENÇÃO: Inscrições abertas para 2ª turma do curso Grafia Braille: “Semeando leitores e escritores competentes”, 120 horas. Início em 16 de agosto de 2010. Maiores informações no site: www.gpeconline.com.br
Ou pelos e-mails: gpeconline@gpeconline.com.br; braillu@uol.com.br.
DESCRIÇÃO DE IMAGEM: Foto do aluno Ariovaldo Vieira, autor deste texto.
quinta-feira, 1 de julho de 2010
A "Cela" Braille
Cela ou Célula Braille - Espaço retangular onde se produz um símbolo braille. De uma "cela" damos origem a todos os símbolos possíveis para representar letras do alfabeto, códigos matemáticos, numerais, sinais de pontuação, simbologia química, musical e informática, totalizando 64 combinações.
Os pontos são dispostos em duas colunas verticais, com três pontos cada. De cima para baixo podemos fazer a contagem dos pontos nº. 1, nº. 2, nº. 3, nº. 4, nº. 5 e nº. 6.
Descrição de imagem: uma "cela" Braille preenchida com os 6 círculos numerados conforme organização dos pontos.
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