quarta-feira, 5 de maio de 2010

Profissional do CIAE é entrevistada pela CIVIAM


05/05/2010 08h34m
Profissional do CIAE é entrevistada pela CIVIAM

Deficientes visuais, sem dúvida, foram os maiores beneficiados pelo surgimento do Sistema Braille, há quase 200 anos. Um código que permite o acesso à informação por meio da escrita e leitura dos caracteres em relevo, feita pelo tato da ponta dos dedos.

Para divulgar o Sistema Braille entre os profissionais da educação, familiares de pessoas com deficiência visual e demais interessados, a professora e, também usuária do Braille como seu meio natural de escrita e leitura, Luciane Maria Molina Barbosa, do Centro Interdisciplinar de Assistência Educacional (CIAE) tem executado algumas ações no sentido de promover essa acessibilidade à informação para quem “vê” com os dedos.

Neste ano foi uma das entrevistadas pela CIVIAM, uma empresa que dentre suas atribuições voltadas à pessoa com deficiência, possui uma Gráfica para a produção editorial de livros e impressos em Braille, visando incentivar a inclusão do deficiente.

A entrevista concedida por Luciane foi publicada em um panfleto de divulgação, em versão impressa em Braille e em caracteres convencionais, distribuído pela CIVIAM em seu stand na IX REATECH, feira internacional de tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade, evento realizado entre os dias 15 e 18 de abril, em São Paulo.

A respeito do uso, aplicação e difusão da escrita em Braille, Luciane destaca em sua entrevista que “Os benefícios da escrita Braille vão além de uma mera alfabetização ou do aprendizado de um código. Seus benefícios passam, sobretudo pela aceitação e pelo preparo da sociedade em considerar que o deficiente visual também é capaz de ler e de ser lido por outros.” Continua, ainda, ressaltando a importância da democratização do Braille para que seja um instrumento conhecido amplamente, “É fato que quando existir um maior domínio deste código por um grande número de pessoas, familiares, profissionais e quando o uso e aplicação do Braille não for restrito apenas a uma minoria, os cegos terão mais respeitados seus direitos...”

Termina sua participação afirmando que, mesmo com o aparecimento das novas tecnologias, o Braille não pode ser substituído por meios digitalizados ou da leitura em áudio “Nem sempre a informação em áudio será suficiente para consultar a grafia das palavras, identificar regras ortográficas e gramaticais, elaborar um conceito e sua aprendizagem a partir do manuseio de tabelas e gráficos, verificar a disposição do texto no papel, fazer seus próprios registros.”

Com isso é possível afirmar que por meio do Braille o deficiente visual será capaz de tocar o mundo pela ponta dos dedos, viajar por lugares antes inatingíveis e, principalmente, escrever sua própria história de inclusão e participação social.

Fonte: http://www.lorena.sp.gov.br/noticia.php?idnoti=3823

Descrição da Imagem: foto da capa do panfleto de divulgação com o logo da CIVIAM; panfleto escrito em Braille e com caracteres convencionais em tinta.